Com pouca ou nenhuma experiência militar, homens e mulheres se alistam para defender a Ucrânia de ataques russos.
Ucranianos comuns têm se alistado no exército para defender seu
país desde a invasão russa na última quinta-feira (24). Com pouca ou nenhuma
experiência, homens e mulheres se apresentam para receber equipamentos
militares. Diante da grande ofensiva russa em cidades que agora parecem estar
vazias, os voluntários usam braçadeiras amarelas ou apenas uma fita adesiva
para se reconhecerem. Apenas é necessário ter entre 18 e 60 anos e o passaporte
ucraniano para servir o exército. Para o professor Felipe Loureiro,
especialista do Departamento de Relações Internacionais da USP (Universidade de
São Paulo), a resistência do povo ucraniano tem um caráter heroico. “O fato de
vários civis se alistarem e soldados estarem segurando a invasão da Rússia
resulta em uma resistência heroica.” Ele ainda aponta que, apesar do país ter
recebido muita cooperação militar dos Estados Unidos e do Ocidente em geral
desde a tomada da Crimeia pelos russos em 2014, as capacidades militares da
Ucrânia ainda são muito inferiores em relação às da Rússia em vários aspectos. “Os
russos destruíram os principais equipamentos aéreos ucranianos no
primeiro dia de invasão. Eles neutralizaram sistemas de comando e controle e a
capacidade da Força Aérea ucraniana de agir. A Rússia tem o controle do ar,
portanto, esse desequilíbrio é ainda mais significativo”, ressalta o professor.
Os ucranianos têm plena ciência da superioridade militar russa, mas isso não os
impede de tentar defender seu território. Com treinamentos rudimentares e
improvisados, se posicionam nas linhas de frente contra seu inimigo. O
presidente ucraniano, Volodimir Zelenski, também afirmou que está defendendo
seu país diante dos ataques da Rússia, em um vídeo divulgado na última
sexta-feira (25). "Estamos todos aqui, nossos militares estão aqui, os
cidadãos, a sociedade, estamos todos aqui, defendendo nossa independência,
nosso Estado", apontou. O professor Felipe Loureiro alerta que o embate
pode deixar um grande rastro de destruição. “Em meio à resistência ucraniana
pesa o fato de que as consequências humanitárias tendem a ser muito grandes.
Temo por uma catástrofe humanitária.”( Fonte R 7 Noticias Internacional)
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