China busca ‘unificação étnica com genocídio de uigures, aponta relatório.
ONG vê tentativa de ‘fundir’ as 55
minorias étnicas do país à maioria han e diminuição da presença de instituições
religiosas.
Um novo relatório divulgado
pelo Instituto de Estratégia e Política Newline, sediado em Washington, na
sexta-feira (12), acusa a China de buscar uma “unificação étnica” ao fomentar
genocídio contra os uigures de
Xinjiang. O documento tem base em relatos de mais de dez mil
testemunhas, imagens de satélite e documentos públicos do governo chinês. “Tudo
aponta para o objetivo brutal de fundir as 55 minorias étnicas do país à
cultura majoritária han“,
concluiu a investigação. As testemunhas disseram ter presenciado assassinatos, esterilização
forçada e maus tratos em “campos de concentração”, estruturas
para “reeducar” a população que se multiplicaram
desde 2017. Denúncias também
apontam maus tratos,
trabalho forçado e prisões arbitrárias nesses locais. “A evidência é clara: a
China está claramente violando a Convenção do Genocídio de 1948”, afirmou o
coautor do relatório e diretor do Instituto Newlines, Azeem Ibrahim, à emissora CBN. Segundo
Ibrahim, Beijing já deu início a um “processo de sinicização” em toda a China. “Não são apenas os
muçulmanos uigures, que estão entre os mais proeminentes”, disse. “Existem
outras minorias nessa lista, como os cazaques, uzbeques e minorias cristãs. Há
um processo para demolir igrejas”. Conforme os relatos, o governo chinês
estaria encorajando a migração de pessoas han a Xinjiang para
casarem-se à força com mulheres uigures e, assim, “diluir a identidade de seus
filhos”, diz o relatório. “Este é um processo muito calculado e pensado a
partir do aparato estatal da China”, disse Ibrahim. Beijing nega as acusações
de perseguição étnica. “É apenas um boato com segundas intenções”, disse o
ministro das Relações Exteriores chinês, Wang Yi. Perseguição a outras
religiões Além da perseguição à minoria muçulmana,
Beijing já censurou as
palavras “Cristo” e “Jesus” de publicações e removeu cruzes de torres pelo
país. A China também anunciou a publicação de sua “própria versão” de
textos religiosos em 2020. Uma lei proíbe que menores de 18 anos sejam expostos
a dogmas religiosos no país. Na prática, crianças não podem ser batizadas,
frequentar cerimônias religiosas ou receber educação de qualquer doutrina
espiritual. Um caso emblemático é o de Jia Xuewei, perseguido por mais de um
ano pela polícia de Chengdu por se recusar a deixar a religião cristã, relatou
a organização católica internacional Persecution.
Para evitar que retornasse ao seu apartamento alugado, autoridades ordenaram o
corte de energia e água durante o inverno.( Fonte A Referencia Noticias
Internacional)
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