Senadores
defendem discussão urgente sobre prorrogação do auxílio emergencial.
A prorrogação do
auxílio emergencial aos mais afetados pela pandemia de covid-19 já é consenso
entre os senadores, que defendem a discussão urgente do tema. O governo federal
sinalizou que negocia o pagamento de um novo auxílio aos trabalhadores informais
para suceder o benefício pago desde o ano passado e cujos últimos repasses
foram efetuados no fim de janeiro.“A pandemia não acabou e o auxílio
emergencial tem de voltar! Teremos ampla discussão sobre o assunto esta semana
no Senado Federal. E eu apoiarei a continuidade do auxílio”, anunciou na
internet a senadora Rose de Freitas (MDB-ES). O senador Weverton (PDT-MA) é
outro a cobrar uma definição sobre o auxílio. No início deste ano, ele
apresentou um projeto (PDL 1/2021) para prorrogar o estado de calamidade
pública no país por mais seis meses. “É preciso encontrar mecanismos para ainda
oferecer essa condição de dar apoio aos trabalhadores e às pessoas afetadas
diretamente por essa crise. E eu apresentei aqui no Congresso um projeto de
reedição do estado de calamidade pública no Brasil, para que, com isso, o
governo possa quebrar a chamada regra de ouro, e possa organizar dentro do
orçamento as condições para tal”, disse. A notícia de que o governo estuda a
criação de um novo auxílio emergencial a ser pago, inicialmente, em três
parcelas de R$ 200 para os trabalhadores informais que estão fora do Bolsa
Família foi criticada pelo senador Humberto Costa (PT-PE). O senador
avalia que a crise continua e foi agravada pelo aumento do desemprego e a
carestia nos preços dos alimentos, afetando principalmente a população mais
pobre. Para Humberto, o Congresso Nacional deve votar para garantir o pagamento
do benefício com valor mais elevado, a exemplo do que ocorreu em 2020, quando
os parlamentares aprovaram o auxílio a partir de R$ 600 até o final do ano. Ele
destacou que a posição inicial do governo era de não pagar, e depois foi de
repassar parcelas no valor de R$ 200 por apenas três meses.
“Eu tenho certeza que o Congresso Nacional, com a
pressão da população brasileira, vai ampliar o valor dessa proposta de R$ 200
que Bolsonaro está apresentando. Até porque estamos vivendo uma explosão
inflacionária, um aumento da pobreza, a volta da fome e o crescimento da
desigualdade”, ressaltou. A Frente Parlamentar Mista em Defesa da Renda
Básica formada por 12 senadores e mais de 190 deputados também já se mobiliza
em defesa da prorrogação do auxílio emergencial e da ampliação do Programa
Bolsa Família. O líder do Podemos, Alvaro Dias (PR), republicou notícia sobre
proposta do governo de exigência da participação do trabalhador, com benefício
autorizado, em curso de qualificação oferecido por órgãos do Sistema S em
parceria com o Ministério da Economia. O senador está perguntando a opinião das
pessoas sobre isso nas redes sociais. Já o senador Fabiano Contarato (Rede-ES)
comentou outra proposta do governo federal de associar o benefício, rebatizado
de Bônus de Inclusão Produtiva (BIP), à Carteira Verde e Amarela e à liberação
mediante ajuste fiscal. “O auxílio emergencial é uma necessidade
inadiável. Enquanto Bolsonaro negligencia seus deveres para com o país, a fome
bateu à porta do povo brasileiro, largado à própria sorte. Possuímos um
orçamento de R$ 1,5 trilhão: não é uma questão de recursos, portanto, mas de
prioridades!”, afirmou o senador. (Fonte: Agência Senado)
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