Em visita à Belém, democrata visitou o presidente palestino Mahmoud Abbas e agora seguirá para a Arábia Saudita.
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmou nesta sexta-feira (15) na Cisjordânia ocupada que os palestinos precisam de "um horizonte político" para a paz, embora ainda não estejam reunidas as condições para relançar as negociações israelense-palestinas."Precisamos de um horizonte político que o povo palestino possa realmente ver ou pelo menos sentir. Não podemos permitir que o desespero nos roube o futuro", disse Biden em entrevista coletiva conjunta com o presidente palestino Mahmoud Abbas em Belém, na Cisjordânia ocupada. As negociações de paz entre israelenses e palestinos estão paralisadas desde 2014. Na última quinta-feira (14), Biden deixou claro que não pretende reverter o controverso reconhecimento americano de Jerusalém como capital de Israel. Essa medida, de seu antecessor Donald Trump, causou muita indignação entre os palestinos, que veem Jerusalém Oriental como a sede de seu futuro Estado.Em sua coletiva de imprensa em Belém, Biden também pediu esclarecimentos "completos" sobre a morte da jornalista palestina-americana Shireen Abu Akleh em maio, enquanto cobria uma operação militar israelense na Cisjordânia ocupada."Os Estados Unidos continuarão insistindo na responsabilização total e transparente por sua morte", disse ele, elogiando o trabalho da jornalista para a rede de televisão Al Jazeera do Catar. Belém foi a segunda etapa da viagem de Biden no Oriente Médio, depois de se encontrar com autoridades israelenses em Jerusalém e antes de viajar para a Arábia Saudita.ManifestaçõesMilhares de palestinos foram às ruas na Cisjordânia na última quinta-feira (14) para protestar contra a visita de Biden, criticando sua posição tendenciosa sobre a questão israelense-palestina.Na cidade de Ramallah, manifestantes disseram que os Estados Unidos não se importam com os direitos dos palestinos, e a visita de Biden não fará avançar o processo de paz."Os israelenses continuam construindo assentamentos, expandem-se cada vez mais e os americanos se calam. Não é aceitável para a maioria dos palestinos. Esta visita deve reconhecer os direitos dos palestinos", disse o ativista social Arafat Abu Ras.( Fonte R 7 Noticias Internacional)