ONU: Vacina contra malária
imuniza 650 mil crianças em três países africanos.
Programa piloto já distribuiu 1,7 milhão de doses
com proteção adicional à malária em Gana, Quênia e Malaui.
ONU: Vacina contra malária
imuniza 650 mil crianças em três países africanos.
Programa piloto já distribuiu 1,7 milhão de doses
com proteção adicional à malária em Gana, Quênia e Malaui.
Austrália cancela inclusão em
programa de infraestrutura da China.
Decisão quer priorizar “interesses nacionais” da
Austrália, disse chanceler; medida também cancela acordos com Irã e Síria.
O
governo da Austrália cancelou
dois acordos de inclusão no Cinturão da Rota
da Seda, programa de infraestrutura impulsionado pela China, nesta
quinta (22). A iniciativa financiaria obras no estado de Victoria,
um dos mais populosos do país, mas foi afastada após Camberra alegar “risco à
segurança nacional”. Victoria, que inclui a cidade de Melbourne, aderiu ao
programa em 2018 com a expectativa de aumentar investimentos no país. O governo
australiano, porém, teme que Beijing use a obra para construir influência
regional, disseram diplomatas ao norte-americano “The Wall Street
Journal”. Conforme a ministra das Relações Exteriores, Marise Payne,
a decisão de cancelar o acordo tenta “priorizar o interesse nacional” da
Austrália e “garantir consistência nas relações externas”. Segundo ela, Camberra
também cancelou dois outros negócios com a Síria e o Irã. A
medida é consequência do distanciamento entre os dois países. Em novembro, a
China aumentou os
impostos sobre produtos australianos como carne, minério de
ferro e vinho em até 212% como resposta a um pedido de
Camberra por uma apuração sobre a origem do novo coronavírus. O mal-estar
começou em abril de 2020, quando o primeiro-ministro
australiano, Scott Morrison, convocou uma
“investigação independente” após registros dos primeiros casos
na cidade chinesa de Wuhan, em
janeiro daquele ano. Lançado em 2013, o Cinturão da Rota da Seda é uma programa
de desenvolvimento adotado pelo governo chinês para financiar projetos de
infraestrutura em diversos países do mundo. A estrutura já foi
endossada por mais de 150 Estados e organizações internacionais. “Mentalidade de
Guerra Fria”, critica Beijing “Pedimos que a
Austrália abandone sua mentalidade de Guerra Fria e
preconceito ideológico”, disse o porta-voz do ministério das Relações
Exteriores da China, Wang Wenbin, em registro da Reuters.
“Camberra deve corrigir imediatamente seus erros e mudar seu curso”. Pouco
depois do anúncio de Payne, a embaixada chinesa na Austrália criticou a ação
como “provocativa” e afirmou que a medida só prejudicaria os laços, já
danificados, entre os dois países. “Camberra analisou mais de
mil acordos e decidiu cancelar apenas quatro. Dois deles eram com a China. Essa
alegação de que a Austrália não visa nenhum país em particular não se
sustenta”, disse Wang. Em seu anúncio, Payne alega que o veto não é dirigido a
nenhum país em específico. A partir da definição, todos os estados da Austrália
devem consultar o ministro das Relações Exteriores antes de assinar qualquer
acordo com outras nações.( Fonte A Referencia Noticias Internacional)
Usuário na Argentina ‘compra’
domínio do Google, que sai do ar por 3 horas.
Sistema de buscas ficou fora do ar por 3h após
internauta comprar domínio google.com.ar na última quarta-feira.
Um
internauta da Argentina comprou
a propriedade do domínio “google.com.ar” na última quarta (21). A “aquisição”
gerou uma suspensão de cerca de três horas na ferramenta de busca, disse o
portal Mercopress.
No Twitter,
o usuário Nicolás David Kuroña afirmou que o endereço havia expirado e o
adquiriu legalmente. “Estava disponível e o comprei de forma apropriada”, disse
ele. Kuroña disse ter pago 540 pesos argentinos
pelo domínio, ou cerca de R$ 30. O Google Argentina pode ter “se esquecido” de
registrar o endereço novamente, o que gerou espaço para a manobra – denominada “cybersquatting“. Os domínios de sites precisam ser renovados a cada ano. Pouco
depois, o Google confirmou que já havia recuperado o domínio. Antes disso,
porém, usuários argentinos pipocaram no Twitter com suposições e conspirações
sobre uma possível suspensão geral do
serviço. O Google e o Nic.ar, serviço de distribuição e regulação dos domínios,
não comentaram o incidente. Com a enxurrada de mensagens, o site da reguladora
saiu do ar. Conforme o grupo Open Data
Córdoba, que se dedica a rastrear os domínios expirados, o domínio
do Google devia ser liberado apenas em julho. A organização, porém, não soube
explicar o que motivou a queda.( Fonte A Referencia Noticias Internacional)
Submarino da Indonésia com 53 pessoas a bordo desaparece no mar.
Autoridades do país pediram a ajuda da frota de navios militares da
Austrália e de Cingapura para intensificar as buscas.
A Marinha indonésia anunciou nesta quarta-feira (21) que perdeu contato com um de seus submarinos com 53 pessoas a bordo.O submarino de 43 anos, KRI Nanggala-402, estava conduzindo um exercício com torpedo nas águas ao norte da ilha de Bali, mas não conseguiu transmitir os resultados como esperado. As buscas estão sendo realizadas nas águas a 96 quilômetros de Bali, segundo informações do chefe militar Hadi Tjahjanto à Reuters. As autoridades da Indonésia confirmaram que pediram a ajuda da frota de navios militares da Austrália e de Cingapura para intensificar as buscas. "As tarefas de busca prosseguem e sabemos que a área é muito profunda", afirmou o almirante Julius Widjojono, porta-voz da Marinha.( Fonte R 7 Noticias Internacional)
Prefeito de
Águas Lindas de Goiás em audiência no DNIT.
