CONTRA COVID 19 "COVID MATA"

CONTRA COVID 19 "COVID MATA"

sábado, 11 de setembro de 2021

VIDANEWS - Como a principal estrela pop afegã conseguiu escapar dos talibãs.

 

Aryana Sayeed, que defende os direitos das mulheres em suas músicas, pediu para noivo matá-la se fosse descoberta.

Refugiada em Istambul, a popstar afegã Aryana Sayeed conta à AFP como ela deixou Cabul disfarçada, com medo de ser reconhecida pelos extremistas do Talibã que a ameaçaram por muito tempo."Não deixe eles me pegarem, me mate primeiro", ela implorou ao noivo no caminho para o aeroporto. Aryana Sayeed, a mais popular cantora afegã, com 1,4 milhão de seguidores em sua conta no Instagram, desencadeou a ira de religiosos e conservadores em seu país por suas canções que defendem os direitos das mulheres e denunciam a violência contra elas. Jurada do The Afghan Star, um programa organizado pelo canal de televisão Tolo News, a estrela de 36 anos não podia andar livremente em Cabul e vivia sob proteção, limitando seus movimentos.Em 15 de agosto, tentou deixar o país horas depois que os talibãs tomaram Cabul. Mas o avião em que ela embarcou não decolou. A cantora se refugiou com parentes antes de uma segunda tentativa no dia seguinte. Os insurgentes estavam presentes em todos os postos de controle e seus combatentes - armados com Kalashnikovs - cercavam o aeroporto. Formou então um comboio: seu noivo e empresário, Hasib Sayed, em um carro e ela em outro. Eles se comunicavam por walkie-talkie."Foi quando eu disse a ele: 'Se eles estiverem prestes a me pegar, por favor me mate. Atire na minha cabeça. Não deixe que eles me peguem viva'. É o que eu mais temia, muito mais do que a morte", explica.Salva por um intérprete A popstar sabia que estava se arriscando ao lançar sua marca de moda em Cabul em julho, quando os ocidentais deixavam o país. “Sempre quis acreditar no futuro, então decidi investir”, explica.Naquela noite, se vestiu de preto, o rosto escondido sob uma máscara higiênica e óculos, com o sobrinho de Hasib sentado em seu colo para parecerem uma família normal."Tentamos fazer com que ele memorizasse o que tinha a dizer em caso de controle. 'Se eles nos prenderem, sou sua mãe e meu nome é Fereshta'", contou Chegando aos portões do aeroporto, os soldados recusaram-se a abrir caminho para eles, favorecendo a passagem de cidadãos americanos. Mas um dos intérpretes identificou Hasib e explicou que ele era o namorado da maior estrela afegã, cuja vida estava realmente ameaçada. Graças a ele, o casal chegou a Doha, depois ao Kuwait e finalmente aos Estados Unidos, de onde se mudou para Istambul, sua nova residência. Saeed explica que as mulheres afegãs hoje são mais educadas e mais bem informadas sobre seus direitos do que durante o regime anterior do Talibã (1996-2001). "As mulheres afegãs não são mais as de vinte anos atrás", detalha, enquanto suas compatriotas continuam se manifestando em Cabul, desafiando a brutalidade dos talibãs. A cantora dedicou a maior parte de suas canções às mulheres afegãs, apesar do perigo. "Com o Talibã, não tenho espaço porque eles querem minha vida, meu sangue", resume.( Fonte R 7 Noticias Internacional)

Nenhum comentário:

Um reflexo perturbador da realidade brasileira.

  Os dados do Instituto Locomotiva mostram que 70% dos negros no Brasil enfrentam preconceito, refletindo o racismo estrutural persistente n...