ONU: Comércio interafricano vetor para integração das economias na África.
Comissão da ONU à África quer apoiar políticas de promoção do comércio e
cooperação para industrialização local.A ECA (Comissão
Econômica das Nações Unidas para a África) apontou que os países africanos
continuam fazendo mais negócios com o exterior que entre eles mesmos. A
conclusão está em um relatório de avaliação sobre os progressos da integração
regional num contexto da Covid-19.
Segundo o documento apresentado no 39º Comitê de Especialistas da Conferência
dos Ministros Africanos das Finanças e Desenvolvimento Econômico, a UE (União Europeia) é
o maior negociante em África. O total de transições chegou a 29,8% em 2018. O
comércio China-África e a saída do Reino Unido da União
Europeia, Brexit, poderiam mudar esta tendência. Para o diretor da Integração
Regional na ECA, Stephen Karingi as restrições da Covid-19 são as principais responsáveis
pela interrupção da implementação de iniciativas da integração regional, como a
Zona Continental Africana de Livre Comércio. “A integração continua a ser
dificultada pelos desafios da governança, paz e segurança enquanto pilares
chave que incluem também o movimento econômico de pessoas e serviços e a
infraestrutura”, disse. Para ele, o alcance dos amplos objetivos do
desenvolvimento continental são desassociáveis da paz e segurança. Integração
O comércio interafricano registou uma alta antes da pandemia, embora
continuasse baixo em comparação com outras regiões, notou Karingi. Segundo ele,
a digitalização é chave para manter a competitividade, permitindo uma
participação efetiva no comercio
eletrônico. O diretor da ECA assegurou também que o progresso na
integração era irregular, a livre circulação de pessoas foi fundamental para a
realização da Zona de Livre
Comércio e as comunidades Econômicas estão registrando um
índice de complementaridade de mercadorias muito baixo. Em 2018, África
respondeu por apenas 2,6% do comércio global, os negócios entre os países do
continente subiram de 15,5% em 2017 para 16,1% em 2018, o equivalente a $159,1
bilhões. A produção global diminuiu ligeiramente para .6% em 2018 contra 3,8%
em 2017. O relatório analisa os progressos da integração regional em África,
dando particular realce ao avanço feito pelas Comunidades Econômicas Regionais.
A macroeconomia, produção, comercio e infraestrutura estão entre algumas das
dimensões da integração estudadas. Outras são: a livre circulação das pessoas, governança,
paz e segurança. Desempenho Conforme
Karingi, a maioria das comunidades e nações lutam para melhorar os índices da integração
produtiva. O setor possui o pior desempenho da integração regional e
foi determinante no reforço da industrialização e comércio. Para o economista,
a integração produtiva é também fundamental para ligar as economias africanas
em uma cadeia de valor regional e global. A medida está prevista na Agenda 2063
e a maioria das comunidades estão atrasadas na importação e exportação do
capital entre as regiões. A dimensão é liderada pela União Magrebina Árabe
e a Comunidade da África Oriental, com 0.449 e 0.434 respetivamente no índice
de pontuações. A Cedeao é
o bloco regional menos integrado com 0.220 pontos. As Comunidades Econômicas
dos Estados da África Central e Oriental têm o melhor desempenho de integração
macroeconômica com 0.684 e 0.660, respetivamente.( A Referencia Noticias
Internacional)