Em busca de investidores, Zimbábue modifica regras
de cultivo para cannabis.
Investidores agora terão 100% de controle sobre as
plantações no país; governo busca “atrair capital e ser competitivo”.
O Zimbábue aboliu a
regra que exige a copropriedade entre o governo e empresas privadas no cultivo
de cannabis para uso medicinal. O objetivo é atrair investidores, registrou
a Bloomberg na
quarta (12). Com a mudança, os investidores terão 100% de propriedade sobre as
plantações e poderão localizar suas instalações em qualquer ponto do país
africano. “A decisão está alinhada com a postura do governo, favorável ao
investidor, para atrair capital e ser competitivo”, disse o diretor da Agência
de Investimento e Desenvolvimento do Zimbábue, Douglas Munatsi. A
nação africana de 15 milhões de habitantes espera que as receitas de
exportação de cannabis ultrapassem as do tabaco em 2021.
Estima-se que o valor chegará em US$ 1,25 bilhão, conforme uma previsão de
novembro. O governo também espera garantir a proteção dos direitos de
propriedade e investimentos contra a desapropriação. A medida tem a ver com o ressarcimento
das terras tomadas pelo governo do ex-primeiro-ministro Robert Mugabe em
2000 – a maioria de fazendeiros britânicos. À época, cerca de 4,5 mil
produtores entregaram as suas propriedades a 300 mil famílias negras. Mugabe,
que morreu em setembro de 2019, alegava corrigir desigualdades herdadas da colonização britânica.
Com a mudança na lei da cannabis, os investidores poderão manter todos os
rendimentos em dólares dos EUA nas exportações por dois a quatro anos. Hoje os
exportadores só podem reter 60% dos ganhos em moeda estrangeira devido à crise econômica e
escassez crônica de divisas. De acordo com as autoridades, mais de 50
investidores já foram licenciados desde a legalização do cultivo da maconha
para uso medicinal no país, em 2019. O consumo recreativo é ilegal.( Fonte A
Referencia Noticias Internacional)