Endividamento das famílias bateu novo recorde em
novembro, chegando a 51,9%, segundo dados do Banco Central.
A inadimplência aumentou pela primeira
vez em oito meses em meio a alta do custo dos
empréstimos, mostrou relatório do Banco Central divulgado nesta quinta-feira
(24). O estoque total de crédito no Brasil começou o ano em estabilidade,
desempenho que a autoarquia apontou como natural para janeiro. As taxas cobradas pelos bancos dos tomadores de
empréstimo têm aumentado continuamente ao longo do último ano, acompanhando a
alta da taxa Selic pelo BC, mas a inadimplência não vinha mostrando alteração.
Em janeiro, esse indicador aumentou para 2,5%, de 2,3% em dezembro, na primeira
alta desde maio do ano passado. Considerando apenas o crédito livre, em que as
taxas são pactuadas sem a interferência do governo, a inadimplência também
aumentou 0,2 ponto percentual, para 3,3%, primeiro acréscimo desde novembro.
O chefe do Departamento de Estatísticas do BC, Fernando Rocha, ponderou que,
apesar das variações, as taxas de inadimplência seguem "extremamente
baixas". "Isso é um primeiro aumento depois de vários meses estáveis,
a gente não sabe se isso é um ponto ou alguma reversão de trajetória",
afirmou. Os dados do BC mostraram, ainda, que o endividamento das famílias
bateu novo recorde em novembro, chegando a 51,9%, de 51,2% em outubro. O dado
compara o saldo das dívidas das famílias com a renda acumulada em 12 meses,
informação fornecida pelo IBGE com defasagem. Já o comprometimento da renda com
o pagamento do serviço da dívida ficou estável em 27,9%.Saldo do créditoO saldo do crédito ficou em R$ 4,671 trilhões no
mês passado, correspondente a 53,3% do PIB (Produto Interno Bruto), estável na
comparação com dezembro.No período, o crédito para as empresas caiu 1,5%,
refletindo queda sazonal da demanda por linhas como desconto de duplicata e
antecipação de fatura de cartão, com maior peso. Já o crédito às famílias
aumentou 1%, mesmo com a nova alta da taxa média de juros, que chegou a 29,5%
para as pessoas físicas, ante 28,6% no mês anterior.( Fonte R 7 Noticias
Internacional)