Madagascar, na costa da África,
vive fome endêmica após anos de seca.
Estima-se que mais de 1,3 milhões passam fome e
estão à beira de desnutrição grave; Covid-19 agravou dificuldades.
A seca que já
se prolonga há cinco anos no sul de Madagascar forçou o governo
da ilha a pedir a ajuda de organizações humanitárias. De acordo com a emissora VOA (Voice of
America) Africa, o país recorreu a entidades como o Programa Mundial
de Alimentos das Nações Unidas.O órgão internacional deve ajudar a fornecer
refeições aos mais de 1,3 milhão de pessoas que passam fome e já beiram a desnutrição
grave. Com a pandemia e a redução de
recursos para ajuda humanitária em todo o mundo, o número de
famintos dobrou em relação a 2019.De acordo com a diretora regional do órgão,
Lola Castro, a Covid-19 e a seca fizeram desaparecer até mesmo vagas sazonais
de emprego. Na região, no sul malgaxe, é comum que a população busque trabalho
nos campos entre abril e novembro. O pouco dinheiro que chega deve sustentar as
famílias pelo ano inteiro. Mas, com a seca e a pandemia, as vagas sumiram e,
com elas, odinheiro para comprar comida, relata Castro.“Das chuvas de novembro
e dezembro, tivemos apenas uma em toda a região”, disse. “Em outras regiões, tempestades
assolam cidades inteiras. Entre esses dois extremos, resta a
fome”.Desnutrição grave Estima-se que 135 mil crianças menores de cinco anos já
sofrem de desnutrição grave ou aguda. Sem comida, o comportamento das crianças
também muda. Grande parte já abandonou a
escola e 75% andam às ruas mendigando alimento. “As pessoas
estão comendo tudo o que conseguem encontrar. Elas se alimentam com cactos
misturados com lama, frutas, o que quer que encontrem. Folhas, sementes, tudo o
que estiver disponível”, relatou Castro. O Programa Mundial de Alimentos já
fornece ajuda alimentar a cerca de 500 mil pessoas em nove distritos de
Madagascar. O objetivo, porém, é aumentar o programa para até 900 mil pessoas
vulneráveis até junho. A agência, que foi reconhecida com o Nobel da Paz
em 2020, tenta arrecadar com urgência US$ 35 milhões para a
operação.( Fonte A Referencia Noticias Internacional)
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