O prefeito de Águas
Lindas de Goiás, Lucas Antonietti, cumpriu agenda importante para o município
nesta quarta-feira (14), no DNIT, (Departamento Nacional de Infraestrutura de
Transportes) em uma audiência com o diretor-geral General Santos Filho. Em
pauta, foi apresentado projetos de melhorias no perímetro urbano da BR 070 e a
possibilidade da construção de mais um viaduto, obra que irá proporcionar mais
mobilidade urbana e segurança no trânsito do município. Juntamente com o
prefeito, estiveram presentes, o Deputado Federal Jose Nelto e Dr. Volnei de
Freitas ,Superintendente Regional do DNIT no estado de Goiás e no Distrito
Federal. (Fonte Portal Forte News
)
Secretaria de
Ação Social realiza entrega de Kits para gestantes do município.
A Secretaria informa ainda que, está trabalhando
com a implementação de mais
políticas públicas como esta para humanizar ainda mais o trabalho social no
município. A Prefeitura de Águas Lindas de Goiás através da Secretaria de
Assistência Social, realizou um evento muito especial nesta quinta-feira (15).O
evento aconteceu no CRAS-CÉU, onde foi realizada a entrega de mais kits para
gestantes da cidade. Estiveram presentes a Coordenadora do CRAS- CEU, Maria
Lourenço, a Psicóloga, Rafaela Carvalho e a Diretora de integração social,
Vanessa Góis. A Secretaria informa ainda que, está trabalhando com a
implementação de mais políticas públicas como esta para humanizar ainda mais o
trabalho social no município. Prefeitura de Águas Lindas de Goiás Secretaria de
Assistência Social, Cidadania e Juventude (Fonte Portal Forte News
*)
Quebra de
monopólio dos Correios é alvo de polêmica na Câmara.
O projeto que quebra o monopólio da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) gerou polêmica entre os parlamentares. Os deputados aprovaram nesta terça-feira a urgência do Projeto de Lei 591/21, que autoriza a exploração de serviços postais pela iniciativa privada. A proposta é considerada, por muitos parlamentares, a privatização dos Correios, embora não trate sobre a venda da estatal. O texto determina que a União mantenha para si uma parte dos serviços, chamada na proposta de “serviço postal universal”, que inclui encomendas simples, cartas e telegramas. O motivo, segundo o governo, é que a Constituição obriga a União a ter serviço postal e correio aéreo nacional. Outros serviços poderão ser explorados pela iniciativa privada. A proposta é alvo de forte oposição de partidos contrários ao governo Bolsonaro e também teve voto contrário do MDB. Vários partidos optaram por liberar o voto dos deputados diante da controvérsia. O deputado Edio Lopes (PL-RR), por exemplo, afirmou que o PL foi favorável à urgência mas não tem acordo sobre o tema do projeto. Relator da proposta, o deputado Gil Cutrim (Republicanos-MA) disse que vai conversar com todos os atores envolvidos e estabelecer amplo diálogo para construir um texto novo. Ele disse que é preciso modernizar a administração pública no contexto de aumento de gastos públicos. “A dívida pública do País cresceu em larga escala durante a pandemia, por isso racionalizar os gastos públicos e modernizar a administração pública devem ser prioridade”, afirmou Cutrim. Ele disse que é preciso criar “instituições fortes sem interferências políticas”. Falando em nome do governo, o deputado Capitão Alberto Neto (Republicanos-AM) destacou que foi eleito um governo com agenda liberal, o que inclui privatizações. “O governo tem uma pauta liberal, e os setores têm de ser privatizados e regulados pelo governo”, disse. Neto destacou ainda que os Correios só registraram lucro em 2020 “porque acabou a roubalheira”. O lucro de R$ 1,5 bilhão registrado em 2020 foi um dos argumentos contra a privatização da estatal. O deputado Henrique Fontana (PT-RS) disse que a proposta vai na contramão do crescimento do País. “Em vez de o País ganhar dinheiro, modernizar as atividades dos Correios, em vez de nos espelharmos em mais de 80% dos países que têm serviços nacionais de correio, aqui a prioridade é vender o patrimônio público na bacia das almas”, criticou. O líder da Minoria, deputado Marcelo Freixo (Psol-RJ), destacou que a importância dos Correios aumentou sobremaneira na pandemia. “O que a gente vê é a tentativa de retirar uma empresa pública da concorrência no mercado. Querem acabar com uma empresa eficiente e com equilíbrio”, acusou.( Fonte: Agência Câmara de Notícias).Reportagem – Carol Siqueira Edição – Pierre Triboli
Câmara
aprova urgência para projeto que abre caminho para privatização dos Correios.
Pela proposta, a União deverá manter o chamado
"serviço postal universal”, que inclui encomendas simples, cartas e
telegramas.
A Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira (20), por 280 votos a 165, o regime de urgência para o Projeto de Lei 591/21, que autoriza a exploração dos serviços postais pela iniciativa privada, inclusive os prestados hoje em regime de monopólio pela Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT), estatal 100% pública. O regime de urgência permite acelerar a análise do texto, mas ainda não foi definida a data de votação do mérito do projeto. Pela proposta, de autoria do Poder Executivo, a União manterá para si os serviços mais básicos, como encomendas simples, cartas e telegramas (o chamado “serviço postal universal”). A proposta é considerada, por muitos parlamentares, a privatização dos Correios, embora não trate sobre a venda da estatal. O projeto é alvo de forte oposição de partidos contrários ao governo Bolsonaro e também teve voto contrário do MDB. Vários partidos optaram por liberar o voto dos deputados diante da controvérsia. O deputado Edio Lopes (PL-RR), por exemplo, afirmou que o PL foi favorável à urgência mas não tem acordo sobre o tema do projeto. Relator da proposta, o deputado Gil Cutrim (Republicanos-MA) disse que vai conversar com todos os atores envolvidos e estabelecer amplo diálogo para construir um texto novo. Ele disse que é preciso modernizar a administração pública no contexto de aumento de gastos públicos. “A dívida pública do País cresceu em larga escala durante a pandemia, por isso racionalizar os gastos públicos e modernizar a administração pública devem ser prioridade”, afirmou Cutrim. Ele disse que é preciso criar “instituições fortes sem interferências políticas”. Falando em nome do governo, o deputado Capitão Alberto Neto (Republicanos-AM) destacou que foi eleito um governo com agenda liberal, o que inclui privatizações. “O governo tem uma pauta liberal, e os setores têm de ser privatizados e regulados pelo governo”, disse. Neto destacou ainda que os Correios só registraram lucro em 2020 “porque acabou a roubalheira”. O lucro de R$ 1,5 bilhão registrado em 2020 foi um dos argumentos contra a privatização da estatal. O deputado Henrique Fontana (PT-RS) disse que a proposta vai na contramão do crescimento do País. “Em vez de o País ganhar dinheiro, modernizar as atividades dos Correios, em vez de nos espelharmos em mais de 80% dos países que têm serviços nacionais de correio, aqui a prioridade é vender o patrimônio público na bacia das almas”, criticou. O líder da Minoria, deputado Marcelo Freixo (Psol-RJ), destacou que a importância dos Correios aumentou sobremaneira na pandemia. “O que a gente vê é a tentativa de retirar uma empresa pública da concorrência no mercado. Querem acabar com uma empresa eficiente e com equilíbrio”, acusou.( Fonte: Agência Câmara de Notícias).Reportagem – Eduardo Piovesan e Carol Siqueira Edição – Pierre Triboli
Projeto
autoriza pagamento adiantado na compra de insumos para combate à Covid-19.
Pela proposta, fornecedor que receber o pagamento e
não entregar o produto sem justa causa poderá ficar impedido de vender para o
setor público.
O Projeto de Lei
1445/20 permite o pagamento adiantando de insumos básicos e equipamentos
médico-hospitalares adquiridos, por órgãos públicos, para o enfrentamento da
pandemia de Covid-19. A proposta tramita na Câmara dos Deputados. O pagamento
adiantado dependerá de comprovação de máxima urgência da compra e os produtos
deverão estar cotados a preço de mercado. A regra poderá ser aplicada a
equipamentos de proteção individual (EPIs), como máscaras e luvas, respiradores
artificiais, itens usados em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) e suas peças
de reposição. O projeto é do deputado Paulo Abi-Ackel (PSDB-MG).
Ele afirma que a legislação permite, em casos excepcionais, a licitação de
produtos e serviços com pagamento adiantado. Mas as exceções consolidadas em
jurisprudência não abarcam equipamentos para o combate à pandemia de Covid-19. “É
irrefutável que o Brasil atravessa uma situação excepcional que autoriza a
realização não apenas de pagamentos antecipados, mas também de diversas outras
medidas que, em tempos normais, exigem certas formalidades que demandam largo
lapso temporal”, disse Abi-Ackel. Pelo projeto, o fornecedor que receber o
pagamento e não entregar o produto sem justa causa poderá ficar impedido de
vender para o setor público, além de responder por peculato. Também poderá ser obrigado a pagar multa, cujo
teto será de R$ 50 milhões. Tramitação Antes de ir ao Plenário, o projeto será analisado pelas comissões de Seguridade
Social e Família; Finanças e Tributação; e Constituição e Justiça e de
Cidadania. (Fonte: Agência Câmara de Notícias).Reportagem – Janary JúniorEdição
– Roberto Seabra
Para
Lira, questionar Orçamento na pandemia é injustificável.
Presidente da Câmara destacou necessidade de
sancionar Orçamento para fazer repasses a estados e municípios.
O presidente da
Câmara dos Deputados, Arthur
Lira (PP-AL), afirmou que o Congresso Nacional encontrou o instrumento
legal para que o Orçamento seja sancionado, ao aprovar nesta semana o PLN
2/21, que permite a retomada de programas emergenciais durante a pandemia. Segundo
Lira, dessa forma, o Orçamento pode ser sancionado sem questionamentos.
“Questionar o Orçamento na pandemia é injustificável”, ponderou. Ele concedeu
uma entrevista na noite desta terça-feira (20) à CNN. “Temos que tratar do
repasse a estados, municípios, para toda máquina pública”, destacou. Lira voltou
a cobrar que os acordos feitos para aprovação da peça orçamentária sejam
cumpridos e negou que tenha havido polêmica entre Legislativo e Executivo nesse
episódio. “Houve erros, mas isso não era impeditivo para uma sanção”, reiterou.
Discurso Questionado na entrevista sobre o
pronunciamento feito há um mês no Plenário da Câmara no qual citou “remédios
políticos amargos”, Lira afirmou que o Parlamento não iria mais tolerar erros
no combate à pandemia. Segundo o presidente, seu discurso foi amplo e propositivo
e entendido pelos atores políticos do País como uma fala de união para combater
a pandemia. Arthur Lira destacou ainda a votação nesta terça da urgência da proposta que busca introduzir no Código Penal
dispositivos legais sobre crimes contra o Estado Democrático de Direito. Na
prática, o projeto revoga a Lei de Segurança Nacional, editada ainda no período
da ditadura militar. Lira lembrou que embora partidos de esquerda tenham
sofrido diretamente as consequências da Lei de Segurança Nacional quando seus quadros
foram perseguidos pelo regime, foram os partidos de centro que propuseram uma
nova lei para garantir o estado de direito pleno e servir de roteiro para a
sociedade trilhar o caminho democrático. CPI Sobre a
instalação nesta semana, no Senado, de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a
condução do governo em relação à pandemia, Lira afirmou que isso pode
prejudicar o combate à crise sanitária provocada pela Covid-19. “A imprensa vai
deixar de fazer outras coberturas e centralizar sua atenção na CPI, o governo
vai se mobilizar pela CPI, o Senado vai se mobilizar pela CPI, o Ministério da
Saúde, em vez de buscar alternativas à crise, vai responder à CPI, os
governadores vão prestar contas para CPI. Tudo o que aconteceu deveria estar
reservado para um momento de mais tranquilidade. Apontar os dedos, olhar para
trás, apontar culpados... o momento é inadequado”, afirmou Lira.( Fonte:
Agência Câmara de Notícias) Reportagem - Luiz Gustavo Xavier Edição -
Geórgia Moraes
ARTIGO: Represa da Renascença
reacende tensões entre Egito, Sudão e Etiópia.
