Quatro fatores principais contribuíram para a disparada.
O
preço da carne no Brasil subiu impressionantes 20,84% em 2024, revertendo a
queda de 9% em 2023. Essa é a maior alta nos últimos cinco anos, equiparando-se
apenas ao aumento de 32,4% em 2019, conforme dados do IBGE divulgados em 10 de
janeiro de 2025. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE), as carnes agora representam o item com maior peso (0,52 ponto
percentual) na inflação de alimentos, que registrou 7,69% em 2024. Cortes
populares como acém (25,2%), patinho (24%) e contrafilé (20%) foram os
principais responsáveis por esse aumento. Quatro fatores principais
contribuíram para a disparada nos preços da carne em 2024:
- Ciclo pecuário: Após dois anos de alto número de abates, a oferta de bois
diminuiu, reduzindo a disponibilidade no mercado.
- Condições climáticas: Seca e queimadas afetaram a formação de pastos, o principal
alimento do gado.
- Exportações recordes: O Brasil, maior exportador de carne bovina do mundo, registrou um
aumento de 25% nas exportações em 2024.
- Aumento da renda: Redução do desemprego e valorização do salário mínimo aumentaram
o poder de compra dos consumidores.
Economistas
alertam que o preço da carne deve permanecer elevado em 2025, com a alta
possivelmente se estendendo até 2026. Isso se deve à redução da oferta de
bovinos e ao contínuo aumento das exportações. Felippe Serigati, da FGV,
explicou ao G1 que o ciclo pecuário afeta
diretamente os preços da carne. A recente redução na oferta de animais levou a
um aumento nos preços do bezerro, tornando a produção de carne mais cara e
limitando a oferta no mercado. A maior seca da história recente e as queimadas
reduziram significativamente a produção de pasto, aumentando os custos de
confinamento e reduzindo a disponibilidade de boi gordo para abate, conforme
Thiago Bernardino de Carvalho do Cepea/USP. Com o Brasil exportando 2,8 milhões
de toneladas de carne em 2024, um aumento de 25%, a demanda internacional
elevada reduz a oferta nacional, pressionando ainda mais os preços da carne no
mercado interno. A elevação da renda, decorrente da redução do desemprego e da
valorização do salário mínimo, além de políticas de benefícios sociais,
aumentou o consumo de carne bovina, mantendo os preços em alta. Leia também: Com alta de preços no Centro-Oeste, etanol é a opção de
combustível mais barata Sem aprovação de lei, tabela do IR fica congelada em 2025
(Fonte
Jornal Opção Noticias GO)
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