Proposta
pretende criminalizar órgãos que errarem nas previsões.
O presidente da Câmara dos
Deputados, Arthur Lira (PP-AL), afirmou na manhã desta quinta-feira (6) que
pretende pautar na próxima semana o projeto de lei que trata da atuação de
institutos de pesquisa e pune essas empresas por eventuais erros na previsão dos
resultados das eleições. VEJA A
COBERTURA COMPLETA DA ELEIÇÃO NA PÁGINA ESPECIAL DO R7 "Hoje,
pesquisa perdeu credibilidade. A gente não pode usar a mesma metodologia e ter
resultados tão díspares", disse Lira em entrevista no Palácio da Alvorada,
onde se reuniu com o presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), e
parlamentares reeleitos da base aliada.O projeto de lei ainda será apresentado
pelo líder do governo na Casa, Ricardo Barros (PP-PR). Ele
convocou uma coletiva de imprensa para a tarde desta quinta, em que deve
detalhar a proposta. Barros já afirmou que vai sugerir a criminalização de
pesquisas que não correspondam ao resultado das eleições ou que fiquem fora da
margem de erro. O resultado do primeiro turno das eleições presidenciais
divergiu das previsões das pesquisas. Levantamentos do Datafolha e Ipec
apontavam menos de 40% dos votos para o presidente Jair Bolsonaro (PL) e
indicavam a possibilidade de o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT)
ganhar sem a necessidade de segundo turno. Ambos erraram. Há outra
iniciativa que mira a criminalização desses institutos no Congresso Nacional:
nesta quarta (5), 27 senadores apoiaram o requerimento para a abertura de uma Comissão
Parlamentar de Inquérito (CPI) sobre os institutos de
pesquisa — número suficiente para a instalação do grupo.O senador Marcos
do Val (Podemos-ES) é o autor do pedido e deve entregá-lo ao presidente da
Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), ainda nesta quinta. Cabe ao presidente do
Senado a leitura do requerimento em plenário para a criação da CPI. Só então os
partidos indicam os membros. Enquanto isso, o ministro da Justiça,
Anderson Torres, afirmou que ingressou com uma representação para que a Polícia Federal
apure a atuação dos institutos. Perguntado sobre o tema, ele não
especificou quais órgãos serão alvo de inquérito.Fusão com União Brasil Arthur
Lira confirmou que o PP negocia a fusão e, "com mais força", a
formação de uma federação com o União Brasil. "No nosso caso, é mais pelo
posicionamento político mesmo. A legislação que nós aprovamos em 2017, o
objetivo principal dela, com os efeitos colaterais bons e ruins, é a diminuição
dos partidos políticos." Para ele, a junção das legendas é benéfica.
"Você dá ao eleitor brasileiro capacidade maior de avaliar como cada
partido pensa e o que representa, até para que a gente possa, no futuro, fazer
uma evolução para o que eu defendo, que é o semipresidencialismo em 2030."
Após o resultado da eleição desse domingo (2), o PP elegeu uma bancada de 47
deputados federais. Lira afirmou que o número frustrou as expectativas. "O
PP esperava, na minha conta, 53 parlamentares", disse. No entanto, ele
comemorou a eleição de outros deputados de partidos do bloco de centro-direita.
( Fonte R 7 Noticias Brasil)