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quarta-feira, 5 de março de 2025

Casos de AVC em jovens aumentam 15% e acendem alerta para causas.

 

Hábitos de vida e fatores genéticos estão entre as principais causas.

Os casos de Acidente Vascular Cerebral (AVC) aumentaram 15% em pessoas jovens. Um estudo publicado pela revista científica The Lancet Neurology indicou aumento de 14,8% entre pessoas com menos de 70 anos em todo o mundo. No Brasil, aproximadamente 18% dos casos de AVC ocorrem em indivíduos com idades entre 18 e 45 anos, conforme dados da Rede Brasil AVC.A pesquisa atribui esse aumento a diversos fatores, incluindo sedentarismo, hábitos de vida pouco saudáveis, como alimentação inadequada, que podem levar à obesidade, diabetes e hipertensão, mesmo entre os mais jovens. Além disso, fatores genéticos e hereditários podem aumentar o risco em pessoas jovens, incluindo doenças genéticas e hematológicas. A médica fisiatra especialista em bloqueios neuroquímicos para o tratamento de sequelas do AVC, Prof.ª Dra. Matilde Sposito, com consultório em Sorocaba (SP), informa que a identificação dos sinais de alerta para o reconhecimento da ocorrência de um AVC é primordial. “O Acidente Vascular Cerebral é uma doença tempo-dependente, ou seja, quanto mais rápido o tratamento, maior a chance de recuperação”, afirma. Dentre os principais sinais do acidente, estão: - fraqueza ou formigamento na face, no braço ou na perna, especialmente em um lado do corpo; - confusão, alteração da fala ou compreensão; - alteração na visão (em um ou ambos os olhos); - alteração do equilíbrio, coordenação, tontura ou alteração no andar; - dor de cabeça súbita, intensa e sem causa aparente. “Tanto no momento em que o acidente acontece, que é quando o paciente precisa ser socorrido imediatamente, quanto após, que é quando ele precisa passar por um tratamento, o atendimento precisa ser rápido”, afirma a especialista. “Após o AVC, quanto mais cedo o paciente recebe a assistência médica-fisiátrica, menores são as chances de que as sequelas se tornem permanentes”, orienta. Conheça o tratamento A Fisiatria é uma especialidade médica voltada para a reabilitação de pessoas com dificuldades motoras causadas por doenças como o AVC. O processo terapêutico busca estimular o cérebro a se reorganizar, promovendo a recuperação de funções prejudicadas. De acordo com a Prof.ª Dra. Matilde Sposito, o principal objetivo do tratamento é restaurar a mobilidade, aliviar dores e proporcionar mais qualidade de vida ao paciente. Para isso, diferentes abordagens podem ser adotadas, como acupuntura, fisioterapia, hidroterapia, RPG, pilates e cinesioterapia. Além das terapias convencionais, a Fisiatria pode utilizar bloqueios neuroquímicos com toxina botulínica para tratar sequelas de AVC, traumas ou outras condições que afetam os movimentos, como a espasticidade – caracterizada pela rigidez muscular e a dificuldade de movimentação. Outro fator essencial na reabilitação é o suporte emocional e social. “A recuperação não se restringe apenas ao físico. Apoio psicológico e socialização são fundamentais para evitar depressão e ansiedade, que podem surgir após um evento tão impactante”, destaca a especialista. A médica fisiatra reforça que o tratamento deve ser visto de forma abrangente, combinando diferentes recursos terapêuticos e mudanças no estilo de vida para alcançar os melhores resultados. “A reabilitação é um processo integrado, que pode envolver fisioterapia, acompanhamento neurológico e adaptações na rotina do paciente. O foco é sempre proporcionar mais autonomia e bem-estar”, afirma. Tipos Os AVCs são classificados como hemorrágico ou isquêmico, sendo este último o mais frequente, representando em torno de 85% dos casos, segundo o Ministério da Saúde. O AVC isquêmico ocorre quando há o entupimento de pequenas e grandes artérias cerebrais. Já, o AVC hemorrágico acontece quando há o rompimento dos vasos sanguíneos, provocando hemorragia. Esse subtipo de AVC também pode acontecer pelo entupimento de artérias cerebrais e é mais grave e tem altos índices de mortalidade.(Fonte Lifestyle ao Minuto Noticias)

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