Pesquisador debate os problemas
geopolíticos de disputa por barragem às margens do Nilo, que abastece os três
países.
Muitas
das tensões geopolíticas no Chifre da África são
decorrentes da luta colonial e histórica dessa sub-região que envolveu França,
Itália, Reino Unido e Etiópia (nação que resistiu à jornada colonial europeia
dos séculos passados). Hoje, a herança dessa luta pode ser lida através das
disputas territoriais, as indefinições acerca da posse e do uso dos recursos
hídricos advindos do Rio Nilo e a crescente onda de migração e refúgio,
corolário dos conflitos civis e interestatais que esses países sofreram em seu
passado recente. Recentemente, atritos nas relações de Etiópia, Sudão e Egito
voltaram ao centro das atenções devido ao acirramento das negociações da construção da
barragem no Rio Nilo, projeto e sonho antigos dos governos
etíopes. Dadas as instabilidades internas e rivalidades entre esses três
países, a possibilidade da militarização dessa região é iminente e chama a
atenção. Uma breve retomada histórica das relações tríplices No início de
março de 2021, Sudão e Egito assinaram um pacto militar que visava a melhoria
das relações entre os dois Estados através de um encaixe coeso
no que tange às suas principais políticas de segurança nacional. Este acordo
surge no contexto de negociações das barragens momentaneamente interrompidas da
Represa do Renascimento (Grand Ethiopian Renaissance Dam —
GERD) e a consequente disputa fronteiriça com Sudão e Etiópia. Historicamente,
os três países disputam a posse e usufruto dos recursos
hídricos do Nilo. Importante ressaltar que a Etiópia é um país
montante (mais próximo da nascente) em relação ao Nilo e possui cerca de 85% da
extensão do rio, ao passo que Sudão e Egito estão à jusante (mais próximos da
foz). Em 2011, Meles Zenawi, à época primeiro-ministro etíope, lançou os
fundamentos da GERD. Desde então, reacenderam-se os problemas de cooperação
fronteiriça sobre o domínio das águas daquela região, o que contribuiu para o
pacto firmado em 2021 pelo Egito e o Sudão. Muito embora ambos os países
afirmem que o motivo do pacto tem a ver com as semelhanças em relação aos
desafios de segurança nacional e às grandes possibilidades de spillover das
suas situações internas, é importante que esse pacto também seja interpretado
dentro do contexto geopolítico ampliado. A assinatura do acordo aconteceu após
a visita do Ministro dos Negócios Estrangeiros sudanês, Mariam Al Mahdi, ao
presidente egípcio Abdel Fattah El Sisi. Os chefes de pessoal das forças
armadas de ambos os países, General Mohammed Farid Hegazy (Egito) e General
Mohamed Othman Al Hussein (Sudão), assinaram o pacto na capital do Sudão,
Cartum. Em declaração, ambas as partes expressaram a sua
gratidão pelo aumento das relações de segurança e cooperação entre os dois
países. O General Hegazy declarou que “o Egito está pronto para atender o
pedido do Sudão em todos os domínios, incluindo armamentos, formação conjunta,
apoio técnico e fronteiras conjuntas de segurança”, aludindo à
potencial ameaça iminente que paira sobre ambos os países. Esta declaração
serve como uma garantia para os sudaneses, mas um aviso aos potenciais inimigos
sobre a disponibilidade de recursos e a prontidão para utilizá-los. À época em
que a declaração foi redigida, a Etiópia ainda não havia respondido ao
movimento estratégico de Egito e Sudão. Ainda assim, em março de 2021, o Sudão acusou a Etiópia de estar envolvida em disputas
relacionadas com a fronteira. A disputa de um século sobre a região
al-Fashqa — onde a região de Amhara, na Etiópia, se encontra com o estado
sudanês de Gadarif — foi reacendida recentemente. Os tratados anglo-etíopes de
1902 e 1907 atribuíram a terra ao Sudão, mas os agricultores etíopes utilizaram
as terras agrícolas ao longo dos anos. Em 2008, o antigo primeiro-ministro da
Etiópia, Meles Zenawi, e o governo do Sudão celebraram um acordo
bilateral relativo à disputa fronteiriça da al-Fashqa. A Etiópia reconheceria a
área como parte do Sudão e, em troca, os agricultores etíopes seriam
autorizados a continuar a lavrar as terras agricultáveis. Tanto o Sudão
como a Etiópia acusaram-se mutuamente de usurpação. No início de 2021, o Sudão
recuperou a zona al-Fashqa e acusou a Etiópia de sobrevoar aviões militares,
emboscando soldados sudaneses e matando civis, incluindo cinco mulheres e
crianças. A Etiópia alegou que os militares sudaneses tiraram
proveito de sua supervisão e proteção de fronteiras para
invadir e pilhar propriedades, enquanto abordava o conflito do Tigray.
Cartum, por sua vez, alega que Adis Abeba vendeu armas a
grupos rebeldes para permitir a desestabilização do país, um ato que
os sudaneses entendem como uma tentativa de distração das verdadeiras
questões que afligem ambas as partes e a região, em geral. Estas acusações
surgem na sequência da assinatura do pacto militar entre o Egito e o Sudão em
março. Interesses, segurança e a Represa da Renascença A GERD tem sido um ponto de inflexão à cooperação na
região. Na sequência da decisão unilateral da Etiópia de construir uma barragem
de 6.450 megawatts no alto do Nilo Azul, o Sudão e o Egito contestaram a
decisão invocando direitos “históricos” ou “coloniais” sobre a via navegável,
tal como acordado pelo Tratado Anglo-Egípcio de 1929 e 1959. Na sua busca por
desenvolvimento e autonomia, a
Etiópia considera a segurança energética como um fator importante e integral.
