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sábado, 25 de maio de 2019

PROGRAMA MINHA CASA MINHA VIDA



Prefeituras do Entorno se unem a luta em defesa do programa Minha Casa Minha Vida
Devido à paralisação dos recursos do Programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV) no estado do Goiás, os trabalhadores da área da construção civil, tais como: empresários, construtores e operários organizaram-se para realizar um movimento, para chamar atenção das forças políticas, para intervirem na causa. As cidades do Entorno do Distrito Federal tem sido impactadas economicamente com a fata de repasses relacionados as obras realizadas pelo programa MCMV no estado de Goiás, que estão ocorrendo desde o final do ano de 2018. A fim de dar continuidade no programa e de honrar os contratos entre empresas e compradores, empresários que atuam no setor imobiliário e da construção civil realizarão no dia 29 de maio, quarta-feira, às 10 da manhã, em Brasília, em frente ao Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR), uma manifestação pacífica para sensibilizar as autoridades politicas, como o ministro do MDR, Gustavo Canuto, para que os trabalhadores da área possam ter um posicionamento sobre a dificuldade no repasse de recursos referentes as obras do programa MCMV no estado de Goiás e na aprovação de trâmites contratuais da compra dos imóveis. Conforme a Associação dos Construtores de Águas Lindas (ASCOAL), cerca de 250 empreendedores da cidade aguardam receber os repasses e mais de 3 mil contratos precisam ser efetuados. O presidente da ASCOAL, Cristiano Cruz, informou que a manifestação será realizada com o apoio das regiões de Valparaíso, Planaltina de Goiás, Novo Gama, entre outras cidades. “Para o movimento foram chamados mais de mil pessoas”, informou o presidente da associação. O movimento já foi aderido por empresários, construtores, corretores, compradores que almejam obter a sua casa própria, principalmente operários, tais como: pedreiros, pintores, serralheiros, bombeiros hidráulicos, encanadores, entre outros profissionais atuam diretamente na construção das moradias do programa MCMV. “Eu me organizei financeiramente para dar uma casa digna para os meus filhos e encontrei o lugar ideal, mas logo agora que consegui o contrato não pode ser efetuado. Quando eu já ia processar a empresa, fui informada da paralisação dos recursos do programa MCMV. Dia 29 de maio agora podem contar comigo. Eu e meus filhos precisamos da nossa casa”, desabafou Lídia, de 34 anos, mãe da Laura, de 02 anos e Felipe, de 05 anos, que esperam pela saída do contrato do apartamento no setor Mansões Village. Várias cidades do Entorno do DF estão se mobilizando para comparecer no dia do protesto, por parte da Associação de Construtores de Águas Lindas, serão disponibilizados 20 ônibus para conduzir os manifestantes até o local. “Eu e meu irmão somos pedreiros e queremos continuar trabalhando. Temos esposa e filhos que precisam de nós em casa, levando o pão de cada dia. Meu irmão, Ricardo, foi demitido quando começou a paralisação do MCMV. Eu tenho ajudado ele, mas está pesado. O que a gente não pode é aceitar que o nosso ganha pão seja afetado”, descreveu Paulo, de 42 anos, trabalhador da área da construção civil nas obras do programa MCMV. Cidades como Águas Lindas, Novo Gama, Cidade Ocidental, estão engajadas no movimento dos trabalhadores da área da construção civil, pois o impacto econômico pela falta de repasses dos recursos do programa MCMV tem afetado a arrecadação de recursos e diminuído o fluxo econômico nas cidades do Entorno do DF. Além de recursos arrecadados por meio de impostos e outros sistemas de arrecadação, o impacto econômico negativo, ocasionado pelos travamentos dos recursos do programa MCMV também tem afetado o ITBI das cidades. As prefeituras estão a favor do movimento dos trabalhadores da construção civil, pois uma cidade necessita que todos os setores funcionem, para que ocorra a circulação do fluxo econômico, e os investimentos continuem sendo repassados para os setores como saúde e educação. As prefeituras, que administram os serviços prestados nas cidades, analisaram também a diminuição de oportunidades de emprego e o crescente número de demissões dos trabalhadores. Nos comércios locais também houveram diminuições, principalmente no setor de redes madeireiras, por falta de procura, o que “respinga” nos outros setores e comércios.  Mediante a esta situação o presidente da Associação de Municípios Adjacentes a Brasília (AMAB), Hildo do Candango, posicionou-se a favor do movimento dos trabalhadores e se disponibilizou a mediar um encontro entre as prefeituras que compõem a AMAB, os construtores e o ministro do Desenvolvimento Regional, Gustavo Canuto, para que uma solução seja inviabilizada o quanto antes. De acordo com nota divulgada pela AMAB uma reunião com o Ministério do Desenvolvimento Regional já foi solicitada e agora a associação aguarda uma resposta para que o encontro de fato aconteça. Segundo o presidente da AMAB, Hildo do Candango, o intuito da reunião é garantir uma solução que beneficie a todos e tranquilizar a classe trabalhadora. “O eu precisamos é que as autoridades entendam que esta crise não afeta apenas os construtores civis, afeta também o trabalhador, afeta o micro empresário que acaba indo a falência, afeta o comerciante, afeta o morador que tem o sonho de possuir sua casa própria, afeta a economia dos municípios e tudo isso e um efeito cascata que pode nos levar a uma crise ainda maior com grandes impactos em mais de 30 municípios apenas no Entorno de Brasília.” Disse Hido do Candango. Em Águas Lindas as taxas do ITBI geram ao município 11 milhões em arrecadação direta ao ano. A paralisação das obras do programa Minha Casa Minha Vida trarão um grande impacto para a economia local, o que afetaria até os investimentos em áreas como a saúde. 



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