Twitter volta a bloquear usuários na Índia após
ameaças do governo.
Governo
Modi exige suspensão de contas que divulgam os protestos dos agricultores nos
arredores de Nova Délhi.
O
Twitter voltou a
bloquear contas de usuários da Índia nesta quarta
(10). A rede social afirmou que manteve a suspensão depois que o governo
indiano ameaçou processar a empresa por não remover “conteúdos inflamados”.Em
seu blog,
a rede social afirmou que a Índia ameaçou multar ou prender os executivos do
Twitter se não obedecessem as ordens do governo. No último dia 4, o Twitter revogou um
bloqueio contra mais de 250 contas, horas depois de
suspendê-las por ordem direta de Nova Délhi. O governo de Narendra Modi tenta
extinguir os protestos de
agricultores que ganharam
força nos arredores da capital indiana. Desta vez, o Twitter
afirmou que bloqueará as contas apenas dentro do território indiano. A
suspensão não incluirá jornalistas, veículos de imprensa, ativistas e
políticos. “Fazer isso violaria o direito fundamental à liberdade de expressão previsto na lei
indiana”, disse a nota. O Twitter não mencionou quantas contas indianas seriam
afetadas pela suspensão, mas apontou que mais de 500 usuários foram notificados
pelo Ministério de Tecnologia da Informação indiano. Uma fonte do governo
indiano disse ao jornal “The Wall Street Journal” que o
Twitter bloqueou 126 das 257 contas solicitadas até a última terça (9). Outra
autoridade afirmou que mais de 1,1 mil contas foram identificadas como “ameaças
potenciais à ordem pública”. Bloqueios
aos apps Analistas já comparam as ameaças ao Twitter com a tensão que
culminou na proibição do aplicativo chinês TikTok na Índia. “Estamos dando
ao Twitter espaço para fazer negócios na Índia, não para administrar a
democracia”, disse um funcionário. Gigantes da tecnologia dos EUA, como Facebook, Google e Amazon, já investiram
bilhões de dólares na Índia. O país é considerado um mercado fortíssimo em
potencial, graças à sua população de 1,3 bilhão. No vácuo do Twitter, o
aplicativo indiano Koo já se posiciona para tomar seu lugar. A plataforma,
lançada em março de 2020, já soma cerca de três milhões de usuários – incluindo
altos líderes do governo.( A Referencia Noticias Internacional)
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