À jusante, Egito e Sudão citaram o risco potencial para a sua segurança hídrica
com implicações para a alimentação, o meio ambiente e a segurança humana, mais
amplamente, nos seus territórios. Independentemente das suas preocupações, a
Etiópia construiu a barragem e a segunda fase de abastecimento está
atualmente em curso. Esta tem sido a fonte do imbróglio entre os três países. O
Egito e o Sudão apelaram a um “acordo global” para assegurar que os seus
interesses não sejam ameaçados após a conclusão da barragem. Em resposta, a
Etiópia rejeitou o pedido de outro acordo e está prestes a iniciar a
segunda fase da construção da barragem. O Egito e o Sudão responderam assinando
o pacto militar para reforçar a inteligência e a partilha de recursos entre os
dois Estados à jusante. Ambiente político interno A dinâmica política interna instável tanto na Etiópia
como no Sudão é outro fator que contribui para a recente instabilidade. Após
sua ascensão como primeiro-ministro da Etiópia, em 2018, Abiy Ahmed cultivou alianças com o descontente Partido
Democrático Amhara (ADP), ao mesmo tempo em que deixou de lado a Frente de
Libertação do Povo Tigre (TPLF), da qual Zenawi (o primeiro-ministro
que cedeu a al-Fashqa aos sudaneses) era membro. No Sudão, o governo de
transição, um acordo de partilha do poder civil-militar foi
recebido com desentendimentos e desconfianças. O Sudão tem de gerir conflitos
no Porto do Sudão e na região de Darfur. Os conflitos internos resultam
frequentemente em migração populacional para áreas menos conturbadas ou regiões
vizinhas e crises de refugiados — complicando ainda mais o desacordo
fronteiriço entre a Etiópia e o Sudão. O papel dos atores externos A administração Trump, juntamente com o Banco Mundial,
liderou o processo de mediação entre os três países, desde novembro de 2019,
até meados dos anos 2020. O fracasso dos esforços internacionais ocasionou a
passagem do bastão ao então presidente da União Africana (UA), Cyril Ramaphosa. Em
2 de março de 2021, os ministros dos negócios estrangeiros egípcio e sudanês
apelaram a uma expansão do quadro de mediação para incluir as Nações Unidas, os
EUA, e a União Europeia. A Etiópia rejeitou este pedido, citando que tal gesto
mina as “soluções africanas para os problemas africanos”, apresentado por Thabo
Mbeki e a agenda pan-africana. Além disso, os esforços estabelecidos por Cyril
Ramaphosa antes de ser sucedido por Félix Tshisekedi, da República Democrática
do Congo, seriam comprometidos. Para além das negociações regionais, também é
necessário pontuar os alinhamentos internacionais que esses países possuem, uma
vez que isso influi diretamente no processo negociador do imbróglio. Embora os
EUA tenham uma boa relação com o governo egípcio em termos militares, a Etiópia
desenvolveu uma das mais fortes relações
econômicas com a China no continente. Embora as relações
Egito-EUA sejam sublinhadas por tensões em torno de questões de direitos
humanos, os primeiros veem os EUA como um aliado influente, sobremaneira na
ONU. A Etiópia, antecipando as dinâmicas apresentadas, insiste que a UA seja o
principal mediador dos processos de negociação. No esquema mais amplo da Agenda
2063 (programa de desenvolvimento econômico africano, lançado em 2015), a UA
tem um papel mais importante a desempenhar na obtenção de um
consenso sobre a GERD, no entanto, o ônus recai sobre o Egito
para reavaliar a premissa sobre a qual reivindica “direitos adquiridos” aos
recursos hídricos da Bacia do Nilo. Por fim, é importante destacar a crescente
presença do estado de Israel no Chifre. À medida em que os laços etíopes e
israelenses se reforçam, o Egito tem se preocupado com as implicações dessa
relação nas negociações das barragens. Dado o histórico de inimizade entre
Egito e Israel, é importante mencionar, entretanto, que essas relações
evoluíram positivamente, especialmente através das linhas de segurança
nacional. Com ambos os países preocupados com a crescente influência do Irã na região árabe e
o aumento da insurgência islâmica na Península do Sinai, no Egito, e no
território palestino da Faixa de Gaza, a ameaça comum às suas agendas de
segurança nacional resultou na cooperação e na coordenação da estratégia entre
ambos. Por que essa questão é importante para a União Africana? Subjacente ao estabelecimento e transição da Organização
de Unidade Africana (OUA) para a União Africana esteve a busca de um
desenvolvimento orientado para a África que seja anti-colonização,
anti-imperialista e anti-imposição externa — uma agenda de desenvolvimento
doméstico que vise à plena exploração do potencial da África como ator
estratégico e global, englobando a fundação da instituição. Ao traçar a sua
trajetória de desenvolvimento, vários tratados e agendas — tais como o
Plano de Ação de Lagos, o Tratado de Abuja, a Nova Parceria para o
Desenvolvimento de África (Nepad) e a Agenda 2063 — foram ratificados por todos
os países do continente africano. Embora a vontade política e o empenho sejam
fundamentais para a implementação bem-sucedida da agenda do desenvolvimento, a
paz, a segurança e a estabilidade são de igual importância. Assim, é necessária
uma ação da UA para escapar ao conflito interestatal na região, ao mesmo tempo
que exorta diplomática e pacificamente todas as partes no sentido de uma
(re)solução duradoura. Contudo, no caso de uma guerra em larga escala, é
importante examinar os potenciais resultados. Mais do que nunca, o presidente
da UA precisa demonstrar liderança no Chifre de África. Uma equipe de
mediadores africanos (com a participação periférica e apoio de parceiros
internacionais estratégicos como os EUA, China, Rússia, e Nações Unidas) é
imperativo e urgente para resistir à tempestade iminente na sub-região.( Fonte
A Referencia Noticias Internacional)
Governos africanos prestam apoio
à campanha da China em Xinjiang.
Governos de Burkina Faso, Congo e
Sudão elogiaram ‘sucesso’ da China em meio a denúncias de abusos contra uigures.
