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domingo, 28 de agosto de 2022

VIDANEWS -- Conheça a história do vestibular no Brasil e saiba o que esperar para os próximos anos.

 

Número maior de alunos ao de vagas nas instituições levou a criação das provas, que passa por transformações contínuas.

Para ingressar em uma universidade no Brasil, os estudantes precisam passar por uma série de provas, os tradicionais vestibulares. O exame, parecido com o que temos hoje, surgiu para resolver um problema: havia mais candidatos que vagas nas instituições de ensino. O jeito foi criar uma prova para selecionar os melhores candidatos. Ao longo dos anos, o exame passou por mudanças, o que deve continuar diante das novidades do novo ensino médio. O exame admissional, como era chamado, passou a valer em 1911, durante o governo do presidente Hermes da Fonseca. "Até então, para ingressar em uma faculdade, principalmente nos cursos de medicina e direito, os estudantes tinham de vir de uma escola tradicional, como o colégio Pedro II, no Rio de Janeiro", explica Anderson Bigon, diretor pedagógico do Curso Pré-Vestibular da Oficina do Estudante de Campinas (SP). "A ideia era dar acesso às faculdades aos estudantes que vinham de outras escolas e como o número de candidatos era maior que o de vagas, foram criados os exames e os participantes encaravam uma prova escrita e outra oral, que podia durar dias", conta Bigon.A partir dos anos 60, as provas começaram a exigir dos alunos habilidades específicas para as áreas que pretendiam seguir. "O problema é que essas provas não dialogavam com a educação básica e nos anos 1980 a Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) revolucionou ao propor um vestibular próprio", conta Juliana Sangion, coordenadora do livro Vestibular Unicamp - 30 Anos."O professor Rubem Alves defendeu a ideia de que o vestibular tinha de selecionar o perfil dos futuros alunos da Unicamp e, também, impactar a educação", explica Juliana. "Não fazia sentido a escola preparar o aluno somente para as provas, a Unicamp passou a cobrar mais leitura, interpretação de texto e a capacidade de o candidato de fazer conexões." Com o passar os anos, os vestibulares foram sendo adaptados: houve a introdução de redação, questões dissertativas e o surgimento do Enem (Exame Nacional do Ensino), como temos hoje, a principal porta de entrada para as universidades brasileiras, também foi um marco."As novidades trazidas pelo novo ensino médio, como os itinerários formativos, com certeza vão impactar a elaboração dos vestibulares, que devem se adaptar tanto no conteúdo como no formato", diz Bigon."Acredito que para os próximos anos haja uma maior diversificação das formas de ingresso nas universidades; a Unicamp reserva vagas para estudantes da rede pública, cotas para pessoas pretas e pardas, um vestibular indígena e espaço para vagas olímpicas", observa Juliana. "Muito além da questão social e cultural, a diversidade é muito rica para a produção de conhecimento." ( Fonte R 7 Noticias Brasil)

 

 

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