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quinta-feira, 6 de novembro de 2025

Rio: deputada denuncia liberação de corpos lenta e cheiro de decomposição no IML após operação.

A deputada Dani Monteiro (PSOL-RJ) denunciou o colapso humanitário no IML Afrânio Peixoto, onde familiares de vítimas da megaoperação no Alemão e na Penha aguardam, em condições insalubres, a liberação dos corpos. 

Ela classificou a situação como “abandono estatal” e “violência de Estado”.A deputada estadual Dani Monteiro (PSOL-RJ), presidente da Comissão de Direitos Humanos e Cidadania da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, denunciou nesta quinta-feira, 30, as condições do Instituto Médico-Legal (IML) Afrânio Peixoto, no centro do Rio, onde estão sendo realizados os exames de necrópsia dos mortos na megaoperação dos complexos do Alemão e da Penha. A ação policial deixou 121 mortos, entre eles quatro policiais. Procurada, a Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro não respondeu até a publicação desta reportagem. O espaço segue aberto.Segundo a parlamentar, familiares estão dormindo na porta do instituto "convivendo com o cheiro dos corpos sem refrigeração", em meio à demora para a liberação das vítimas. "O que vimos nos últimos dias é a face mais cruel da violência de Estado. Famílias estão dormindo na porta do IML, convivendo com o cheiro dos corpos dos seus entes queridos sem refrigeração. Isso não é política de segurança, é abandono estatal", afirmou Dani Monteiro durante a reunião "Rio Sem Massacre", organizada no auditório da Escola do Legislativo (Elerj). De acordo com o governo, até a tarde desta quinta-feira, 30, mais da metade dos 117 corpos oficialmente contabilizados já havia sido identificada e havia começado a ser liberada. O governo do Rio informou que o IML está sendo usado exclusivamente para a necrópsia dos mortos da operação, e que o atendimento às famílias ocorre em um prédio do Detran, ao lado do instituto. Casos não relacionados à ação policial estão sendo direcionados ao IML de Niterói, na região metropolitana. A Defensoria Pública do Rio afirmou que foi impedida de acompanhar as perícias, mas montou uma força-tarefa com 40 profissionais para atender as famílias - 106 delas já procuraram o órgão para obter documentos, solicitar sepultamento gratuito e regularizar traslados de corpos para outros Estados. A defensora Mirela Assad, da Coordenação Geral de Programas Institucionais (Cogpi), explicou que parte das dificuldades decorre da ausência de familiares para identificação de suspeitos mortos.A deputada Dani Monteiro acompanhou durante todo o dia a comitiva do governo federal nas comunidades da Penha e do Alemão e no IML, onde prestou acolhimento às famílias. "Direitos humanos não são obstáculos, mas a base de uma política pública séria. Nenhuma política de segurança se sustenta sobre o sangue do seu povo", disse. O Ministério Público do Rio de Janeiro está utilizando uma tecnologia capaz de reconstruir digitalmente os corpos. A tecnologia registra com fidelidade todas as lesões externas, auxiliando o trabalho de investigação dos promotores.Fonte Brasil ao Minuto Noticias.

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