Com novo líder, Al-Qaeda e Estado
Islâmico podem se unir, alertam analistas.
Egípcio Saif al-Adel pode unir grupo
ao EI para aumentar seu poder e influência, rivalizando com Osama bin Laden.
Os
rumores da morte do atual líder da Al-Qaeda, Ayman
al-Zawahiri, geraram especulações sobre a possível ascensão do
também egípcio Saif al-Adel ao comando do grupo, afirmaram especialistas ao
diário britânico “Daily Express” nesta
quinta (25). Com Al-Adel, há risco de a Al-Qaeda se fundir ao EI (Estado Islâmico) a partir
do recrutamento de combatentes do grupo jihadista. O EI teve parte de sua base
online desmantelada após operação australiana em 2016, mas recuperou espaço
durante a pandemia e se espalha pela África. Se a união ocorrer, a Al-Qaeda
pode reganhar parte do poder que teve sob o comando do saudita Osama bin Laden,
afirmaram analistas ao jornal de Londres. O responsável pelo ataque do 11 de
setembro de 2001 nos EUA foi morto por forças norte-americanas no Paquistão dez
anos depois.
Militares da inteligência britânica classificaram Al-Adel como um “líder mais
eficaz” que bin Laden. “É muito respeitado na Al-Qaeda e sobretudo pelos
militantes do Estado Islâmico”, disse o coronel Richard Kemp. Ayman al-Zawahiri
teria morrido em setembro de 2020 de causas naturais em sua casa, na cidade
paquistanesa de Karachi.
A informação veio de Hassan Hassan,
jornalista norte-americano e editor da “Newlines Magazine”. Monitoramento
Segundo Kemp, as inteligências do Reino Unido e dos EUA já monitoram o suposto líder da
organização extremista há “muitos anos”. A recompensa por uma informação que
leve ao paradeiro do egípcio é de US$ 10 milhões.Segundo o FBI (Departamento
Federal de Investigações dos EUA, em inglês), Saif é procurado por arquitetar
os atentados de
1998 às embaixadas dos EUA em Nairóbi, no Quênia, e Dar es
Salaam, na Tanzânia. Os ataques mataram 224 pessoas. Uma semana antes de deixar
o cargo, o então secretário de Estado de Donald Trump, Mike Pompeo,
afirmou que a Al-Qaeda havia transferido a sua base para o Irã.
“Teerã permitiu que [a organização] arrecadasse fundos e desempenhasse novas funções
antes dirigidas do Afeganistão ou do Paquistão”, disse Pompeo em registro da
emissora Voice of America.(
Fonte A Referencia Noticias Internacional)