ONU: Vacina contra malária
imuniza 650 mil crianças em três países africanos.
Programa piloto já distribuiu 1,7 milhão de doses
com proteção adicional à malária em Gana, Quênia e Malaui.
Dois anos após o lançamento de um programa piloto na África mais
de 650 mil crianças estão imunizadas contra a malária. A vacina RTS,S, a
primeira do mundo contra a doença foi distribuída em quatro doses para crianças
de até dois anos. Três países executaram o projeto piloto: Quênia,
Gana e Malauí como parte do programa com um total de 1,7 milhão de doses. A
médica da OMS (Organização Mundial da Saúde), Kate O’Brien, lembra que num
momento em que o mundo enfrenta a pandemia
da Covid-19, observa-se que o controle global da malária está
estagnado. Por isso, a proteção da vacina aliada a outras medidas de
combate à doença tem o potencial de salvar dezenas de milhares de vidas todos
os anos.
Mosquiteiros A médica da OMS acredita que os três
países africanos mostraram que as campanhas atuais de vacinação
infantil podem ajudar a levar o imunizante contra a malária a
crianças em muitas partes do mundo, onde elas não têm acesso ao inseticida
aplicado em mosquiteiros e outras formas de prevenção da infecção. Nas últimas
duas décadas, a OMS e seus parceiros ajudaram a evitar mais de 7 milhões de
mortes por malária e 1,5 bilhão de casos da doença. O médico Pedro Alonso,
diretor do Programa Global de Malária, afirma que mesmo com os avanços, as metas globais de
combate à doença continuam atrasadas. Segundo ele, somente novas ferramentas
poderão ajudar a correr contra o tempo e por isso a vacina contra a malária é tão
importante. Equipes relatarão o sucesso do projeto piloto em relatórios para a
OMS com recomendações para um uso mais alargado da vacina em outros países da África
Subsaariana. Europa Os
órgãos consultivos globais para imunização e malária devem se reunir em outubro
para decidir sobre sua recomendação no futuro. O recente relatório sobre a
doença revela que 400 mil pessoas morreram de malária em 2019. Deste total, 90%
dos óbitos ocorreram na África, e a maioria ou mais de 265 mil mortes foram de
crianças pequenas. O projeto piloto que começou em 2019 terminará neste 25 de
abril. Os testes indicaram que a vacina reduz, de forma significativa, a doença
em crianças incluindo casos de malária severa. Após a autorização de
autoridades sanitárias em Gana,
no Quênia e no Malaui, a vacina também recebeu opinião favorável da Agência
Europeia de Medicamentos, EMA. A imunização é coordenada pela OMS e outros
parceiros internacionais.( Fonte A Referencia Noticias Internacional)
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