CONTRA COVID 19 "COVID MATA"

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quarta-feira, 4 de junho de 2025

Goiás segue sem casos de gripe aviária, mas Agrodefesa mantém alerta máximo.

É fundamental que qualquer suspeita da doença seja comunicada imediatamente aos órgãos de defesa sanitária animal.

A Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa-GO) publicou uma nota técnica nesta quarta-feira, 4, alertando produtores rurais, profissionais da área e a população sobre o risco iminente de introdução da Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP), a gripe aviária, em Goiás. O comunicado foi emitido após a confirmação de casos da doença em aves comerciais no município de Montenegro, no Rio Grande do Sul, e em aves silvestres no Distrito Federal e em Minas Gerais. A Nota Técnica nº 1/2025 [confira a íntegra ao final do texto] ressalta que o estado está em alerta máximo e convoca todos os envolvidos com a cadeia avícola a redobrar os cuidados e seguir rigorosamente os protocolos de vigilância e biosseguridade. A medida segue a Portaria nº 795 do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA), publicada em 15 de maio, que declarou estado de emergência zoossanitária em Montenegro, válido por 60 dias. De acordo com a Agrodefesa, é fundamental que qualquer suspeita da doença seja comunicada imediatamente aos órgãos de defesa sanitária animal. Os principais sinais clínicos que devem ser observados são dificuldade respiratória, secreção ocular e nasal, andar cambaleante, torcicolo, outros sinais neurológicos e cianose, que é a coloração arroxeada nas cristas e barbelas das aves. A Influenza Aviária de Alta Patogenicidade é altamente contagiosa e pode causar grande impacto econômico e sanitário, especialmente na avicultura comercial. A rápida notificação de casos suspeitos e a adoção imediata de medidas de contenção são cruciais para evitar a disseminação da doença no estado. A Agrodefesa reforça que mantém monitoramento contínuo e equipes preparadas para atuação emergencial, e solicita o apoio de todos na vigilância ativa e na adoção de boas práticas de manejo e biosseguridade nas propriedades. Alerta máximo Apesar da confirmação recente de um foco de gripe aviária em aves silvestres no zoológico de Brasília, Goiás segue sem registro da doença. A informação é do presidente da Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa), José Ricardo Caixeta, ao Jornal Opção. Segundo ele, o Estado continua livre do vírus da influenza aviária, mas a vigilância foi intensificada. “Goiás, nós tínhamos um caso em investigação, muito mais por prevenção, porque eram animais oriundos do Rio Grande do Sul. Coletamos material e já saiu o resultado: negativo. Então, Goiás continua sem nenhum tipo de caso até agora”, afirmou Caixeta. O caso confirmado no Distrito Federal envolve apenas aves silvestres e, segundo o presidente da Agrodefesa, não traz risco direto à cadeia produtiva do Estado. “Nós tivemos uma confirmação daquele caso de um foco lá dentro do zoológico de Brasília. São aves silvestres que não trazem impacto comercial para Goiás.” Apesar disso, a circulação do vírus no Brasil acende um sinal de alerta. “Já soltamos a nota técnica onde reforçamos o alerta máximo, porque o vírus está circulando”, ressaltou. O motivo, explica Caixeta, está relacionado à migração das aves que passam por rotas estratégicas para o Estado. “Agora acabou o finalzinho daquela migração de retorno das aves para o Hemisfério Norte. As aves estão fugindo do inverno no sul do continente americano e migrando de volta para os Estados Unidos, Alasca, Canadá, etc. Então essa movimentação dessas aves silvestres é que tem disseminado esse vírus”, explicou. Segundo ele, duas rotas de migração preocupam as autoridades sanitárias goianas: uma que passa pelo Distrito Federal, na região de Cristalina, e outra pelo Vale do Araguaia. “Essas duas rotas é que nos preocupam muito. Apesar de que esse fluxo já está praticamente encerrado, o vírus pode ter sido deixado nos locais onde essas aves pararam para descansar, como nos pousios e árvores.” A Agrodefesa reforça a importância de que criadores, produtores e toda a cadeia agropecuária mantenham as medidas de biosseguridade. “Estamos em alerta máximo. O vírus está perto, mas até agora, Goiás segue protegido”, finalizou Caixeta. A orientação é para que qualquer suspeita de sintoma em aves — como falta de coordenação, prostração, redução na produção de ovos ou morte súbita — seja imediatamente comunicada às autoridades sanitárias.Foco contido O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, declarou nesta quarta que o foco de gripe aviária de Montenegro foi contido com sucesso. Em coletiva, Fávaro afirmou que o vírus altamente letal não se espalhou para além da granja. “Esse vírus é tão letal que, em 4 ou 5 dias, não sobrevive um animal. Se não há mais mortes, significa que o foco está contido”, explicou o ministro. O caso em Montenegro foi o primeiro registrado em uma granja comercial no Brasil, ocorrido há cerca de três semanas. Desde a chegada do vírus H5N1 ao país em 2023, até maio de 2024, as infecções haviam sido confirmadas apenas em aves silvestres e domésticas. Fávaro destacou que o país está em vazio sanitário há 14 dias, sem novos óbitos entre aves, reforçando que a doença não se disseminou para outras propriedades. “O vazio sanitário, que dura 28 dias a partir do término da desinfecção da granja, corresponde ao ciclo de vida do vírus. Caso não haja novos casos até o dia 18, o Brasil poderá se declarar livre da gripe aviária e negociar a suspensão dos embargos internacionais”, disse. O Ministério da Agricultura informou que investiga um novo caso suspeito de gripe aviária em uma granja comercial em Teutônia, a cerca de 50 km de Montenegro. Amostras de aves com sintomas foram coletadas e enviadas para análise laboratorial. O diretor substituto do Departamento de Saúde Animal, Bruno Cotta, confirmou que o processo está em andamento. Outras três suspeitas em granjas comerciais no país, em Santa Catarina, Tocantins e Rio Grande do Sul, já foram descartadas. Até o momento, foram confirmados cinco focos de gripe aviária no Brasil em 2024, envolvendo tanto aves silvestres quanto de cativeiro: Dois em Montenegro (um em granja comercial e outro em aves silvestres, joão-de-barro) Dois em zoológicos (patos em Brasília e cisnes em Sapucaia do Sul, RS) Um em aves silvestres (cisnes) em Mateus Leme, Minas Gerais.Impacto comercial e negociações para fim dos embargos O Brasil, maior exportador mundial de frango, enfrenta embargos comerciais impostos por cerca de 35 países devido à presença da gripe aviária. O ministro Carlos Fávaro informou que as negociações continuam para reduzir ou suspender essas restrições após o período de vazio sanitário. Países como China, União Europeia e outros grandes importadores já sinalizaram abertura para reavaliar os bloqueios, especialmente no raio de 10 km ao redor dos focos. “Embora haja perdas comerciais, a maior parte da produção (70%) é consumida internamente, o que reduz o impacto financeiro”, ressaltou Fávaro. Enquanto alguns países suspenderam as importações do frango brasileiro em todo o território nacional, outros limitaram o embargo a regiões específicas, como o estado do Rio Grande do Sul ou apenas o município de Montenegro. Emirados Árabes Unidos e Japão, segundo e terceiro maiores importadores, restringiram a suspensão apenas ao município de Montenegro, minimizando prejuízos. Já a Arábia Saudita suspendeu as compras de frango de todo o Rio Grande do Sul. Confira a nota técnica da Agrodefesa na íntegra:(Fonte Jornal Opção Noticias GO)

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