Menina de 10 anos precisou viajar de Ohio para Indiana para fazer
procedimento, considerado ilegal onde mora após seis semanas.
O procurador geral do estado de Indiana, nos Estados Unidos, Todd Rokita, pretende investigar uma médica por não avisar as autoridades que realizou um aborto em uma menina de 10 anos que foi estuprada no estado vizinho de Ohio.O caso desta menor de idade ganhou enorme relevância no país, já que o presidente dos EUA, Joe Biden, o citou como exemplo das consequências da decisão da Suprema Corte, que anulou a proteção do direito ao aborto. Em carta vazada nesta quinta-feira (14), o procurador pediu ao governador de Indiana, o republicano Eric Holcomb, registros do Departamento de Saúde e do Departamento de Serviços Infantis para determinar se a médica Caitlin Bernard avisou sobre o aborto as autoridades em um prazo de três dias."Se a médica Bernard não apresentou os informes requeridos a tempo, cometeu um delito cujas consequências podem incluir um processo penal", disse na carta Rokita, que defende a restrição do acesso ao aborto. Vários estados controlados por republicanos restringiram ou proibiram completamente o aborto desde que a Suprema Corte derrubou em junho a proteção desse direito, vigente em todo o país desde 1973. A menor de 10 anos foi estuprada em Ohio, estado que restringiu o aborto a partir da sexta semana de gestação sem exceções como estupro, e viajou para realizar o procedimento em Indiana, onde a interrupção da gravidez é permitida até a 22ª semana.O Congresso de Indiana, no entanto, é controlado pelos republicanos, que em duas semanas votarão uma nova legislação mais restritiva sobre o aborto.No Twitter, Bernard escreveu na quarta-feira que "os médicos devem poder oferecer o atendimento médico necessário quando e onde as pessoas necessitam". "Meu coração está partido pelas vítimas de agressão e abuso sexual. Estou muito triste porque nosso país está falhando com elas quando mais necessitam de nós", expressou a médica. Biden se referiu ao caso publicamente quando assinou uma ordem executiva para garantir que as mulheres possam se deslocar entre estados para abortar."Estuprada e grávida de seis semanas aos 10 anos. Já traumatizada, teve que viajar a outro estado. Imaginem ser essa menina pequena", comentou o líder democrata ao criticar os republicanos.( Fonte R 7 Noticias Internacional)
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