Os
governos de Burkina Faso,
Congo e Sudão elogiaram o “sucesso” das autoridades chinesas em “elevar o
padrão de vida” na província de Xinjiang, no oeste do
país. em um encontro diplomático em março deste ano. O governo chinês é acusado
de empreender um genocídio contra a população local, de maioria muçulmana e
origem turca.No movimento, as nações africanas rejeitaram as críticas
ocidentais à China. Segundo os embaixadores, denúncias de abusos e
sanções por violações aos direitos humanos, como é o caso dos EUA,
têm “segundas intenções”. A organização Human Rights
Watch vê com preocupação essa motivação dos líderes africanos
de compactuar com os abusos contra a população uigur. Denúncias apontam que a
minoria étnica é submetida a esterilizações e
trabalho forçado, além de maus tratos nos
campos de detenção. Essas estruturas que abrigam uigures se multiplicaram desde
2017. Em outra ocasião, os governos de Burkina Faso e Sudão defenderam as
políticas de Xinjiang ao Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas. Os
países apresentaram uma resolução para colocar o “racismo sistêmico nos EUA e
em todo mundo” sob escrutínio internacional como forma de desviar a atenção
dedicada aos chineses. A HRW questionou o motivo dos líderes do continente em
compactuarem com o governo chinês a encobrir graves violações de
direitos humanos contra a minoria étnica. “O evento pode ser diplomacia de
rotina, mas a disposição dos governos africanos de permanecer em silêncio sobre
a supressão de direitos de Beijing tem consequências no mundo real”, diz a
organização. Questão
econômica A HRW vê paralelos nas torturas,
desaparecimentos forçados e perseguição cultural dos uigures com o histórico de
violações na África. Apesar de os líderes africanos condenarem a indiferença de
outros países sobre os abusos e crises no continente, os benefícios econômicos
proporcionados pela China minam o compromisso dos governos com a assistência e cooperação
internacional independente de Beijing. “Os governos devem se
orientar e refletir sobre os princípios, normas e valores de liberdade e
igualdade estabelecidos na Carta da União Africana [documento de 2000 em defesa
dos direitos humanos no continente]”, afirmou a HRW.( Fonte A Referencia
Noticias Internacional)
Covid deixa expectativa de vida do Brasil igual a 2013, aponta estudo.
Gravidade da
pandemia diminuiu em quase 2 anos a esperança de vida dos brasileiros nascidos
em 2020, mostra pesquisa de Harvard.
A gravidade da pandemia da covid-19 pode significar ao Brasil a primeira queda da expectativa de vida da população desde 1940. Conforme pesquisa de Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, os brasileiros nascidos em 2020 têm a esperança de viver quase dois anos a menos, em média.Com isso, a geração deve viver até os 74,8 anos. Em 2019, esse índice foi de 76,6, segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Os pesquisadores, liderados pela demógrafa brasileira Márcia Castro, concluíram que as condições sanitárias durante a pandemia podem levar o Brasil ao retrocesso de sete anos. Uma vez que em 2013, pela pesquisa do IBGE, a esperança de vida era 74,9 anos.Diferenças regionais A situação fica ainda mais grave, quando são analisadas as regiões brasileiras separadamente. O Distrito Federal é o lugar mais afetado, com uma redução estimada de 3,68 anos. Os estados da região Norte aparecem logo em seguida. Segundo a pesquisa, o Amapá pode ter a pior condição com uma redução de 3,62 anos; seguido por Roraima, 3,43; e do Amazonas, 3,28. O Nordeste é a segunda região mais atingida. Sergipe lidera e estimativa é de decréscimo da expectativa de vida: 2,21 anos; Ceará, recuo de 2,09; e Pernambuco, queda de 2,01.O Espírito Santo é o estado mais afetado no Sudeste. A perda estimada entre os capixabas é de 3,01 anos. Rio de Janeiro é o segundo, com queda de 2,62, e São Paulo, o terceiro e a redução chega a 2,17. Na região Sul, a pesquisa apontou que a perda de expectativa de vida deve ficar abaixo dos dois anos no Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná. Brasileiros acima dos 65 anos Os pesquisadores verificaram que a esperança de vida entre os idosos, com mais de 65 anos, também deve cair, em uma média de 1,58 ano, o que leva o Brasil de volta aos níveis de 2009. O estudo, que ainda precisa ser analisado por outros cientistas, alerta que essa queda pode ser ainda maior, já que os números mortes por covid podem estar subnotificados."O número real de mortes tende a ser maior devido à vigilância deficiente, testes limitados que impediram o diagnóstico adequado, problemas com o cumprimento dos protocolos de notificação de uma suspeita de morte por covid-19 e local da morte", afirmaram os pesquisadores no estudo publicado no MedRxiv, site da Universidade de Yale com pré-publicação de artigos científicos sobre ciências da saúde.O ensaio explica que a diminuição da expectativa de vida é comum diante de grandes choques, como pandemia e guerras. Mas, a tendência é que os números melhorem rapidamente. Porém, no caso do Brasil, os pesquisadores não acreditam que a retomada do crescimento será rápida e apontam cinco razões para essa conclusão.A primeira delas é que, um ano após o começo da pandemia, o Brasil vive a pior fase, com recordes de novos infectados, número de óbitos e lotação de hospitais. Em contrapartida, o programa de imunização segue lento. Outro motivo apresentado é a interrupção dos serviços de atenção primária para atender ás necessidades da covid, o que comprometeu o rastreamento e diagnósticos do câncer, a imunização infantil, os tratamentos e diagnósticos da tuberculose e do HIV. Tudo isso pode aumentar a mortalidade brasileira nos próximos cinco anos. A terceira razão são as sequelas da covid-19, o que não afeta só o Brasil. Os pesquisadores lembram que ainda não existem estudos que mostrem se elas afetarão ou não a expectativa de vida da população mundial. A crise econômica do Brasil desde 2015 e a redução de investimentos na saúde foram as outras razões apontadas pela pesquisa. Para chegar a essa conclusão os cientistas analisaram em conjunto dados do IBGE, dos boletins epidemiológicos das 27 Secretarias Estaduais de Saúde desde o começo da pandemia e do SIVEP-Gripe (Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe). Futuro incerto Os cientistas de Harvard acreditam que o crescimento do número de casos e mortes com a covid devem manter a expectativa de vida em queda também em 2021. "Depois que mais de 195 mil vidas foram relatadas como perdidas, em 2020 para a covid-19, nenhuma mudança significativa aconteceu em 2021. Muitos países aceleraram a cobertura de vacinação e testemunham declínios em casos e mortes. O Brasil se move na direção oposta. As consequências, infelizmente e inaceitavelmente, continuarão a ser medidas em vidas humanas perdidas, e as consequências demográficas futuras podem ser ainda piores do que as relatadas", alertaram.(Fonte R 7 Noticias Brasil)
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Casos de covid-19 têm impotência sexual como sequela, indica estudo.
