Jornal russo ‘Novaya Gazeta’
relata ataque químico à redação em Moscou.
Funcionários sentiram um forte odor
na redação na manhã de segunda-feira (15); veículo é alvo de ameaças há anos.
A direção do tradicional
jornal russo “Novaya Gazeta”, de oposição, suspeita de um ataque químico à sua
redação em Moscou nesta segunda (15), disse a AFP via Euronews.
O incidente ocorreu logo após o jornal notificar que três organizações
não-governamentais entraram com um processo contra a empresa de “segurança
privada” Wagner Group,
acusada de implantar mercenários na Síria.
O processo teria base nas reportagens publicadas pelo veículo. O cheiro seria
semelhante ao gás espalhado na casa e carro da jornalista Yulia Latynina em
julho de 2017, disse a Reuters.
Não há relatos de feridos. Um vídeo divulgado no Telegram aponta quem teria
despejado a substância no ataque ao jornal russo. Um homem vestindo um uniforme
de mensageiro pulveriza um gás através de um pneu de bicicleta. A investigação
está a cargo do FSB (Serviço
de Inteligência da Rússia). Para o editor-chefe do jornal, Dmitry Muratov, a
maior probabilidade é que não haja conclusão sobre a substância usada no
atentado. Os agentes não identificaram qualquer substância química no prédio
apesar do forte odor sentido pelos funcionários dentro da redação ainda na
manhã de segunda-feira. “Não podemos circular entre os andares ou ir para a
rua”, relatou Muratov. Histórico
de ataques Criado
logo após a dissolução da
União Soviética, em 1991, o “Novaya Gazeta” é um dos principais alvos
do Kremlin por sua reportagens investigativas e combativas à corrupção das
elites russas e do Kremlin. Os repórteres do jornal estão sujeitos a ameaças e
agressões desde que o veículo passou a investigar e relatar violações de
direitos na Rússia. O ex-líder soviético Mikhail
Gorbachev, contrário a diversas políticas de Vladimir Putin,
é um dos proprietários, disse a RFE. Anna
Politkovskaya, uma das principais jornalistas do “Novaya”, foi assassinada em
2006 após denunciar abusos em conflitos na
Chechênia, ao sul do país. Seis profissionais do jornal foram mortos
desde 2001. Em ataques anteriores, a equipe recebeu a cabeça de um carneiro e
uma coroa de flores do lado de fora da redação. Os jornalistas também já
receberam envelopes com um pó branco não identificado, sem remetente.( Fonte A
Referencia Noticias Internacional)
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