Suspeita de mercenários dos Emirados Árabes na
Líbia acende alerta nos EUA
Relatório
desestabilizou instituições dos EUA; aliado financiaria o Wagner Group,
organização de mercenários na Líbia.
Os indícios de um
susposto financiamento dos Emirados Árabes Unidos a
mercenários russos na Líbia, relatados por um órgão de vigilância do Pentágono,
acenderam o alerta dos EUA. De acordo com o portal World
Politics Review, a situação lançada pelo Foreign
Policy no final de novembro parece ter paralisado o governo
norte-americano. Com um estreitamento de relações após o restabelecimento de relações com
Israel, sob mediação dos EUA, a relação com os Emirados Árabes
Unidos pode estremecer na falta de uma decisão “politicamente coerente”. As
supostas evidências de financiamento dos Emirados Árabes Unidos ao Wagner Group,
em apoio ao general renegado da Líbia, Khalifa
Haftar, vêm na esteira de diversas reivindicações para a suspensão
do acordo de armas entre EUA e o emirado. Washington e Abu Dhabi podem fechar uma
negociação de US$ 23 bilhões em armamentos. O acordo, no
entanto, está nas mãos de Donald Trump,
que pode anular a resolução se comprovada a relação entre o emirado aliado e o
Wagner Group. Segundo o relatório do Pentágono, o Comando dos EUA na África
estima cerca de 2 mil combatentes sírios apoiados pela Rússia na Líbia. A
informação encontra amparo no estudo lançado pela ONU (Organização das
Nações Unidas), em julho. O que esperar da situação Conforme análise do WPR, o
uso de mercenários russos tende a danificar os laços dos EUA no Golfo. Com o
desvio da atenção a questões mais pontuais, a situação pode reduzir o
engajamento militar dos EUA no Oriente Médio e em
toda a África. Prova disso é crescente divisão no Pentágono sobre o que deve
ser feito sobre o avanço do
Kremlin através dos mercenários em países em conflito. Enquanto
os departamentos de Estado e Tesouro divergem sobre a questão, o problema é
empurrado para o próximo presidente norte-americano, Joe Biden.
A expectativa é que o democrata aborde a questão através do Congresso, na
próxima Lei de Autorização de Defesa Nacional. Até lá, porém, o WPR recomenda a terceirização do
monitoramento. “A vigilância mais atenta com auxílio de um órgão como a a
Comissão de Helsinque, que já teve um bom começo ao levantar a questão publicamente
em uma audiência no ano passado”, aponta análise. Até lá, os paramilitares
russos se fortalecem com os Emirados Árabes Unidos e o Egito –
dois supostos aliados dos EUA na região. “A inação contra o Wagner Group e as
redes mercenárias da Rússia não é mais uma opção”, pontua o relatório.( Fonte A Referencia Noticias Internacionais)