No último comunicado divulgado pela Santa Sé, o pontífice havia parado de apresentar episódios de crise respiratória, mas demonstrava sinais de insuficiência renal.
BRASÍLIA, DF, E SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Em um curto
comunicado, o Vaticano informou nesta segunda-feira (24) que o Papa Francisco
continua em estado crítico, mas passou um boa noite. No
último comunicado divulgado pela Santa Sé, o pontífice havia parado de
apresentar episódios de crise respiratória, mas demonstrava sinais de insuficiência
renal. "As condições do Santo Padre continuam críticas; no entanto, desde
ontem à noite, ele não apresentou novas crises respiratórias", dizia o
comunicado, divulgado no domingo (23). O texto afirmava que, em resposta às
"duas unidades de concentrado de hemácias" que Francisco recebeu nas
transfusões de sangue no sábado (22), houve aumento nos níveis de hemoglobina,
a proteína do sangue responsável por transportar o oxigênio dos pulmões para o
resto do corpo, amenizando a situação de anemia. A baixa contagem de plaquetas
continuava estável. "Contudo, alguns exames de sangue indicam um início
leve de insuficiência renal, que, por ora, está sob controle", continuava
o informe de domingo, acrescentando que o pontífice recebia oxigênio por meio
de cânulas nasais. "O Santo Padre segue alerta e bem orientado. O papa não
apresentava febre naquele momento. O texto também não fazia referência a uma
situação de sepse, quando uma infecção atinge a corrente sanguínea e provoca
uma resposta inflamatória exacerbada do organismo. Segundo a equipe médica,
"a complexidade do quadro clínico e o tempo necessário para que as
terapias medicamentosas apresentem alguma resposta tornam necessária a
manutenção do prognóstico reservado". Ou seja, os médicos seguiam cautelosos,
com previsão incerta sobre a recuperação. O sábado foi o pior dia que Jorge
Mario Bergoglio, 88, passou desde que foi internado no hospital Gemelli, em
Roma, em 14 de fevereiro. No boletim da noite de sábado, foi revelado que as
condições do papa tinham se agravado diante de uma crise respiratória asmática,
que exigiu a aplicação de oxigênio suplementar. Ele também precisou de
transfusões de sangue porque os testes mostraram que ele tinha uma baixa
contagem de plaquetas. O texto descreveu que, pela primeira vez, o prognóstico
era reservado, confirmando que a evolução do estado de saúde do pontífice é
imprevisível, como já havia indicado a equipe médica que trata do papa, em
entrevista coletiva na sexta-feira (21). Na ocasião, disseram que o argentino
não estava fora de perigo, mas que não corria, naquele momento, risco de
morrer. Afirmaram ainda que o papa é considerado um paciente bastante frágil
pela idade, pela falta de mobilidade e devido à existência de doenças
respiratórias crônicas. No domingo, além dos turistas habituais, a movimentação
na praça São Pedro ficou marcada pelo vaivém dos peregrinos que visitam a
capital italiana para participar do Jubileu da Igreja, evento que ocorre a cada
25 anos. Neste fim de semana, mais de 3.000 pessoas participaram do Jubileu dos
Diáconos. Durante a missa matinal que deveria ter sido celebrada pelo papa
Francisco na basílica São Pedro, o arcebispo Rino Fisichella pediu orações pelo
pontífice argentino. "Na celebração eucarística, onde a comunhão assume a
sua dimensão mais plena e significativa, sentimos o papa Francisco, mesmo num
leito de hospital, próximo a nós e presente entre nós", disse o italiano. Leia
Também: Turistas e religiosos sentem falta do papa Francisco durante missa
em Roma.(Fonte Mundo ao Minuto Notícias)
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