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quarta-feira, 11 de março de 2020

NOTICIAS GERAL- INTERNACIONAL


Para tentar conter a escalada dos casos do novo coronavírus, o governo da Itália anunciou a expansão para todo o território nacional das medidas que antes haviam sido aplicadas, majoritariamente, a regiões do norte.
Nesta segunda-feira (09/03), o primeiro-ministro italiano, Giuseppe Conte, comunicou que as providências — como proibição de reuniões públicas e restrições à movimentação de pessoas — passarão a valer para todo o país. Desde o fim de semana, toda a região da Lombardia, que inclui Milão e abriga mais de 16 milhões de pessoas, passou a ser considerada "zona vermelha". Rígidas restrições de movimento estão em vigor até 3 de abril — medida não vista no país desde a 2ª Guerra Mundial. "O bloqueio foi uma surpresa. Ontem ainda havia muita confusão sobre o que significava, onde podíamos ir, onde não. O Duomo (principal ponto turístico de Milão), por exemplo, estava aberto, mas hoje já fecharam junto com todos os outros museus", relata Carolina Martins. Brasileira, ela vive em Milão há três anos com o marido. "Até a semana passada as pessoas estavam saindo, mas nos últimos dois dias mudou bastante. Nós estamos ficando mais em casa também e mantendo a família informada no Brasil todos os dias para evitar sustos e fake news", conta. Segundo ela, em Milão, restaurantes e bares estão abertos só até às 18h. Do lado de fora dos supermercados as pessoas fazem filas, permanecendo a um metro de distância umas das outras, e entram em pequenos grupos. A maioria dos estabelecimentos comerciais disponibiliza álcool gel para os clientes limparem as mãos. Escolas, universidades, casas noturnas, cinemas, teatros e academias de ginástica estão de portas fechadas. Cruzeiros turísticos suspenderam escalas em cidades do norte da Itália, como Veneza, e viajantes só podem desembarcar se estiverem voltando para casa. Viagens suspensas O mineiro Fabiano Bortoni está entre um dos muitos brasileiros que já tiveram de rever planos de viagens para a Itália. "Há meses estava planejando ir para Milão para finalizar meu pedido de cidadania italiana, mas agora mudou tudo e tive de prorrogar a viagem", conta ele. Embora os transportes públicos continuem a funcionar normalmente, a drástica redução na circulação de passageiros já é sentida por taxistas e companhias aéreas. "Desde o fim de semana aqui em Milão vi uma queda de quase 80% das corridas. A Itália está amedrontada", conta o ítalo-brasileiro motorista de Uber Wenderson Massasso. "Um cliente meu que voa sempre para Londres pegou um avião com 12 pessoas ontem", continuou ele.( Fonte BBC Noticias Brasil)


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