Entre os 1.000 incidentes anormais relatados, apenas cerca de 20 permanecem sem explicação e sob intensa verificação.
A CIA (Agência Central de Inteligência), dos Estados Unidos,
descartou a possibilidade de ataques estrangeiros terem causado a chamada
“síndrome de Havana". O nome foi dado à condição relatada por diplomatas
americanos que sofreram com náuseas e dores de cabeça misteriosas.Entre 1.000
"incidentes anormais de saúde" relatados, cerca de 20 permanecem sem
explicação e sob intensa verificação, disse um funcionário à AFP sob condição
de anonimato. Veículos como NBC News e The New York Times afirmaram que vários
altos funcionários têm conhecimento de um relatório de inteligência da CIA
sobre esses incidentes. Diplomatas americanos e canadenses registraram os
primeiros casos da "síndrome de Havana" na capital cubana em 2016.
Desde então, funcionários diplomáticos e de inteligência relataram sintomas
semelhantes em países como Austrália, Áustria, China, Colômbia, Alemanha e
Rússia.Os relatos levaram a uma investigação mais ampla do governo e a
acusações diretas de que a Rússia teria uma arma eletrônica ou sônica
desconhecida. O diretor da CIA, William Burns, alertou Moscou no ano passado de
que haveria consequências se a inteligência russa fosse considerada
responsável.Mas a conclusão preliminar de um estudo da agência americana não
encontrou evidências de que um governo estrangeiro, russo ou não, estivesse por
trás dos casos."Avaliamos que é improvável que um ator estrangeiro,
inclusive a Rússia, esteja conduzindo uma campanha global sustentada para
prejudicar o pessoal dos EUA com uma arma ou dispositivo", disse um
funcionário.Quase todas as doenças podem ser explicadas por condições médicas
existentes ou não diagnosticadas anteriormente, ou por um fator ambiental,
concluiu o estudo.Com relação aos 20 casos que não podem ser explicados e são
objeto de um estudo mais aprofundado, a CIA não descartou um ator estrangeiro
como causa, disse o funcionário.Em um comunicado, Burns disse que a agência
continua investigando e prometeu apoio e cuidados aos afetados."Embora
tenhamos alcançado algumas descobertas internas significativas, ainda não
terminamos", disse Burns."Continuaremos nossa missão de investigar
esses incidentes e fornecer acesso a cuidados de classe mundial para aqueles
que precisam", acrescentou.As pessoas afetadas relatam problemas de
equilíbrio e coordenação, tontura, ansiedade, irritabilidade e confusão ou
"névoa cognitiva". Até mesmo sequelas neurológicas foram relatadas.Os
defensores das vítimas rapidamente rejeitaram as conclusões. De acordo com Mark
Zaid, advogado que representa várias pessoas afetadas, o estudo da CIA busca
reprimir “uma revolta dentro de sua equipe porque os agentes não querem ir para
o exterior”."O relatório da CIA é desinformação", disse o advogado,
observando que outras agências da comunidade de inteligência dos EUA
discordaram dele.O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, não contestou
as descobertas da CIA, mas disse que as investigações continuariam."Essas
descobertas não desafiam o fato de que nossos colegas estão relatando
experiências reais e sofrendo de sintomas reais", disse Blinken em
comunicado. "Sua dor é real. Não tenho dúvidas sobre isso”, concluiu.(
Fonte R 7 Noticias Internacional)