Por conta da grande repressão às manifestações, uma pessoa morreu e
1.300 foram detidas, segundo ONG de direitos humanos.
Nesta segunda-feira (11), as maiores manifestações antigovernamentais que ocorreram em Cuba em 60 anos completam um ano. Os protestos de 11 e 12 de julho que mobilizaram quase 50 cidades aos gritos de "Estamos com fome" e "Liberdade" deixaram um morto, dezenas de feridos e mais de 1.300 detidos, segundo a Cubalex, uma ONG de direitos humanos com sede em Miami. De acordo com a Procuradoria-Geral da República, 790 presos foram processados e 488 receberam uma sentença final, muitos pelo crime de perturbação contra a ordem pública, com penas de até 25 anos de prisão. As autoridades cubanas afirmam que as manifestações foram orquestradas pelos Estados Unidos.Para comemorarem a data, opositores convocaram novas manifestações nas redes sociais, mas muitas das vozes reveladas no 11 de Julho foram para o exílio e algumas estão na cadeia. Na última sexta-feira (8), manifestantes informaram que foram alertados por agentes de segurança para não saírem de casa nesta segunda-feira.Sanções dos EUA Os Estados Unidos impuseram sanções a 28 funcionários cubanos por seu papel na "repressão aos protestos" em 11 de julho de 2021, incluindo membros de alto escalão do Partido Comunista, informou no último sábado (9) o chefe da diplomacia norte-americana, Antony Blinken.O Departamento de Estado "tomou medidas para impor restrições de visto a 28 funcionários" sob a "Proclamação Presidencial 5377", que suspende a possibilidade de funcionários do governo cubano entrarem nos Estados Unidos como não imigrantes, informou em comunicado.Entre os 28 funcionários "estão aqueles implicados na repressão dos protestos pacíficos de 11 de julho de 2021" e "membros de alto escalão do Partido Comunista de Cuba responsáveis por estabelecer políticas nos níveis nacional e provincial", disse Blinken no texto, sem citar nomes. “Em vez de garantirem a segurança do povo cubano e o respeito por suas liberdades de expressão e reunião pacífica, esses funcionários permitiram ou facilitaram prisões violentas e injustas, julgamentos fraudulentos e sentenças de prisão para centenas de manifestantes", continuou.Entre os que receberam sanções estão “funcionários dos setores de comunicação e mídia estatal que formulam e implementam políticas que restringem a capacidade dos cubanos de acessar e compartilhar livremente a informação e que participam da disseminação de desinformação."Em 11 de julho, o governo de Havana limitou a internet "para impedir que os cubanos se comuniquem entre si e para impedir que o mundo presencie os eventos históricos daquele dia", segundo Blinken.Para ele, as autoridades da mídia estatal "continuam a fazer campanha" contra manifestantes presos e seus parentes.Em Havana, o presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel, disse que nesta segunda-feira a ilha comemora a derrota de "um golpe de Estado vandalístico".Cuba está sob embargo dos EUA desde 1962, com sanções que variaram ao longo do tempo.O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, prometeu revisar a política de Havana quando chegasse à Casa Branca, em janeiro de 2021.Em maio passado, ele anunciou que suspenderia algumas das restrições impostas a Cuba sob o mandato de seu antecessor, Donald Trump, para facilitar os procedimentos de imigração, transferências de dinheiro e voos para a ilha, uma decisão aplaudida por Havana.( Fonte R 7 Noticias Internacional)
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