Chineses ampliam mineração ilegal
de terras-raras após golpe de Mianmar.
Grupo local denuncia que número de
caminhões chineses transportando terras-raras é cinco vezes maior desde
fevereiro.
A
mineração ilegal de terras-raras por
chineses saltou no estado de Kachin, ao norte de Mianmar, após o golpe militar de
1º de fevereiro, apontou a agência japonesa Kyodo News.
A área é controlada por uma milícia étnica aliada à junta à frente do país. Um
ativista do grupo Rede de Transparência e Responsabilidade Kachin, que pediu
para não ser identificado, relatou que o número de caminhões transportando
materiais de minas de terras-raras é cinco vezes maior desde fevereiro. Agora
há cerca de 100 montanhas de extração na
região – o dobro do que havia no final de 2020. O grupo monitora as atividades
de mineração nos arredores de Chipwi, na fronteira com a China, com a cooperação de
moradores locais. Mianmar é o terceiro maior produtor mundial de terras-raras,
conforme o U.S. Geological
Survey. Os elementos extraídos em Kachin representam metade de todos
os produzidos no mundo. Os metais são essenciais a produtos como smartphones e
veículos. Seus componentes, já em escassez no
mundo, protagonizam o
duelo entre China e EUA. O grupo especulou que os militares
birmaneses podem ter concedido o aumento da mineração aos chineses em uma
tentativa de financiar suas atividades. Nesta segunda (17), os EUA, Canadá e
Reino Unido impuseram novas sanções à
junta que tomou o poder do país asiático. Washington congelou ativos de 13
funcionários do governo e impediu qualquer instituição de negociar com eles,
enquanto o Canadá impôs sanções contra indivíduos e entidades vinculadas às
forças armadas de Mianmar. Londres cortou relações com a empresa estatal Myanmar Gems
Enterprise, confirmou a agência catari Al-Jazeera.
Votação
adiada As sanções dos EUA, Canadá e Reino Unido
ocorrem no mesmo dia em que a Assembleia Geral da ONU (Organização das Nações
Unidas) adiou a votação sobre a suspensão imediata do fornecimento de
armas e munições a Mianmar. A decisão, que deveria acontecer
nesta terça (18), ainda não tem nova data. Diplomatas disseram à Reuters que
o projeto foi adiado em uma tentativa de obter mais apoio. Se adotada, a
resolução exorta os militares a permitir uma visita da enviada da ONU em
Mianmar, Christine Schraner Burgener, e implementar um plano pelo fim da crise vinculado à Asean (Associação
das Nações do Sudeste Asiático). A junta que governa Mianmar deu um golpe de
Estado após alegar fraude nas
eleições de novembro, vencidas pela oposição. Políticos oposicionistas foram
presos, como a Nobel da Paz de 1991, Aung San Suu Kyi.
Desde então, a violência
cresceu no país asiático, de 53,7 milhões de habitantes. Já há
registro de 796 mortos devido à repressão policial em protestos pacíficos
contra o novo governo. Mais de 4 mil civis foram presos. Enquanto isso, os
militares impuseram restrições à mídia e redes de comunicação.( Fonte A
Referencia Noticias Internacional)
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