Mineral foi enriquecido a 84% e grau usado em arma nuclear é de 90%;
agência de vigilância nuclear teria pedido explicações ao país.
O órgão de
vigilância nuclear da Organização das Nações Unidas (ONU) encontrou urânio
enriquecido a 84% no Irã — muito próximo ao grau usado em armas nucleares —
disseram diplomatas nesta segunda-feira (20), enquanto a agência disse estar em
conversas com Teerã sobre as descobertas recentes no país. O grau usado em
armas é em torno de 90%.O Irã tem enriquecido urânio a até 60% de pureza
desde abril de 2021. Há três meses, o país começou a enriquecer a 60% em um
segundo local, Fordow, que fica escavado em uma montanha. Dois diplomatas disseram à Reuters que a
Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), que inspeciona as instalações
nucleares do Irã, detectou urânio enriquecido a 84%, confirmando uma reportagem
da Bloomberg News publicada no domingo (19). Agência quer
saber se aumento foi deliberado "A questão é se isso foi um problema
nas cascatas reconfiguradas ou algo deliberado. A agência pediu uma explicação
ao Irã", disse um dos diplomatas à Reuters. Mais cedo neste mês, a AIEA
criticou o Irã por não ter informado sobre uma mudança "substancial"
nas interconexões entre as duas cascatas, ou agrupamentos, de centrífugas
enriquecendo urânio a até 60% em Fordow. Vários diplomatas disseram que a
mudança significa que o Irã pode mudar para um nível de enriquecimento mais
alto rapidamente. Essas cascatas rearranjadas são
aquelas às quais o primeiro diplomata se referia. Em 2018, os Estados Unidos
saíram do acordo nuclear de 2015 entre o Irã e grandes potências que suspendia
sanções contra Teerã em troca de restrições às suas atividades nucleares.
Nenhum comentário:
Postar um comentário