ONU: Pandemia teve efeito direto
no fluxo de migrantes e refugiados.
Relatório aponta crise de migrações
como consequência do fechamento de fronteiras forçado pela pandemia de Covid-19.
Durante
a pandemia da Covid-19,
refugiados e migrantes que tiveram que fugir durante o ano passado de situações
de ameaças e outros perigos enfrentaram o obstáculo do fechamento de mais de
111 mil divisas e fronteiras pelo mundo. Em relatório, a OIM (Organização
Internacional para Migrações) e o MPI (Instituto de Política de Migração)
compilaram a análise de três fases da pandemia.A primeira, de janeiro a maio
durante o chamado lockdown, devido ao confinamento
social para conter a propagação do vírus; de junho a setembro
de 2020, quando alguns países reabriram suas fronteiras retomando voos; e de
outubro a dezembro, quando a segunda onda de contaminação se espalhou causando
novos fechamentos.Para ambas as entidades, o movimento das pessoas foi
fortemente afetado com efeitos mais severos sobre os que precisam cruzar
fronteiras para salvar suas vidas ou fugir de situações de
ameaças e perigos. Esta é a primeira análise abrangente sobre o lockdown,
que como lembra a OIM, também afetou estudantes internacionais e suas famílias,
migrantes trabalhadores e outros cidadãos. Até o fim de março de 2020, os
governos haviam expedido 43,3 mil medidas de viagem impedindo qualquer
movimento. O número de passageiros de voos
internacionais foi reduzido em 92% somente entre abril e maio,
se comparado ao mesmo período de 2019. Perda de empregos A OIM afirma que algumas medidas podem seguir neste ano
como o aumento do fosso entre aqueles que podem viajar e os que não podem. Uma
tendência de autorizar
viagens somente de pessoas que já foram vacinadas ou testadas
contra a Covid-19 e por meios digitais, deixa de fora os que não têm acesso a
esses meios e recursos. O estudo mostra que a pandemia também evidenciou
grandes falhas
socioeconômicas com migrantes encontrando mais dificuldades por
causa da perda de empregos durante a pandemia. A restrição de movimentos
também aumentou a dependência de muitos migrantes de facilitadores e intermediadores
assim como de agências de empregos e de contrabandistas. Mesmo com as
restrições de viagens e movimentos, houve aumento de serviços de traficantes de
seres humanos para pessoas que estão desesperadas para fugir da
violência, de desastres naturais e privações econômicas. Saúde Com o o advento de novas variantes da Covid-19, os
governos enfrentam o desafio de desenvolver novas estratégias de mitigação que
ultrapassem as medidas como fechamento de fronteiras e proibições de viagem. Os
países terão que evitar respostas unilaterais para atuarem com as demais
organizações internacionais e outros Estados na formulação de políticas efetivas
de saúde e fronteiras.( Fonte A Referencia Noticias Internacional)
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