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terça-feira, 19 de outubro de 2021

VIDANEWS - Facebook pagará R$ 77,6 mi em ação nos EUA por discriminação.

 

Autoridades afirmam que empresa deu preferência à seleção de funcionários estrangeiros em detrimento de norte-americanos.

O Facebook concordou em pagar até 14 milhões de dólares (R$ 77,6 milhões) para resolver um processo do governo dos Estados Unidos, que acusa o gigante tecnológico de favorecer os imigrantes em detrimento dos cidadãos americanos no recrutamento para milhares de postos de trabalhos com altos salários, anunciaram as autoridades nesta terça-feira (19).   Os procuradores americanos alegam que o Facebook "canalizou" postos de trabalho para detentores de vistos ao evitar anunciá-los na página de recrutamento virtual da empresa e a aceitar apenas solicitações enviadas fisicamente por correio, ou se negando diretamente a considerar trabalhadores americanos. A ação, apresentada em dezembro de 2020, representa uma nova frente na crescente pressão judicial, regulatória e antimonopólio sobre o gigante das redes sociais, que chega a bilhões de pessoas em todo o mundo.  "O Facebook não está acima da lei e deve cumprir com as [proteções] de direitos civis federais de nossa nação", assinalou a procuradora-geral adjunta Kristen Clarke em um comunicado. A companhia, por sua vez, escreveu em outra nota que acreditava "firmemente" que estava cumprindo com os requisitos do governo federal, mas concordou em encerrar o litígio e "seguir em frente". "Essas resoluções nos permitirão continuar focados em contratar os melhores colaboradores, tanto dos Estados Unidos como de todo o mundo", afirmou uma porta-voz. Segundo o acordo do Departamento de Justiça, o Facebook pagará 4,75 milhões de dólares (R$ 26,3 milhões) aos Estados Unidos e até 9,5 milhões de dólares (R$ 52.6 milhões) às pessoas elegíveis afetadas pela suposta discriminação da companhia.  A rede social também deve capacitar seus funcionários sobre as medidas contra a discriminação na lei de imigração dos Estados Unidos e fazer mais para recrutar trabalhadores americanos.  A demanda apontou mais de 2.600 postos, com salário médio de 156 mil dólares (R$ 870 mil) anuais, oferecidos de janeiro de 2018 até setembro de 2019.  Os procuradores alegaram que a gigante da internet reservou vagas para candidatos com vistos H1-B de "trabalhador qualificado" ou outros vistos de trabalho temporários. As permissões para trabalhadores qualificados são valiosas para as empresas de tecnologia do Vale do Silício, que buscam engenheiros e outros talentos altamente capacitados, principalmente nos países da Ásia.  O acordo chega em meio à tempestade de críticas que o Facebook enfrenta por conta da denunciante que vazou estudos internos, que mostravam que a companhia sabia que suas plataformas poderiam ser prejudiciais à saúde mental dos jovens.  As autoridades americanas têm lutado para regulamentar as plataformas de redes sociais como o Facebook, em meio à proliferação de acusações sobre como os gigantes tecnológicos invadem a privacidade de seus usuários e proporcionam um espaço para a propagação de informações falsas e perigosas.( Fonte R 7 Noticias Internacional)

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