A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) investiga a morte de Miguel Fernandes Brandão, 13 anos, no Hospital Brasília, localizado no Lago Sul.
A família relatou suposta negligência
médica em boletim de ocorrência registrado no dia 30 de dezembro de 2024. A 10ª
Delegacia de Polícia (Lago Sul) abriu inquérito para apurar o caso.
Miguel morreu em novembro, com o corpo necrosado, 26 dias depois
de dar entrada na unidade hospitalar. A mãe, Genilva Fernandes, 40, disse à
coluna Grande Angular que o diagnóstico de infecção pela bactéria Streptococcus
Pyogenes e o tratamento demoraram a ocorrer. Entenda o
caso Miguel Fernandes, de 13 anos, começou a apresentar febre, coriza e
espirros, inicialmente tratados como rinite alérgica pela mãe, com uso de
Novalgina. Após agravamento dos sintomas, Miguel foi ao
Hospital Brasília no dia 14 de outubro, onde exames descartaram influenza e
Covid-19. No dia seguinte, em 15 de outubro, Miguel apresentou novos
sintomas, como vômitos, diarreia, unhas roxas e fraqueza nas pernas. Retornou
ao hospital, onde exames inconclusivos levantaram suspeitas de miocardite e
dengue. Miguel foi transferido para um quarto adulto devido à falta de
vagas na pediatria. O quadro clínico persistia grave, com febre, exantema e
fraqueza, sem diagnóstico definido. A mãe, Genilva, denunciou o
atendimento inadequado e a demora na realização de exames na Ouvidoria. Miguel desenvolveu choque séptico com falência de órgãos. Foi
transferido para a UTI após deterioração significativa de sua saúde, com necessidade
de intubação e hemodiálise. Na UTI, os médicos identificaram a infecção por
Streptococcus pyogenes e Influenza A, enfermidades responsáveis pelo
agravamento do quadro. Miguel passou várias vezes por
raspagem dos tecidos necrosados, mas ainda apresentava múltiplas complicações,
como falência renal e cerebral. Uma traqueostomia agravou ainda
mais sua condição e ele passou por mais um choque séptico. Miguel morreu na madrugada do dia 09 de novembro devido a choque
séptico por Streptococcus pyogenes, Influenza A, insuficiência renal aguda e
gangrena periférica. As costas, os glúteos, as
pernas e as partes íntimas do menino ficaram necrosadas e tiveram de passar por
raspagem para retirada do tecido morto. Fotos enviadas à reportagem pela
família mostram essas graves feridas no corpo de Miguel. A coluna optou por não
divulgar todas as imagens. Em ao menos dois documentos, a
equipe médica do Hospital Brasília citou “ansiedade” da mãe com o quadro do
filho, antes de ele ser internado na UTI com choque séptico. A família reconhece os esforços intensivos da equipe da UTI, mas
diz que já era “tarde demais” e que a negligência médica ocorreu no início do
atendimento. “Meu filho foi matado no hospital. Na UTI, fizeram o possível,
exceto a médica que perfurou a bexiga dele”, afirmou Genilva. Em depoimento à PCDF, a mãe de Miguel relatou ter sido informada
por um infectologista de que se o filho tivesse chegado à UTI “um pouco antes,
o tratamento teria maiores chances de sucesso, pois o quadro era gravíssimo”.
O outro lado Em nota enviada à coluna, a
assessoria do Hospital Brasília disse que “em respeito à privacidade e
confidencialidade, não divulgamos informações sobre histórico de saúde dos
nossos pacientes, conforme determinam as normas éticas e legais de sigilo
médico”. Informações do metrópoles. (Fonte
Portal da Única Noticias Águas Lindas GO)
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