De acordo com os relatos, cidades ucranianas estão
destruídas, ataques atingem áreas residenciais e milhares de civis estão
morrendo.
A situação humanitária continuou a piorar nas principais cidades ucranianas sob o fogo dos
ataques de Moscou, que anunciou no domingo (20) que usou mísseis hipersônicos
pela segunda vez. "Um grande estoque
de combustível foi destruído por mísseis de cruzeiro 'Kalibr' disparados do Mar
Cáspio, bem como por mísseis balísticos hipersônicos disparados pelo sistema de
aeronaves 'Kinjal' do espaço aéreo da Crimeia", disse o Ministério da
Defesa russo em comunicado. declaração. Este último ataque ocorreu na região de
Mikolaiv, disse o ministério, sem especificar a data. O alvo destruído, ele
observou, era "a principal fonte de abastecimento de combustível para
veículos blindados ucranianos" implantados no sul do país. Esses
mísseis pertencem a uma família de novas armas desenvolvidas pela Rússia e que
seu presidente, Vladimir Putin, descreve como "invencíveis". Escola de abrigo bombardeada Em Mariupol, uma
cidade estratégica no sudeste da Ucrânia que foi bombardeada há semanas e sofre
com a falta de água, gás e eletricidade, as autoridades locais acusaram o
exército russo no domingo de ter bombardeado uma escola de arte no dia anterior
que serviu de refúgio para várias centenas de pessoas. pessoas. , garantindo
que os civis ficaram presos sob os escombros. "Os ocupantes russos
lançaram bombas na escola de arte G12 localizada na margem esquerda de
Mariupol, onde 400 habitantes — mulheres, crianças e idosos — se
refugiaram", disse o município da cidade portuária. "O prédio foi
destruído e as pessoas ainda estão sob os escombros. O número de mortos ainda
está sendo esclarecido", acrescentou em um comunicado publicado no
Telegram. Esta informação ainda não foi verificada. A situação humanitária em
Mariupol, como em outras cidades sitiadas, é terrível. Um grupo de 19 crianças,
a maioria órfãos, está "em grande perigo", preso em um sanatório
porque seus responsáveis não podem pegá-los devido aos combates, disseram
parentes e testemunhas à AFP neste sábado (19). Fazer "algo assim para uma
cidade pacífica... é um ato de terror que será lembrado mesmo no próximo
século", disse o presidente ucraniano Volodmir Zelenski em um discurso no
domingo. O cerco de Mariupol "ficará na história para responder por crimes
de guerra", declarou. O bombardeio também danificou severamente a usina
siderúrgica e metalúrgica Azovstal de Mariupol, cujo porto é fundamental para a
exportação do aço produzido no leste do país. "Uma das maiores usinas metalúrgicas da Europa foi destruída. As
perdas econômicas para a Ucrânia são imensas", disse a parlamentar Lesia
Vasylenko, que postou um vídeo em sua conta no Twitter mostrando espessas
nuvens de fumaça subindo de um complexo industrial. 'Catástrofe humanitária absoluta' No norte do país, o prefeito de
Chernigov, Vladislav Atroshenko, descreveu a situação em sua cidade como uma
"catástrofe humanitária absoluta". "O fogo de artilharia
indiscriminado continua em áreas residenciais, dezenas de civis, crianças e
mulheres são mortas", disse ele à televisão. "Não há eletricidade,
aquecimento ou água, a infraestrutura da cidade está completamente destruída."
Em um hospital bombardeado, "pacientes operados ficam nos corredores a uma
temperatura de 10 graus", disse ele. Os ataques também não pararam em
Kiev, a capital, em Mikolaiv e em Kharkov, a segunda maior cidade do país, no
noroeste, onde pelo menos 500 pessoas morreram desde o início da guerra,
segundo dados oficiais ucranianos. A Rússia "não conseguiu obter o
controle do espaço aéreo e depende fortemente de armas de longo alcance
lançadas da relativa segurança do espaço aéreo russo para atacar alvos na
Ucrânia", disse o Ministério da Defesa do Reino Unido em comunicado. De acordo com o Ministério da Defesa da Ucrânia, as
tropas russas, cujo avanço no solo foi muito mais difícil do que o esperado
diante da feroz resistência ucraniana, realizaram 291 ataques com mísseis e
1.403 ataques aéreos desde o início da invasão em 24 de fevereiro passado. Cadáveres de soldados russos Em uma intervenção em
russo postada na internet de sábado para domingo à noite, o presidente Zelensky
afirmou que os corpos de soldados russos estavam espalhados nos campos de
batalha e não haviam sido recolhidos."Em lugares onde a luta é
particularmente feroz, a primeira linha de nossa defesa está simplesmente
repleta de cadáveres de soldados russos. E ninguém está removendo esses
corpos", disse ele. As novas unidades enviadas como reforços continuam a
ofensiva passando "por cima" dos cadáveres, assegurou. "Quero
perguntar aos cidadãos da Rússia, o que eles fizeram com você por anos para que
você não perceba suas perdas?", acrescentou.Segundo Zelenski, mais de
14.000 soldados russos foram mortos desde o início da invasão.O presidente
ucraniano, que afirmou sua herança judaica em sua busca de apoio contra a
invasão russa, se dirigirá ao Parlamento de Israel nesta tarde de domingo por
videoconferência, país que está tentando mediar entre Moscou e Kiev.A Austrália
expandiu no domingo suas sanções contra a Rússia, proibindo imediatamente as
exportações de alumina e bauxita, e prometeu mais armas e assistência
humanitária para Kiev.A proibição de exportação visa impactar a produção de
alumínio na Rússia, que depende 20% da alumina da Austrália, disse o governo de
Canberra.O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, pediu no domingo que a
China se posicione e condene a invasão russa da Ucrânia, juntando sua voz à de
Zelensky, que no sábado pediu a Pequim que "condene a barbárie"
cometida por Moscou.Cerca de 180.000 pessoas conseguiram escapar das zonas de
combate por corredores humanitários, segundo Zelensky, e 6.623 o fizeram no
sábado (das quais 4.128 de Mariupol e 1.820 de Kiev), segundo as autoridades
ucranianas."Mas os ocupantes continuam a bloquear a ajuda humanitária,
especialmente em áreas sensíveis. É uma tática bem conhecida... é um crime de
guerra", disse o presidente.Desde 24 de fevereiro, mais de 3,2 milhões de
ucranianos foram para o exílio, quase dois terços deles para a Polônia.( Fonte
R 7 Noticias Internacional)