Número de
habilitados aumentou 5,4% na comparação com as Eleições de 2020, segundo dados
atualizados pelo TSE. Esses números dão um raio-x da população que escolherá,
nas urnas, os seus representantes nas prefeituras e câmaras municipais.
No dia 6 de outubro, data do 1º turno das
Eleições Municipais de 2024, 155.912.680 eleitoras
e eleitores estão aptos a comparecerem às urnas e escolherem representantes
para as prefeituras e câmaras municipais. Assim como ocorreu em eleições
passadas, a maioria do eleitorado é composto de mulheres. Elas representam 52%
do total e alcançam o número de 81.806.914 eleitoras. Já, os homens, somam
74.076.997 e equivalem a 48% do eleitorado. Outros 28.769 votantes não
informaram o gênero pelo qual se identificam, o que representa 0,02% do total
de eleitores. São essas pessoas que escolherão as candidatas e os candidatos
que ocuparão os cargos de prefeito, vice-prefeito e vereador em 5.569
municípios espalhados pelo País. Uma das novidades desse pleito é a
participação de um novo município nas eleições. Boa Esperança do Norte (MT),
que teve sua criação confirmada pelo Supremo Tribunal Federal em outubro de
2023, contará com um eleitorado de 4.243 votantes. Eleitoras e eleitores do
Distrito Federal e de Fernando de Noronha não participam de eleições
municipais. Os brasileiros que estão registrados para votarem no exterior,
também, não participam do pleito, já que só votam em eleições presidenciais.
Por esse motivo, devido ao eleitorado específico que não vota nas eleições
municipais, não se pode comparar os números de eleitoras e de eleitores de um
pleito municipal com o de uma eleição geral. Segundo as estatísticas do
Tribunal Superior Eleitoral, houve um crescimento de 5,4% do eleitorado em
comparação com as Eleições Municipais de 2020. Naquele pleito, o número de
cidadãos e cidadãs aptos a votar era de 147.918.483. A votação neste ano
ocorrerá em 500.183 seções eleitorais. Dessas, 180.191 têm acessibilidade, isto
é, onde as eleitoras e os eleitores com e sem deficiência ou mobilidade
reduzida poderão exercer o direito ao voto sem enfrentarem barreiras arquitetônicas.
Todas essas seções serão distribuídas por 2.619 zonas eleitorais. A região
Sudeste é a que concentra o maior eleitorado do país: 66.906.335 (quase 43% do
total). Em seguida, vem a região Nordeste, com 43.302.692 (27,7%); a Sul, com
22.969.108 (14,7%); e a Norte, com 12.987.166 (8,3%). A região Centro-Oeste
ocupa a última colocação, com 9.747.379 eleitoras e eleitores e tem pouco mais
de 6% do total. São Paulo continua a ser o maior colégio eleitoral do Brasil,
com 34.403.609 eleitores (22%). Ou seja: a cada cinco votantes no País, pelo
menos um reside em São Paulo. Somente na capital do estado, podem votar na
eleição deste ano mais de 9,3 milhões de eleitoras e eleitores. Esse
quantitativo corresponde quase que ao total do eleitorado da região
Centro-Oeste. Em contrapartida, é também no estado de São Paulo que se localiza
o município com a menor quantidade de eleitores. A cidade de Borá tem, apenas,
1.094 votantes. Já, a lista de maiores colégios é seguida dos estados de Minas
Gerais e Rio de Janeiro, com 16.469.155 (10,5%) e 13.033.929 (8,36%),
respectivamente. É, também, nesses estados que estão outros municípios de
destaque em termos de eleitorado: Belo Horizonte (MG), com 1.992.984, e a
cidade do Rio de Janeiro, com 5.009.373 eleitoras e eleitores. Os três estados
com menor número de votantes são Roraima, com 389.863 (0,25%), Amapá, com
571.248 (0,37%), e Acre, com 612.448 (0,39%). Juntos, esses estados representam
apenas 1% do eleitorado nacional. De acordo com os dados divulgados pelo TSE,
para 138.867.932 eleitoras e eleitores, o voto é obrigatório. Já, para outros
17.044.748 o voto é facultativo. Entre o eleitorado para o qual o voto é
obrigatório, a maior parte está na faixa etária de 45 a 59 anos, que soma 38.883.736
eleitores. O eleitorado jovem, na faixa etária de 18 a 24 anos, é de 18.328.444
pessoas (quase 12%). Pela Constituição Federal, o alistamento eleitoral e o
voto são obrigatórios para os maiores de 18 anos e facultativos às pessoas
analfabetas, aos jovens de 16 e 17 anos e aos maiores de 70 anos. O número de
jovens de 16 e 17 anos aptos a votarem em outubro alcançou 1.836.081. Na
comparação com o pleito de 2020, o aumento nessa faixa etária atingiu 78%. Na
outra ponta, o eleitorado acima de 70 anos, também, cresceu. Subiu 12%, de
13.508.088 em 2020 para 15.208.667 em 2024. O número corresponde a 9% das
pessoas aptas a votar no dia 6 de outubro. Nessa parcela do eleitorado, estão
4.826.663 eleitoras e eleitores com mais de 79 anos. Desde 2018, a Justiça
Eleitoral garante às eleitoras e aos eleitores o direito de utilizarem seus
nomes sociais – que são aqueles pelos quais as pessoa preferem ser chamadas –
grafado no título de eleitor e no caderno de votação. Nas Eleições 2024,
41.537 pessoas utilizarão o nome social no título de eleitor, sendo 21.367
eleitoras e 20.170 eleitores. O número é quatro vezes maior que o registrado no
último pleito municipal, com 9.985 eleitoras e eleitores que fizeram a mesma
opção. Para as Eleições 2024, o número de eleitoras e de eleitores que
informaram ter algum tipo de deficiência ou mobilidade reduzida passou de
1.157.619 nas Eleições 2020 para 1.451.846 neste ano, ou seja, houve um aumento
de 25% de declarações de votantes nessas condições em quatro anos. No caso, 714.829
mulheres e 736.922 homens disseram necessitar de atendimento ou condições
especiais para votar. Além disso, outras 95 pessoas não informaram o gênero. Segundo o Calendário Eleitoral, a eleitora e
o eleitor com deficiência e mobilidade reduzida têm até 22 de agosto para
solicitarem a transferência para uma seção desse tipo. Eleitoras e eleitores
brasileiros que declararam ter o ensino médio completo representam 27% do
eleitorado, com 42.154.620 de cidadãs e cidadãos. Outros 35.055.587 votantes
(22,4%) informaram ter o ensino fundamental incompleto, enquanto 27.716.058
(17,78%) disseram ter o ensino médio incompleto. Já o eleitorado com graduação
superior atinge 10,75% do total, no caso,16.756.310 pessoas. As informações do
TSE mostram que o eleitorado que tem a biometria coletada passou de 118.151.926
pessoas (75,52%) nas Eleições 2022 para 129.198.488 no pleito deste ano, o que
significa que 82,87% dos eleitores brasileiros, também, poderão ser
identificados pelas impressões digitais na hora de votar. Já, 17 estados do
País em que ocorrerão eleições neste ano, têm, ao menos, 90% do eleitorado com
biometria. Em relação aos 5.569 municípios das Eleições 2024, há 4.250 cidades
com biometria na faixa de 90% do eleitorado. Eram 3.163 em 2020. Ou seja: em
quatro anos, houve um aumento de 34% neste número. (Fonte Jornal Contexto Notícias)