Manifestações pelo país são contra alta da inflação, que
em julho atingiu 10,1% ao ano e tende a aumentar até outubro.
O transporte público no Reino
Unido foi afetado neste sábado (20) por um novo dia de greves, após as
mobilizações do setor ferroviário na quinta-feira (18) e do metrô de Londres na
sexta (19), para protestar contra a alta inflação. Em plenas férias escolares,
neste sábado deve circular apenas um trem em cada cinco no país, em decorrência
da greve convocada pelos sindicatos Rail, Maritime and Transport (RMT);
Transport Salaried Staffs Association (TSSA) e Unite, que exigem um aumento
salarial para enfrentar o custo de vida. As negociações com o grande
número de operadores ferroviários privados no país estão paralisadas. O
ministro dos Transportes, Grant Shapps, acusado de bloquear a situação, culpou
os sindicatos por se recusarem a aceitar reformas para modernizar o setor e
disse na sexta-feira que elas podem ser impostas pela força. A greve deste
sábado vai prejudicar especialmente o movimento de turistas, torcedores de
futebol que querem ir ao estádio para ver os jogos e os que vão aos festivais
de verão. O tráfego de trens também deve ser interrompido na manhã de
domingo. "Acho que o povo britânico está farto de ser enganado por
este governo e empregadores britânicos, com empresas como BP e British Gas
obtendo lucros enormes enquanto as pessoas lutam para ganhar a vida",
disse Mick Lynch, secretário-geral do sindicato RMT da ferrovia, garantindo que
o povo britânico apoia os grevistas. Este é o maior movimento de greve em
décadas contra a inflação, que em julho atingiu 10,1% ano a ano e pode
ultrapassar 13% ano a ano em outubro. No domingo, estivadores do porto de
Felixstowe (leste), o maior porto de carga do país, iniciarão uma greve de oito
dias, o que pode atrapalhar grande parte do tráfego de carga do Reino Unido.(
Fonte R 7 Noticias Internacional)