Deputado estadual por quatro turnos seguidos, Karlos Cabral defende um partido mais presente no diálogo.
Em entrevista ao Jornal Opção, o deputado estadual recém eleito para compor a diretoria nacional do Partido Socialista Brasileiro (PSB), Karlos Cabral, afirma que a sigla deve se projetar para 2026 à frente com o novo presidente escolhido pela legenda, o prefeito reeleito de Recife, João Campos, e que pode federar com outros partidos políticos. Segundo o parlamentar, a escolha de Campos para a direção nacional representa uma “renovação com responsabilidade” diante da idade do prefeito gestor. Apesar de ser um dos líderes partidários mais jovens da história, com apenas 31 anos, Cabral acredita que Campos já tem o preparo e a experiência necessária para tocar a legenda frente às eleições gerais de 2026, com o objetivo de dobrar as bancadas no Congresso e nos estados. Apesar disso, defende que a legenda não está presa em apenas uma figura de liderança, mas a partir de uma construção coletiva dos filiados, como evidenciado nos debates do Congresso Nacional do PSB. Com isso, acredita que a sigla deve se manter atenta no diálogo nas redes sociais para manter a legenda ativa e engajada no discurso político. Por outro lado, defende a continuação da “transição geracional” iniciada na escolha do prefeito de Recife para presidente para uma renovação política. “É hora [do PSB] de abrir mais espaço para novas lideranças, para juventude, para mulheres, para os movimentos sociais. A política precisa se renovar com gente comprometida.” A partir deste ideal, afirma que a responsabilidade de liderança incubida ao parlamentar para o Diretório Nacional deve ser construída junto com outros membros da legenda. Ao lado de Cabral, o presidente estadual da sigla em Goiás, Elias Vaz, foi eleito para assumir cargo na comissão executiva do partido e também deve representar o Estado nas deliberações. “Seremos só dois representantes do nosso Estado na Direção Nacional, e eu tenho plena consciência do tamanho desse desafio. Ao mesmo tempo, vejo isso como reconhecimento de uma caminhada firme e coerente dentro do partido.”, afirma. Federação a frente Outro ponto que afirmou a equipe de redação é a confirmação de um movimento dentro da sigla para uma federação com outro partido com objetivo de fortalecer a atuação política do PSB. Apesar de Cabral não ter confirmado o nome, a sigla do Partido Democrático Trabalhista (PDT) é vista nos bastidores como um potencial candidato para uma federação frente a um cenário acirrado na disputa eleitoral de 2026. “Quem tem projeto de crescimento não se assusta com cláusula de barreira. A última eleição já mostrou que o PSB está num ciclo de crescimento — fomos o partido do campo progressista que mais elegeu prefeitos e vereadores.” Com o perigo iminente da cláusula de barreira, criada em 2017, partidos com pequena representação política buscam aliar-se com outras siglas para driblar o mecanismo eleitoral que pode barrar ou impedir a atuação da legenda. O partido do União Brasil (UB), do governador Ronaldo Caiado, já anunciou a federação com o Partido dos Progressistas (PP) neste final do mês de abril. Além disso, o Partido da Social Democracia (PSDB) anunciou que irá votar nesta semana se fará ou não uma união com o Partimos Podemos (PODE). (Fonte Jornal Opção Noticias)
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