De acordo com as Nações Unidas, 74 países em desenvolvimento também estão sendo atingidos indiretamente pelo conflito.
A guerra da Rússia na Ucrânia, "que viola a Carta das
Nações Unidas", afeta 74 países em desenvolvimento e 1,2 bilhão de
pessoas, declarou o secretário-geral da ONU, António Guterres, durante a
abertura de uma reunião do Conselho de Segurança nesta
terça-feira (5)."Nossa análise indica que 74 países em desenvolvimento,
com uma população total de 1,2 bilhão de pessoas, são particularmente
vulneráveis ao aumento dos preços de alimentos, energia e fertilizantes",
afirmou ao abrir uma reunião do Conselho de Segurança. Rosemary DiCarlo,
destacada para Assuntos Políticos na ONU, expressou "grave
preocupação" das Nações Unidas pelo uso de bombas de fragmentação em áreas
residenciais."Estas armas fazem a maior parte das vítimas civis, assim
como a destruição massiva de infraestruturas como edifícios residenciais,
hospitais, escolas, estações de água e sistemas elétricos", disse. A ONU
informou que recebeu denúncias "confiáveis" de que a Rússia utilizou bombas de fragmentação em regiões habitadas da
Ucrânia pelo menos 24 vezes. "As denúncias de que as forças
ucranianas também teriam utilizado essas armas também estão sendo
investigadas", afirmou DiCarlo. O presidente ucraniano, Volodmir Zelenski,
participou desta sessão, logo depois, por meio de uma chamada de vídeo. Segundo
a ONU, é a primeira vez que o chefe de um Estado devastado pela guerra se
dirige ao Conselho de Segurança dessa maneira."A guerra na Ucrânia deve
terminar agora. Precisamos de negociações sérias para a paz, baseadas nos
princípios da Carta das Nações Unidas", acrescentou o chefe da ONU.Segundo
Guterres, isso representa "um dos maiores desafios que já foram colocados
à ordem internacional e à arquitetura da paz mundial baseada na Carta da ONU.
Por sua natureza, sua intensidade e suas consequências"."Estamos diante
de uma invasão total, em várias frentes, de um Estado-membro da ONU, à Ucrânia,
por outro, a Federação Russa — membro permanente do Conselho de Segurança —, em
violação à Carta da ONU", denunciou mais uma vez. Moscou tinha
"vários objetivos, entre eles o redesenho das fronteiras
internacionalmente reconhecidas entre os dois países", insistiu, em um
novo ataque virulento contra o Kremlin."A ofensiva russa também causou o
deslocamento de mais de dez milhões de pessoas em apenas um mês, o movimento
populacional forçado mais rápido desde a Segunda Guerra Mundial",
completou Guterres.O secretário-geral adjunto da ONU para Assuntos
Humanitários, Martin Griffiths, declarou em Genebra após uma rápida viagem a
Moscou que não avançou na missão de alcançar um "cessar-fogo
humanitário".( Fonte R 7 Noticias Internacional)
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