Unidades amanheceram com longas filas de veículos;
sindicato pede que a população não abasteça sem necessidade.
Postos de combustíveis de Belo Horizonte já registram,
sexta-feira (22), estoque zerado, em função da greve dos transportadores iniciada ontem. Estabelecimentos
das avenidas Carlos Luz, na região Noroeste, Cristiano Machado, na região
Nordeste, e no bairro Barro Preto, na regional Centro-Sul, só tinham etanol
disponível para os clientes nas primeiras horas do dia. Longas filas de
veículos se formaram próximo a postos em diferentes regiões da cidade. Segundo
o MinasPetro (Sindicato do Comércio Varejista de Derivados do Petróleo do
Estado de Minas Gerais), os problemas também são registrados em outras regiões
do Estado.“Com a paralisação, todas as
regiões do estado estão sendo prejudicadas, impactando fortemente o
abastecimento de Minas Gerais, tendo em vista que a base de Betim é estratégica
para a distribuição de combustíveis estadual", declarou a
instituição em nota.Desde esta quinta, parte da categoria parou os caminhões e
se mobilizou em frente às principais distribuidoras de combustível de Minas
Gerais, entre elas, a de Betim, na região metropolitana. O grupo manifesta
contra o valor do ICMS (Imposto Sobre Circulação de Mercadoria e Serviços) dos
combustíveis no Estado e "os altos custos dos combustíveis praticados pela
Petrobras”. "Não aguentamos mais as altas do combustível. O óleo diesel
está representando quase 70% do valor do frete. As transportadoras estão
quebrando", explicou Irani Gomes, presidente do SindiTanque (Sindicato das
Empresas Transportadoras de Combustível e Derivados de Petróleo de Minas
Gerais).Para reduzir os impactos do desabastecimento, a PM (Polícia Militar)
está escoltando os caminhoneiros que não aderiram ao movimento. "O
Minaspetro alerta para que a população não faça uma corrida aos postos, é
justamente essa ação que pode causar e agravar o desabastecimento" pediu o
sindicato que representa os donos de postos.Também há registros de paralisação
em outros Estados. Negociações
O Governo de Minas ainda não sinalizou uma possível negociação com a categoria.
Nesta quinta-feira, o governador Romeu Zema (Novo).Procurada, a Secretaria da
Fazenda de Minas Gerais destacou que "os últimos reajustes nos valores dos
combustíveis não se devem ao ICMS cobrado pelos estados, mas, sim, à política
de preços adotada pela Petrobras".Em nota, a Petrobras apenas informou que
"não há impacto às operações da companhia, em suas unidades operacionais”.Nesta
quinta-feira, o governador Romeu Zema (Novo) criticou a proposta que
tenta estabelecer uma faixa padrão do ICMS para todos os Estados.No mesmo dia,
o presidente Jair Bolsonaro sinalizou a criação de um auxílio para caminhoneiros
autônomos com o objetivo de reduzir o impacto
finaceiro do preço do diesel.( Fonte R 7 Noticias Brasil)
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