Militares do Chade afirmam ter
‘derrotado rebeldes’ após morte de Déby.
Tropas saíram às ruas da capital
N’Djamena para celebrar a vitória sobre rebeldes em meio a instabilidade
política.
No poder do Chade desde a morte do presidente Idriss Déby, em abril, o Exército diz ter
derrotado os rebeldes no norte do país após semanas de combate. Fardadas, as
tropas celebraram a “vitória” em um desfile de tanques e veículos blindados na
capital N’Djamena neste domingo (9), reportou a BBC.
Em uma base militar, jornalistas relataram ter visto dezenas de pessoas presas
como “rebeldes capturados”. O grupo Fact (Frente para a Mudança e Concórdia
no Chade) diz “não ter consciência” do fim dos combates. A medida pode ser uma
tentativa de buscar apoio popular depois da morte de Déby, que aumentou a
instabilidade no país africano. O presidente foi morto durante ofensiva contra os rebeldes que cruzaram
a fronteira com a Líbia no dia 11 de abril, data das
eleições que conduziram o ditador ao sexto mandato. Comunicados oficiais dizem
que o presidente morreu como um “mártir” na linha de
frente dos confrontos contra os rebeldes, versão questionada pela comunidade
internacional. Quem assumiu seu lugar foi o próprio filho, Mahamat Déby. O Parlamento foi dissolvido. Formado
por militares anti-Déby, o Fact liderou mercenários sob o general Khalifa Haftar na Líbia desde 2016. Seus
líderes prometeram executar o presidente caso fosse reeleito. Agora, não está
claro se o grupo ainda é uma ameaça à junta militar, disse um porta-voz da
facção à Reuters. Repressão violenta Nas últimas semanas, protestos mobilizados pela
oposição de Déby foram interrompidos de forma violenta pelas
forças de segurança. Pelo menos dez civis ficaram feridos e um foi morto em uma
manifestação no sábado (8). A
oposição e os rebeldes defendem que a morte do presidente abriu espaço para um
golpe e há pressão para que os militares deixem o poder para um governo
liderado por civis. Enquanto isso, no lugar do pai, Mahamat prometeu
realizar eleições em um ano e meio e angariou o apoio da França,
ex-metrópole colonial. O Chade possui um dos exércitos mais bem treinados e
equipados da África e é um forte apoiador dos países ocidentais na luta contra
extremistas islâmicos no Sahel.( Fonte A Referencia Noticias Internacional)
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