Trabalho realizado pela Universidade de Roma aponta a disfunção erétil
como uma possível consequência; especialistas explicam.
Estudo da Universidade de Roma, divulgado em março último, aponta a disfunção erétil (impotência sexual) como uma das possíveis sequelas da covid-19. Cem indivíduos foram incluídos na análise (25 positivos para covid-19 e 75 negativos). A prevalência de disfunção erétil foi de 28% no grupo cujos resultados foram positivos para covid-19, contra 9,33% do grupo cujos resultados foram negativos. O urologista Fernando Nestor Facio Jr., membro da Sociedade Brasileira de Urologia, em São Paulo, confirma que esse tipo de caso tem se repetido em seus atendimentos."Tenho alguns pacientes que tiveram covid-19 de forma grave, ficaram intubados, permaneceram de 10 a 15 dias na UTI e hoje retornam com o critério de cura muito assustados, com muito medo e principalmente a função erétil debilitada", conta.O especialista acrescenta que alterações hormonais, entre outras, também podem causar a disfunção erétil. "É comum fazer a avaliação hormonal desses pacientes e em alguns deles parece que a baixa de testosterona também é uma contribuição para essa perda de massa muscular, todo o comprometimento feito pelo vírus também poderia estar comprometendo também a parte do libido. Tenho sim tido esses pacientes", ressalta.Segundo o estudo, a disfunção endotelial (alteração da camada que reveste os vasos sanguíneos) tem sido considerada como o potencial gatilho para o aparecimento de formas mais graves de covid-19, bem como a ligação entre diferentes comorbidades associadas à doença."Na verdade, a covid-19 é por todos os meios uma doença endotelial, na qual as manifestações sistêmicas da doença podem ser potencialmente decorrentes de isquemia tecidual (diminuição da passagem do sangue) resultante de alterações no equilíbrio trombótico e fibrinolítico endotelial (que evita coágulos)", ressalta um trecho do trabalho.O estudo ressalta, ainda, que até mesmo casos de covid-19 assintomáticos podem desencadear problemas de ereção no futuro, em função do comprometimento vascular.O urologista Carlos Alberto Ricetto Sacomani, doutor em Urologia pela USP (Universidade de São Paulo), explica que o resultado do estudo demonstra que a covid-19 causa esse acometimento vascular generalizado, chamado acometimento endotelial dos vasos sanguíneos."Isso pode estar relacionado com essa disfunção erétil, já que a ereção é um fenômeno puramente vascular, caracterizado pela chegada de sangue pela artéria cavernosa, no corpo cavernoso e ocorrendo com isso a ereção. O estudo mostrou essa influência. O tempo que isso dura não pôde ser avaliado, então não sabemos ainda se é temporário, definitivo, se há sequelas da performance sexual a longo prazo", observa.Segundo o estudo, a gravidade e a prevalência de disfunção erétil em casos de covid-19 são maiores entre homens que sofrem de hipertensão, obesidade, diabetes e histórico de doença cardiovascular. E aqueles que já sofrem de disfunção erétil também podem estar incluídos nos grupos de risco quando contaminados pelo coronavírus."Os mesmos pacientes que têm covid-19 mais grave muitas vezes têm outras comorbidades, como obesidade, dislipidemia (fatores que favorecem a arterioesclerose), alteração cardíaca que também estão relacionadas com ereção. Eventualmente, o agravamento destas doenças pode também agravar o quadro do covid-19" diz Sacomani. Recuperação pós-covid Aos 44 anos, Leonardo S. (nome fictício) é um dos que estão passando por dificuldades sexuais como sequela da covid-19. Dinâmico, como empresário no ramo de cozinha industrial, ele frequentava eventos ligados ao setor, estando sempre atualizado em relação às novidades. Até que veio a pandemia. Leonardo teve de reduzir as atividades, como a maioria da população. Entrou na quarentena, inclusive porque seu filho mais velho, de 12 anos, é asmático e seguiu com disciplina os protocolos. Na única "bobeada", como ele diz, acabou sendo contagiado pelo coronavírus, em um festival gastronômico. Foi quando se iniciou o maior drama de sua vida. "Imagino que foi naquele evento (em fevereiro último). Não havia ventilação e o local era fechado. Foi meu único vacilo. Estava há mais de um ano seguindo à risca e, de repente, acreditei que não iria haver problema. Acabei sendo hospitalizado, indo para a UTI e ficando 9 dias intubado. No total, fiquei 26 dias no hospital", conta.Passado o sufoco, ao sair do hospital, em 19 de março último, ele entrou naquela situação que se tornou quase um lema daqueles que se deparam com a doença: pensar em um dia de cada vez.E, além da falta de ar intensa, perda da massa muscular, lentidão de movimentos, Leonardo sentiu uma forte dor no testículo direito, assim como dor nas pernas e articulações. As dificuldades em sua vida sexual vieram em seguida."Quando voltei para casa, demorou cerca de 15 dias para tentar ter a primeira relação sexual. Como o pulmão estava muito frágil, não queria forçar, desviar o sangue para a região peniana. Foi muito difícil. Até hoje sinto muita dificuldade nos movimentos. Levanto da cama, tenho de parar. Ando um pouco, paro de novo. Subo uma escada, paro para puxar o ar. Ter relações sexuais agora é extremamente complicado. Fico exausto. Dá medo, a falta de ar é pesada. Chega a dar desespero", diz ele, que já se livrou do cilindro de oxigênio, mas realiza fisioterapia diária, pulmonar e muscular, tendo voltado ao trabalho, mas em ritmo mais lento.Na opinião de Facio Jr., essas dificuldades na relação sexual, que podem surgir no pós-covid-19, têm como causa a própria característica sistêmica da doença."Há um comprometimento viral que ataca por completo várias áreas vitais do organismo: pulmão, musculatura, coração, rins. Isso debilita por demais o paciente. O comprometimento endotelial, a falta de oxigenação, tudo isso dificulta a recuperação de algo que, embora não seja totalmente vital, é importante. Mas primeiro o paciente precisa recuperar a musculatura, a respiração triangular, voltar para a vida, para depois tratar de reconstituir a função sexual", afirma.O urologista Sacomani acrescenta que situações como a vivida por Leonardo têm no fator psicológico um componente importante."Há também a questão do impacto psicológico. Pacientes com covid-19 mais grave que ficaram internados, intubados em UTI, podem enfrentar um período de ansiedade, depressão e alterações da saúde mental que podem impactar na performance e função sexuais", completa.( Fonte R 7 Noticias Brasil)
Em 1 ano, PF investiga mais de R$ 2 bi em supostos desvios da covid.
