Deputados que pediram a audiência afirmam que não é preciso importar arroz para abastecer o mercado interno.
A Comissão de Agricultura, Pecuária,
Abastecimento e Desenvolvimento Rural da Câmara dos Deputados recebe nesta
quarta-feira (19) o ministro da área, Carlos Fávaro, para falar sobre os
estoques públicos de arroz e a necessidade de importar o produto. O debate será
realizado às 10 horas, no plenário 6, a pedido dos deputados Marcos Pollon
(PL-MS), Afonso Hamm (PP-RS) e José Medeiros (PL-MT). Confira a pauta Leilão
O governo federal anunciou inicialmente a compra de mais de 100 mil toneladas
de arroz importado, respondendo à alta nos preços causada pelas enchentes no
Rio Grande do Sul. O leilão acabou anulado na semana passada após indícios
de incapacidade técnica e financeira de algumas empresas vencedoras. O governo
já anunciou que pretende fazer um novo leilão. Safra colhida Para
Marcos Pollon, essa importação é uma interferência no mercado interno.
"Não temos a necessidade de importação de qualquer produto agrícola, pois
a perda de produção do Rio Grande do Sul não afeta o consumo interno",
afirma o deputado. Segundo ele, os produtores gaúchos já colheram toda a safra
e que não há necessidade de importar. "Está clara a intenção do atual
governo em usar a tragédia vivida pelos moradores do Rio Grande do Sul para
ganhos politiqueiros", criticou Pollon. Essa também é a opinião de Afonso
Hamm. "Não se pode aceitar a medida de importação de arroz, quando somente
o Rio Grande do Sul tem mais de 10,5 milhões de toneladas de grãos produzidos,
o que garante uma previsão de abastecimento de 12 meses." "Se o
governo busca uma baixa no preço do arroz, ainda que tal ação possa ser
artificial, que compre o estoque brasileiro e subsidie o preço",
acrescentou o parlamentar. José Medeiros também critica a decisão do governo.
"O Ministério toma medidas em detrimento da agricultura e do Brasil,
quando visa realizar a importação de quantidades massivas de arroz de qualidade
e de origem duvidosa do estrangeiro." Da Redação – ND Fonte: Agência
Câmara de Notícias
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