Após protestos da população, governos locais começam a
flexibilizar mediadas, aumentando a vista a pontos turísticos locais.
Enquanto muitos chineses celebravam as novas
liberdades nesta quinta-feira (8), depois que o país se desfez de medidas
importantes da rígida política sanitária contra a Covid-19, havia uma
preocupação crescente de que o vírus, que em grande parte foi mantido sob
controle, possa se espalhar em breve.Três anos após o início da pandemia,
muitos na China estavam
ansiosos para que Pequim começasse a alinhar as rígidas medidas de prevenção do
vírus com o resto do mundo, que se reabriu amplamente em um esforço para
conviver com a doença. Essas frustrações se transformaram em protestos
generalizados no mês passado, a maior demonstração de descontentamento público
desde que o presidente Xi Jinping chegou ao poder em 2012.Sem dizer se
era uma resposta a esses protestos, algumas cidades e regiões começaram a
afrouxar as restrições contra a Covid-19, em ações que antecederam uma
flexibilização nacional com novas regras divulgadas pela Comissão Nacional de
Saúde (NHC, na sigla em inglês) na quarta-feira (7). O NHC disse que as pessoas
infectadas com sintomas leves agora podem ficar em quarentena em casa e
eliminou a necessidade de testes e verificações de estado de saúde em
aplicativos móveis para uma variedade de atividades, incluindo viagens pelo
país. As vendas de ingressos para pontos turísticos e de lazer dispararam
no país, de acordo com a imprensa estatal, enquanto algumas pessoas foram às
redes sociais para revelar que haviam testado positivo para o vírus, algo que
anteriormente carregava forte estigma na China.Outros expressaram cautela "Eu sei que a Covid não é tão
'horripilante' agora, mas ainda é contagiosa e vai doer", disse uma
publicação na plataforma Weibo. "O medo trazido ao nosso coração não pode
ser facilmente dissipado".A China relatou 21.439 novas infecções locais
por Covid-19 em 7 de dezembro, um pouco abaixo do dia anterior e menor que o
pico de 40.052 casos em 27 de novembro.Alguns analistas e especialistas médicos
dizem que a China está mal preparada para um grande aumento de infecções, em
parte devido às baixas taxas de vacinação entre os vulneráveis e o sistema de
saúde frágil. Feng Zijian, ex-funcionário do Centro de Controle de Doenças da
China, disse ao China Youth Daily que até 60% da população da China
pode ser infectada na primeira onda em grande escala antes de se estabilizar."Em
última análise, cerca de 80% a 90% das pessoas serão infectadas", disse
ele.O país deve enfrentar um surto em grande escala nos próximos um a dois
meses, informou a revista estatal China Newsweek nesta quinta-feira,
citando especialistas em saúde.( Fonte R 7 Noticias Internacional)
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