Embora a
Índia tenha nove entre as dez cidades mais poluídas do mundo, ca campeã de
poluição foi Hotan, na região de Xinjiang, no oeste da China.
Um estudo publicado
na última segunda-feira (22) pela agência catari Al Jazeera indica
que 46 das 100 cidades mais poluídas do mundo encontram-se na Índia, enquanto 42 estão
na China. Os dois países são
de longe os que mais poluem o ar no mundo, de acordo com os dados. Cidades de Paquistão
(6), Bangladesh (4), Indonésia (1) e Tailândia (1) também aparecem no ranking.De
acordo com a revista The Lancet,
a mais importante da área de ciências médicas no mundo, 1,67 milhão de pessoas
morreram em virtude de problemas decorrentes da poluição do ar na Índia em
2019. Esse número equivale a 17,8% de todas as mortes registradas no país
naquele ano.Por sua vez, a OMS (Organização Mundial da Saúde) afirma que cerca
de 7 milhões de pessoas morrem anualmente em consequência da poluição do ar no
mundo. E que mais de 90% da população mundial vive em áreas onde a poluição do
ar excede os limites recomendados pela entidade. Na Índia, as principais fontes
de poluição ambiental são queima de biomassa residencial e comercial, poeira
mineral soprada pelo vento, queima de carvão para geração de energia, emissões
industriais, queima de restolho agrícola, queima de resíduos, atividades de
construção, olarias, veículos de transporte e geradores a diesel. Na
semana passada, a capital indiana Nova Déhli registrou um índice de poluição do
ar 20 vezes superior ao limite
recomendado pela OMS. O ar carregado levou o governo
praticamente a impor um lockdown parcial, com fechamento
de escolas e escritórios governamentais e paralisando a construção civil.Embora
a Índia tenha nove entre as dez cidades mais poluídas do mundo, ca campeã de
poluição foi Hotan, na região de Xinjiang, no oeste da China. Mesmo com os
problemas de poluição e o projeto de Beijing para reduzir as emissões de gases
do efeito estufa, A China anunciou
na semana passada que atingiu sua maior produção de carvão dos últimos
anos. Recentemente, no encerramento da 26ª Conferência das Nações
Unidas sobre Mudança Climática, a COP26, China e Índia solicitaram emenda de
última hora no acordo final, sobre a redução do uso de carvão. Os países pediram que fosse
documentado “redução gradual” do recurso no lugar de “eliminação”, o que
enfraqueceu consideravelmente o impacto do acordo e mostra o quanto ambos estão
presos na armadilha da queima de carvão.Critérios de análise O estudo mede a
qualidade do ar pelos níveis de poluentes atmosféricos PM2,5, PM10, ozônio,
dióxido de nitrogênio, dióxido de enxofre e monóxido de carbono. Os níveis de
PM2,5 abaixo de 12 são bons, entre 55 e 150 são considerados não saudáveis, e a
partir de 250 são perigosos.O PM (material particulado, da sigla em inglês) “é
uma mistura de partículas de diversos materiais, sendo todas cerca de cinco
vezes mais finas que um fio de cabelo ou mesmo menores que gotículas de
substâncias líquidas. Essas partículas podem ser de compostos químicos
orgânicos, ácidos, como sulfatos e nitratos, metais, e até poeira”, segundo o
site eCycle.Em
Nova Déhli, a concentração de partículas PM2,5, que danificam os pulmões das
pessoas, é 34 vezes superior aos níveis aceitáveis da OMS. A névoa tóxica é
especialmente ruim durante o inverno, quando os fazendeiros queimam o restolho
deixado em seus campos.No intuito de tentar reduzir a poluição, algumas cidades
indianas e chinesas instalaram torres que atuam na filtragem da poluição
atmosférica. Nova Déhli, por exemplo, instalou dois deles após uma ordem da
Suprema Corte da Índia, sendo um em uma área comercial movimentada.Os 40
ventiladores, que custam na faixa de US$ 2 milhões e têm 25 metros de altura,
captam o ar carregado de partículas e passam ele por filtros. Cada torre
funciona em um raio de um quilômetro, supostamente reduzindo os níveis de PM2,5
em 50%. Mas ainda não existe uma conclusão segura quanto à eficiência do
sistema.Por que isso importa?No ano passado, a emissão de gases de efeito
estufa no planeta atingiu um novo recorde, superando a média do
período entre 2011 e 2020. E a tendência de alta continua em 2021, de acordo
com um novo relatório publicado em outubro pela OMM (Organização Meteorológica
Mundial), a agência meteorológica da ONU (Organização das Nações Unidas).O
Boletim de Gases de Efeito Estufa da OMM levou uma “mensagem
científica radical” para as negociações sobre mudanças climáticas
discutidas na COP26, em Glasgow, disse Petteri Taalas, chefe da agência.“No
atual ritmo de aumento das concentrações de gases de efeito
estufa, veremos um aumento de temperatura até o final deste século
muito acima das metas do Acordo de Paris de
1,5º C a 2º C acima dos níveis pré-industriais”, disse Taalas. “Estamos muito
fora do caminho.”A concentração de dióxido de carbono (CO2) em 2020 foi de 149%
acima do nível pré-industrial; metano, 262%; e óxido nitroso, 123%. A base de
comparação é o ano 1750, quando as atividades humanas começaram a alterar o
equilíbrio natural da Terra.( Fonte A Referencia Noticias Internacional)