Foram realizadas 76 operações, com 1.160 mandados de busca e apreensão,
12 prisões preventivas e 135 prisões temporárias.
Após cerca de um ano desde o início da pandemia de covid-19, a Polícia Federal já realizou 76 operações no Brasil investigando contratos suspeitos de desvios em estados e municípios para enfrentar a doença, que totalizam R$ 2.172.642.108. A informação é de um levantamento da própria PF, com dados das ações realizadas de abril de 2020 até o dia 26 de março de 2021. No total, as investigações levaram a 1.160 mandados de busca e apreensão, 12 prisões preventivas, 135 prisões temporárias contra os suspeitos. As ações policiais, contudo, podem ser deflagradas em um estado, mas se estendem a outras cidades que não pertencem à unidade, o que pode colocar vários municípios, de outras regiões, em uma mesma operação.A partir da semana que vem, além da atuação do governo federal no combate à pandemia, a CPI da Covid no Senado também vai investigar a destinação de verbas federais a estados e municípios na área da saúde.Entre os estados que mais registraram as operações, estão o Rio de Janeiro (6), Amapá (5), Pernambuco (5), Maranhão (5) e São Paulo (5). Destes, o que têm mais valores sob investigação é o Rio de Janeiro: R$ 850.200.000. Não registraram ocorrências os estados do Rio Grande do Norte e do Mato Grosso, além do Distrito Federal. Além de estados, as operações da PF investigaram diversas compras de municípios. A primeira destas foi a que deu início à série de investigações, deflagrada em abril de 2020, época em que o Brasil ainda não passava de 500 mortes diárias pela covid-19. Naquele mês, a operação Alquimia realizou mandados de busca e apreensão envolvendo a prefeitura de Aroeiras, no interior da Paraíba, depois de uma investigação nacional que envolveu 12 estados. Poucos dias depois, foi a vez do estado do Amapá entrar na investigações, após suspeita de superfaturamento na aquisição de insumos pela Secretaria de Saúde para prevenção e combate à pandemia. As operações dos meses seguintes também envolveram dinheiro encontrado na cueca de um senador, a maior cidade do país, hospitais de campanha e o estado de Amazonas, que seria o primeiro a colapsar após explosão de casos e mortes por covid-19. A última no período levantado, deflagrada no final de março, foi a que envolveu o escândalo de suposta vacinação de empresários com as doses da Pfizer em Belo Horizonte (MG). Por enquanto, a corporação investiga se a falsa enfermeira que participou do caso realmente aplicou vacinas reais contra a covid-19 nos envolvidos e não doses de soro fisiológico. (Fonte R 7 Noticias Brasil)
Adolescente negra é morta pela polícia no estado de Ohio, nos EUA.
Segundo a polícia, jovem queria atacar outra pessoa com uma faca; cidade
teve protestos após a morte da menina.
A polícia de Columbus, no estado de Ohio, Estados Unidos, matou a tiros uma adolescente afro-americana que aparentemente atacava outra pessoa com uma faca, menos de uma hora antes do ex-policial ser declarado culpado do assassinato de George Floyd. A cidade foi cenário de protestos após o incidente, que aconteceu em um contexto de manifestações contra o racismo e a violência policial nos Estados Unidos. De acordo com o chefe de polícia da cidade, Michael Woods, a polícia recebeu uma ligação de emergência na terça-feira à tarde de uma pessoa que temia ser atacada com uma arma branca. A polícia também divulgou parte da gravação da câmera usada pelo agente que matou a adolescente, identificada como Ma'Khia Bryant, de 16 anos, pelos serviço de infância do condado Franklin e, Columbus. "Pensamos que era importante compartilhar com a comunidade, sermos transparentes sobre este incidente", declarou Michael Woods. As imagens mostram os policiais chegando a um local onde acontece uma briga, enquanto algumas pessoas observam. Uma adolescente ataca outra com o que parece ser uma faca, tiros são ouvidos e a jovem cai no chão. O prefeito Andrew Ginther classificou a morte da jovem como uma situação "horrível e de comoção" e "um dia trágico para a cidade de Columbus". Segundo o prefeito, o policial - que não teve o nome divulgado - "atuou para proteger a outra jovem de nossa comunidade".( Fonte R 7 Noticias Internacional)
ONU: Caminho é longo até
recuperação da aviação na América Latina, diz Icao.
Redução de passageiros deve ser de
41% a 50% em 2021; no ano passado, queda chegou a 60%, apontou entidade.
Exames para diagnóstico deverão ser oferecidos em até 30 dias, e o primeiro tratamento, em até 60 dias; a Câmara continua discutindo a pro...