O balanço é do Serviço Geológico do Brasil; do total de
áreas, 4.173 são de risco muito alto e 9.520, de risco alto.
O número de áreas
de risco no Brasil saltou de 13.542 em fevereiro deste ano
para 13.693 em março. O crescimento afeta diretamente mais de 3,9 milhões de
pessoas. Os dados foram extraídos nesta quinta-feira (13) do portal de Serviço
Geológico do Brasil (SGB/CPRM), que é uma empresa pública federal. Os
municípios de Balneário Piçarras (SC), Dores do Rio Preto (ES), Hidrolândia
(CE) e Santo Antônio da Patrulha (RS) estão entre as novas regiões com risco de
desastre natural. Ao todo, o país tem 4.173 áreas de risco muito alto e 9.520
áreas de risco alto. O SGB/CPRM mapeou 1.636 municípios. A diferença entre
áreas de risco alto e de risco muito alto é a quantidade de evidências da
possibilidade de eventos destrutivos em casos de chuva intensa e prolongada. O
risco é considerado alto quando há trincas no solo e a formação de degraus em
encostas (degraus de abatimento em taludes), por exemplo. Já no caso do risco
muito alto, há evidências, ainda, de diversos casos de trincas em moradias ou
em muros de contenção, árvores ou postes inclinados, marcas de deslizamentos em
encostas (cicatrizes de escorregamento), surgimento de sulcos erosivos no solo
(feições erosivas) e a proximidade de moradias a córregos.
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Conforme afirmou o ministro da
Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, em entrevista à Record
TV em fevereiro, os números indicam a necessidade de "um esforço
preventivo muito grande". "E, ao mesmo tempo, precisamos dar resposta
aos desastres que podem ocorrer. É preciso que se avance muito em outras
medidas preventivas." Confira os cinco estados com o maior número de áreas
de risco:
Santa Catarina — 2.900
Minas Gerais — 2.800
Espírito Santo — 1.000
Pará — 867
São Paulo — 848
Situação de emergência
Na quarta-feira (12), a Secretaria Nacional de Defesa Civil do
Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional reconheceu a situação de
emergência por desastres em 35 cidades. Segundo dados da pasta, o governo
federal declarou situação de emergência devido a desastres em pelo menos 1.573
municípios neste ano. Entre os casos mais recentes estão 14 municípios no
Maranhão, três no Ceará, um em Mato Grosso, um em Pernambuco e um no Rio de
Janeiro. O governo reconheceu como situação de emergência, ainda, as inundações
registradas nos municípios acreanos de Capixaba e Sena Madureira. Também há o
reconhecimento por estiagem em quatro municípios na Bahia, quatro em
Pernambuco, um no Rio Grande do Norte e dois no Rio Grande do Sul. Memória Em fevereiro, o Governo de São Paulo decretou estado de calamidade
pública, por 180 dias, para ações emergenciais em seis municípios do litoral
afetados pelas chuvas: Bertioga, Caraguatatuba, Guarujá, Ilhabela, São
Sebastião e Ubatuba. Mais de 60 pessoas morreram. A situação na região
levou o governo federal a adotar medidas como o fornecimento de dez antenas
portáteis para garantir internet em São Sebastião, o envio de R$ 11 milhões em
mercadorias apreendidas pela Receita Federal, como roupas, calçados, itens de
cama, mesa e banho e de higiene pessoal, e o pagamento para os beneficiários do
Bolsa Família no dia 20 de março, sem a necessidade de seguir o calendário
conforme o número do Número de Identificação Social (NIS).( Fonte R 7
Noticias Brasilia)