Rahimulá Haqqani criticava com veemência o grupo jihadista; ataque
suicida deixou outras três pessoas feridas.
Um homem com alta honraria
dentro do Talibã, conhecido por críticas ao grupo jihadista Estado Islâmico,
morreu nesta quinta-feira (11) em Cabul junto com o irmão, em um ataque suicida
reivindicado pela própria organização terrorista. Rahimulá Haqqani havia
escapado de ao menos duas tentativas de assassinato. "O madraçal
[faculdade muçulmana] do xeque Rahimula foi alvo de um atentado, e ele e o
irmão caíram como mártires", disse à AFP o porta-voz da polícia de Cabul,
Khalid Zadran.Outras três pessoas ficaram feridas na explosão, acrescentou. O
porta-voz do governo afegão, Bilal Karimi, confirmou a morte do líder talibã
"em um atentado realizado por um inimigo covarde".O Estado
Islâmico reivindicou o ataque em um comunicado citado pelo Site Intelligence Group,
organização especializada em monitorar portais de grupos islâmicos.O
homem-bomba "conseguiu penetrar no escritório de um dos mais eminentes
defensores dos talibãs e um dos principais instigadores da luta" contra o
grupo jihadista, ativando "seu colete explosivo", disse o comunicado.
Haqqani, que não ocupava nenhum cargo no governo talibã, criticava com
veemência o Estado Islâmico, que realizou vários ataques
desde o retorno dos talibãs ao poder no Afeganistão, há um
ano.Nos últimos meses, ele ainda se pronunciou a favor do direito das meninas
afegãs de ir à escola."Não há justificativa na lei Sharia para dizer que a
educação de meninas não está autorizada. Absolutamente nenhuma
justificativa", disse Haqqani à BBC em uma entrevista em maio.Os talibãs
impuseram inúmeras restrições a mulheres e meninas, em nome de uma concepção
fundamentalista do Islã. Em março, as escolas de ensino médio femininas foram
fechadas em várias regiões. ( Fonte R 7 Noticias Internacional)
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