Cronograma da privatização da empresa estava previsto para novembro. Contudo, para contornar a possibilidade de atrasos, deve ser adiantado para o meio do ano.
Aprovado pela Assembleia Legislativa de Goiás (Alego) ainda em 2023, o processo de privatização da Companhia Celg de Participações, a CelgPar, deve ter início em junho e ser concluído até agosto deste ano. A empresa de economia mista tem como principal acionista o governo de Goiás – que detém 99,90% das ações – e tornou-se a última das Celgs ainda em poder do Estado, após a venda de suas subsidiárias Celg Distribuição (Celg-D) e Celg Transmissão (Celg-T). O cronograma da privatização da empresa estava previsto inicialmente para novembro. Contudo, para contornar a possibilidade de atrasos, deve ser adiantado para o meio do ano. Sob reserva, um funcionário da CelgPar disse ao Jornal Opção que não há como saber sobre as empresas interessadas enquanto o edital de licitação ou leilão – algo a ser definido – não estiver publicado e os prazos de apresentação de propostas, esgotados. “Os estudos e levantamentos estão em andamento. A ideia é licitar as empresas ainda esse ano, entre junho e agosto”, apontou. No entanto, segundo apurado pela reportagem, membros do governo já vislumbram o valor da operação de privatização da empresa, que seria algo em torno de R$ 400 milhões. O montante avaliado chama a atenção por ser substancialmente menor que o da venda de suas subsidiárias, como a Celg-T, arrematada em 2021 pela EDP Brasil pelo valor de R$ 1,9 bilhão, e a Celg-D, que foi arrematada pela italiana Enel em 2016 por R$ 2,187 bilhões, e depois em 2022, quando foi adquirida pela Equatorial Energia pelo valor de R$ 1,6 bilhão. Fontes palacianas, porém, afirmam que a CelgPar deve ser privatizada após dedução de seu patrimônio, que seguirá com o governo. As usinas fotovoltaicas, por exemplo, devem ser transferidas para alguma empresa do Estado ou para a própria Secretaria-Geral de Governo, a SGG, enquanto os imóveis da CelgPar devem passar para a Secretaria Estadual de Administração, a Sead. “É uma empresa da bolsa. Quando se retira sua musculatura, claro que perde valor”, disse. Vale destacar que a Celg-GT foi desmembrada em 2021 e a transmissão privatizada, adquirida pela portuguesa EDP. Já a geração foi incorporada à CelgPar, que hoje tem duas concessões próprias e seis investidas (participação). Em 2023, quando os deputados estaduais aprovaram o projeto de lei que autoriza o Executivo goiano a promover medidas de desestatização, o governo de Goiás, autor do projeto, defendeu que a “iniciativa privada demonstrou ser uma alternativa forte e capitalizada para os investimentos nos sistemas de geração, transmissão e distribuição de energia, e esse fato tende a reduzir a participação do Estado como investidor no setor elétrico”. O argumento oficial é de que a desestatização da CelgPar traria melhoria da infraestrutura e da transmissão de energia elétrica, além de benefícios financeiros ao Estado de Goiás, com redução da dívida pública e contribuição para a reestruturação econômica e para a possibilidade de concentração dos recursos da administração pública em áreas prioritárias, como educação e saúde.(Fonte Jornal Opção Noticias)
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