Juíza Andréa Calado da Cruz atendeu ao pedido do Ministério Público, que não encontrou evidências suficientes.
Nesta quinta-feira, 9, a juíza Andréa Calado da Cruz, da 1ª Vara
do Tribunal de Justiça de Pernambuco, determinou o arquivamento do inquérito
que investigava o cantor Gusttavo Lima e os donos da Vaidebet, José André da
Rocha Neto e Aislla Sabrina Truta Henriques Rocha. A decisão seguiu o parecer
do Ministério Público de Pernambuco (MP-PE), que concluiu pela ausência de
provas suficientes para formalizar uma denúncia contra os envolvidos. O caso
estava vinculado à Operação Integration, deflagrada em setembro de 2024 pela
Polícia Civil, que investigava supostas práticas de lavagem de dinheiro por
meio de apostas esportivas e do jogo do bicho. No entanto, após análise, o
MP-PE entendeu que não havia indícios consistentes para a instauração de uma
ação penal. Além do arquivamento, a juíza determinou a devolução dos bens
apreendidos de Gusttavo Lima e dos donos da Vaidebet, José e Aislla Rocha, e o
fim das medidas cautelares impostas a eles. O cantor havia sido indiciado pela
Polícia Civil após suspeitas de que ele teria intermediado a venda de um avião
para a Esportes da Sorte, empresa envolvida em uma outra investigação, e que
posteriormente foi transferido para os donos da Vaidebet. A
subprocuradora-geral de Justiça, Norma Galvão, que recomendou o arquivamento,
afirmou que as atividades empresariais da Vaidebet não estavam relacionadas às
da Esportes da Sorte, refutando qualquer vínculo entre as empresas
investigadas. Para ela, não havia “justa causa” para o prosseguimento do
processo contra os investigados. A decisão gerou um confronto entre a juíza e
os promotores. Em dezembro de 2024, a juíza havia sido criticada pelos
promotores, que acusaram a magistrada de abusos processuais e questionaram a
demora nas respostas do Judiciário. A Operação Integration, no entanto, segue
com a continuidade das investigações envolvendo o CEO da Esportes da Sorte,
Darwin Henrique da Silva Filho, e outras empresas associadas ao esquema, como a
Zelu Pagamentos. Em nota, José André da Rocha Neto e Aislla Rocha expressaram
sua confiança na Justiça e agradeceram pela rapidez e clareza da decisão. Por
sua vez, a defesa de Gusttavo Lima não se pronunciou até o fechamento desta
reportagem, mas em declarações anteriores já havia afirmado que as transações
comerciais do cantor estavam dentro da legalidade. Leia também O encontro de Ronaldo
Caiado, Gusttavo Lima e Antonio Rueda em Goiânia: aliança à vista?;(Fonte
Jornal Opção Noticias)