Benin e
Chade contam votos em meio a onda de violência e repressão policial.
Enquanto Benin vive protestos contra a possível
reeleição de Patrice Talon, o Chade se encaminha o sexto mandato de Déby.
Os países africanos Benin e Chade
mantiveram a contagem dos votos após as eleições de domingo (10). Enquanto
Benin foi marcado pela onda de
violência em meio a protestos, Chade tende a estender o mandato
de 30 anos do presidente Idriss Déby em
meio a uma forte corrente opositora e repressão policial. Na cidade beninense
de Bante, pessoas foram mortas depois que as forças de segurança passaram a
lançar “tiros de alerta” em um protesto contrário ao atual presidente e
candidato à reeleição Patrice Talon. A polícia local não confirmou o número de
mortos à emissora VOA (Voice
of Africa). Os partidos de oposição acusam Talon de manipular a corrida
eleitoral ao seu favor. Diversos políticos adversários já iniciaram uma
campanha de boicote ao pleito. Talon, um multimilionário da indústria do
algodão de 62 anos, foi eleito presidente em 2016 e enfrenta
dois rivais: Alassane Soumanou e Corentin Kohoue. Os
registros de sequestro de observadores e intimidação de eleitores fizeram com
que a participação no pleito de Benin fosse baixa, disse a Comissão Eleitoral
do país. O órgão não divulgou números comparativos. Opositores acusam Talon de
influir para o aumento da instabilidade de Benin – tido como um dos países mais
estáveis do continente. Eles acusam o presidente de empurrar leis eleitorais que colaboraram
para o total controle do Parlamento e de perseguir candidatos adversários sob
uma lei de contraterrorismo, disse a Anistia Internacional. A pequena nação de 12
milhões de habitantes que já é o maior exportador de algodão da África desde
2018 deve divulgar os resultados provisórios do pleito nesta terça (13). Já no
Chade, o prazo se estende até o dia 25. Restam poucas dúvidas, porém, de que é
Déby quem deve continuar no poder, registrou a Reuters.
Um dos líderes mais antigos da África, Déby assumiu a presidência em 1990
durante uma rebelião armada. Em 2018, aprovou uma constituição que lhe permitia
permanecer no cargo até 2033. A mão forte controla todas as instituições do
Estado e já afirmou que venceria o pleito “como fez nos últimos 30 anos”. Ele
se prepara para o sexto mandato. Guelleh reeleito em
Djibouti Na pequena e estratégica nação de Djibouti,
no Chifre da África, o atual presidente Ismail Omar Guelleh foi reeleito com
97% dos votos. Os resultados provisórios foi lançados pela Comissão Eleitoral
do país no sábado (10). Conforme o governo, o empresário e adversário Zakaria
Ismail Farah recebeu apenas 2,48% dos votos. Os resultados finais serão
divulgados até o final da semana. Guelleh inicia seu quinto mandato como líder
do Djibouti, nação que governa desde 1999. O país é um parceiro
estratégico dos EUA e hospeda a única base militar permanente
na África. Os soldados de Djibouti também desempenham cargos de liderança nas
operações de manutenção de paz na Somália, ao lado da União
Africana, Etiópia, Quênia, Uganda e Burundi.( Fonte A Referencia Noticias
Internacional)
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