A mãe foi ríspida com os polícias dizendo que eles não tinham razão e que estava corrigindo a filha, que estava brincando e brigando com os primos.
Uma mãe é presa em Anápolis por dar chineladas em filha de
sete anos. O Flagrante foi registrado na DGPC, quando a PM conduziu uma melhor
que foi detida por ter agredido a criança. Acionada, compareceu até ao Setor
Bela vista onde a criança gritava desesperada. Com a chegada da PM os mesmos
constataram a agressão vendo que os braços da menina apresentavam vermelhidão
em decorrência das chineladas. A mãe foi ríspida com os polícias dizendo que
eles não tinham razão e que estava corrigindo a filha, que estava brincando e
brigando com os primos. Diante dos fatos a mulher foi levada pra delegacia e
teve que pagar uma fiança de R$ 400,00 pra responder o processo em Liberdade. Motivos para não bater
Uma publicação do Ministério Público recomenda
aos pais que não eduquem seus filhos através da violência e enumera 20 motivos.Bater
em alguém mais fraco é em si um ato de covardia.;;A palmada tende a ir perdendo
seu efeito a longo prazo e a criança aos poucos teme menos a agressão física. A
tendência dos pais é, então, bater mais e mais, buscando os efeitos que haviam
conseguido anteriormente. A palmada não resolve os conflitos comuns às relações
pais e filhos: muitas das crianças que apanham, mesmo sentindo-se magoadas e
amedrontadas, enfrentam os pais dizendo que a “palmada não doeu”, e o que era
apenas um tapinha leve no bumbum, acaba virando uma tremenda surra.A palmada,
aos poucos, pode afastar severamente pais e filhos, pois a agressão física, ao
invés de fazer a criança pensar no que fez, desperta-lhe raiva contra aquele
que a agrediu.Os danos emocionais impostos pela agressão física são geralmente
mais duradouros e prejudiciais que a dor física. Bater pode ser uma experiência
traumática para a criança não apenas pela dor física que impõe, mas
principalmente porque coloca em risco a credibilidade depositada por ela nos
pais, que é a base para sentir-se amparada e segura.A criança não pode se
sentir segura se sua segurança depende de uma pessoa que se descontrola e para
com a qual tem ressentimentos.A criança que apanha tende a se ver como alguém
que não tem valor.Aos poucos a criança aprende a enganar e descobre várias
maneiras de esconder suas atitudes com medo da punição.A criança pode aprender
a mostrar remorso para diminuir sua punição, sem no entanto senti-lo realmente.Para
a criança a palmada anula a sua conduta: é como se ela tivesse pago por seu
erro, e por isso pensa que pode vir a cometê-lo de novo.A palmada não ensina à
criança o que ela pode fazer, mas apenas o que não pode fazer, sem que saiba ao
menos o motivo. A criança só acredita ter agido realmente errado quando alguém
lhe explica o porquê e quando percebe que sua atitude afeta ou abala o outro.O
medo da palmada pode impedir a criança de agir errado, mas não faz com que ela
tenha vontade de agir certo.A palmada tem um caráter apenas punitivo, e não
educativo; ela pode parecer o caminho mais fácil a ser seguido, porque
aparentemente tem o efeito desejado pelos pais. É comum a criança inibir o
comportamento indesejado por medo, e não pela convicção de que agiu de maneira
inadequada.Muitas das crianças que apanham aprendem a adquirir aquilo que
querem através da agressão física e, não raras vezes, apresentam na escola
condutas agressivas para com os coleguinhas.Uma palmada, para um adulto, pode
parecer inofensiva. Porém é importante saber que cada criança atribui um
significado diferente ao fato de “levar umas palmadas”, podendo tornar-se uma
experiência marcante em sua vida futura. Além disso, independente da
intensidade do bater, o ato continua sendo o mesmo: um ato de violência contra
um ser desprotegido.Bater é uma forma de perpetuação da “cultura da violência”
tão presente nas relações entre as pessoas nos dias atuais, pois ensina às
crianças que os conflitos se resolvem por meio de agressão física.Bater nos
filhos muitas vezes acaba por gerar nos pais fortes sentimentos de culpa, o que
os leva a procurar compensar sua atitude posteriormente “afrouxando” aquilo que
procuravam corrigir.Bater é um atestado de fracasso que os pais passam a si
próprios (Zagury, 1985) porque demonstram para a criança que perderam o
controle da situação.O sentido da justiça está em fazer aos outros aquilo que
gostaríamos que nos fizessem. Quando nós adultos agimos de maneira inadequada,
não esperamos punição. Esperamos sim que as pessoas nos compreendam e nos ajudem
a agir de maneira certa.Alguns autores citam como conseqüência da violência
física contra criança e adolescente: Auto-estima negativa Comportamento agressivo;Dificuldades de
relacionamento; Dificuldades em acreditar nos outros; Infelicidade generalizada;
Retardamento mental Em muitos países é proibido castigar fisicamente crianças e
jovens em instituições e colégios, mas até o momento, somente a legislação em
seis países (Suécia, Finlândia, Noruega, Áustria, Chipre e Dinamarca) proíbe
todo tipo de castigo físico a crianças infringido por seus pais e outras
pessoas relacionadas com elas.( Fonte Jornal Contexto Noticias GO Brasil)