O volume de chuvas aumentou em Novembro em relação ao
mesmo mês de 2020. Inmet alerta mais precipitações.
Segundo o Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), de 1º de
novembro até esta sexta (26), choveu, no Distrito Federal, 32% a mais que em
todo o mês de novembro de 2020. E a expectativa, com a chegada de uma frente
fria neste fim de semana, é que a quantidade aumente ainda mais, o que pode
causar riscos de
enxurradas, alagamentos, enchentes, deslizamentos, quedas de
árvores e outros incidentes na região.O meteorologista Cleber Souza
lembra que o período chuvoso na capital federal é de outubro a março, e os
meses mais caudalosos são, justamente, novembro, dezembro e janeiro. Ainda é
cedo, segundo ele, para afirmar que o período de fim de ano vá ser mais intenso
que o de 2020, embora novembro já tenha ultrapassado a meta. “Para fazermos uma
comparação, temos que esperar o ano acabar, para saber se teve mais estragos, se foi mais intenso. Mas, em
novembro, já ultrapassamos a média [de chuvas]. A média é 226,9 milímetros
por metro cúbico, e choveu 298,6mm/m³. Já choveu 32% acima do esperado”,
destacou.A medida utilizada pelo Inmet leva em conta que 1 mm de água distribuído em 1 m² equivale a 1 litro. Isso significa
dizer que, em novembro choveu, no ponto de coleta do Inmet, no Plano Piloto, no
espaço equivalente a 1 m2,
em 26 dias, 298 litros.
“É importante lembrar que a chuva se distribui de forma desigual e em certas
partes do DF, choveu menos quando, em outras, muito mais. Temos uma frente fria
que vai atuar no fim de semana e, consequentemente, vamos ultrapassar ainda
mais esses valores”, explicou. Risco
de morteDe acordo com o chefe substituto da defesa Civil do DF, o
tenente-coronel dos bombeiros Deusdete Vieira, o maior risco trazido pelas
chuvas ao DF é o de enxurradas. Em São Sebastião, nesta terça (23), por
exemplo, um motociclista foi arrastado pela força das águas e por sorte, três
homens o socorreram. Três dias antes, José Valdeir Barbosa morreu depois de cair em um bueiro e
ser levado pelas águas em Riacho Fundo 1.“As pessoas devem evitar atravessar
enxurradas, seja de carro, a pé ou de moto”, recomendou o tenente-coronel.
Outro problema enfrentado são as enchentes e alagamentos quando o volume de
córregos aumenta. É o drama que vivem os moradores da Vila Cauhy. No Núcleo
Bandeirante. Segundo o chefe substituto da Defesa Civil, as enchentes ocorrem
quando o volume do córrego sobe, e o alagamento, quando a água invade ruas e
casas.Há, ainda, o risco de deslizamentos de terra e desabamento de muros e
casas, principalmente em regiões de terrenos barretos, como na Vila São José,
em Vicente Pires. Vieira destacou que é importante que as pessoas tenham noção
do risco nas regiões onde moram, em caso de chuvas, e se preparem para deixar o
local a depender da força das águas.Segundo ele, a Defesa Civil tem treinado
líderes comunitários para explicar a moradores riscos e desenvolver estratégias
com a comunidade para, por exemplo, buscar locais mais altos em caso de chuva,
em vez de ficar em casa e esperar o alagamento. “Em uma emergência, a primeira
coisa é acionar o Corpo de Bombeiros. o trabalho da Defesa Civil é mitigar,
fazer um planejamento, analisar, fazer relatórios para órgãos competentes. Nós
ajudamos a população antes das chuvas, o que fazemos, com treinamentos. Dia 2,
vamos fazer um treinamento na vila Cauhy, pras pessoas saberem como agir”,
exemplificou o militar. A Defesa Civil também monitora outros endereços de
Vicente Pires, e as regiões administrativas de Arniqueiras, Sol Nascente,
Fercal, e a Vila Santa Luzia, na Estrutural. Pontos
de perigo Outro alerta é para os pontos de risco, que podem se tornar
perigosos mesmo não estando listados pela Defesa Civil. Um exemplo são as
inundações nas tesourinhas do Plano e as enxurradas em diversas partes do DF.
Segundo os bombeiros, em 2020,
a corporação recebeu 119 chamados para esvaziar, com
bombas, regiões inundadas. Esse ano, o número de ocorrências cresceu. Já foram
122. O tenente-coronel alerta, ainda, para o risco de queda de árvores. A
recomendação é que motoristas não se abriguem de carro sob as árvores em caso
de temporal, por exemplo. “Tem áreas de risco, quando um rio pode invadir as
casas é uma área de risco. A casa próxima de um barranco, pode desmoronar, o
muro cair. Também são áreas de risco. E temos os pontos de risco. Ficou escuro,
vai chover forte. Parar o carro embaixo de uma árvore pode ser perigoso. Nessa
época, as pessoas têm que estar atentas”, pediu.O que fazer Em caso de emergência, a primeira recomendação da
Defesa Civil é acionar o corpo de bombeiros, pelo número de telefone 193. Em
caso de chuvas intensas em regiões com risco de alagamento, é importante
procurar um lugar alto para se abrigar.Vieira destaca, ainda, que tanto nas
regiões com risco de alagamento quanto em localidades com risco de deslizamento
ou desabamento, moradores precisam ter uma rota de fuga conhecida de
antecedência e é importante deixar o local antes do acidente.O Inmet alerta
que, em caso de rajadas de vento, é importante evitar árvores, por conta do
risco de raios e, também, não estacionar os carros próximos a torres de
transmissão e placas de propaganda. Outra medida importante é desligar
aparelhos elétricos e o quadro de energia.( Fonte R 7 Noticias Brasil)
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