Produtos feitos a partir de processos mais sustentáveis
ganham espaço no mercado e empresas recebem investimentos milionários.
Um relatório do National
Resources Defense Council (NRDC), grupo ambiental sem fins lucrativos, revela
que grandes marcas de papel higiênico estão contribuindo para o
aquecimento global, ao destruirem florestas que retiram carbono da atmosfera.
Entenda como o aquecimento global afeta as regiões do
Brasil Shelley Vinyard, autora do levantamento, disse em
entrevista ao site Fast Company que as pessoas não costumavam pensar em como o
papel higiênico que usavam era feito, mas isso mudou nos últimos cinco anos, à
medida que marcas mais sustentáveis entraram no mercado. De acordo com o
relatório, marcas como a Seventh Generation e a Trader Joe's, juntamente a
startups como Who Give a Crap e Grove Collaborative, oferecem alternativas com
menos impacto ambiental feitas a partir de papel reciclado ou de bambu. Antes
da pandemia da covid-19, startups que ofereciam produtos mais sustentáveis
começaram a surgir, como a No.2, Cheeky Monkey, Bippy e Peach. Com a chegada da
crise sanitária, interrupções na cadeia de suprimentos levaram a uma
escassez do produto, desta forma, muitos consumidores descobriram essas
empresas menores, que começaram a crescer. Segundo o Fast Company,
a startup Cloud Paper, que há quatro anos fabrica um papel higiênico
que utiliza como matéria-prima o bambu, teve um aumento de 800% em seus
acessos em 2020 e recebeu 3 milhões de dólares, o equivalente a R$15,9 milhões,
de estrelas americanas como Mark Cuban, Gwyneth Paltrow e Ashton
Kutcher. A Who Gives a Crap, outra startup, que foi criada em
2009 e que faz papel higiênico reciclado, teve seu ano de maior
sucesso em 2020 e captou 50 milhões de dólares em financiamento, o
equivalente a R$ 250 milhões, no mês passado. O mercado
norte-americano é dominado por três grander fabricantes que vendem cerca
de 80% do papel higiênico usado nos Estados Unidos, já que a maioria das
startups que estão no mercado só vendem seus produtos online, e marcas
menores não estão amplamente disponíveis nas prateleiras das lojas. O National
Resources Defense Council criou um cartão de pontuação que classifica 95 marcas
de papel higiênico, com base em sua pegada de carbono e impacto nas florestas,
para facilitar a compra dos consumidores que estão preocupados com o meio
ambiente. Os três grandes fabricantes dos EUA têm notas baixas. A autora
do relatório, Shelley Vinyard, explicou que as marcas com as menores
pontuações obtiveram o resultado porque seus produtos são feitos a partir
das florestas, em vez de usar papel reciclado ou bambu. Além disso, muitas
dessas empresas estão destruindo a floresta boreal canadense, que retira uma
quantidade de carbono equivalente a duas vezes as reservas mundiais de
petróleo. O NRDC pesquisa o mercado de papel higiênico há três anos, e neste
ano, incluiu 36 marcas relativamente novas, muitas das quais receberam boas
pontuações. Who Gives A Crap recebeu a maior nota, seguida por marcas
internas da Trader Joe's e Whole Foods, e pelas por Bim Bam Boo, Cloud Paper e
Seedling, por usarem bambu. Para Vinyard, quando os
consumidores escolhem alternativas mais sustentáveis fazem a diferença
porque ajudam o meio ambiente e porque enviam um sinal para as grandes
corporações de que o lucro pode vir por meio de papel higiênico ecológico.(
Fonte R 7 Noticias Internacional)